segunda-feira, 23 de junho de 2025

Analisando Discografias - Sadus: Parte 2

                   

A Vision Of Misery – Sadus





















NOTA: 8,8/10


Indo para 1992, foi lançado mais um álbum do Sadus, o A Vision of Misery, que seguiu um caminho mais técnico. Após o Swallowed In Black, vendo que o Thrash tradicional começava a dar espaço para sonoridades mais extremas ou alternativas, a banda seguiu por um caminho inverso: em vez de suavizar o som, resolveu explorar a complexidade e o virtuosismo, aproximando-se de uma sonoridade que flerta com o Technical Death Metal, mas sem perder toda sua base Thrasheira. A produção, feita pela banda junto com Bill Metoyer, foi para um lado mais limpo, sendo suficiente para destacar a complexidade instrumental, mas ainda mantendo toda aquela crueza. O grande destaque certamente é a forma como o baixo do Steve DiGiorgio é tratado: ele não só está audível, como é parte central da estrutura musical. O repertório é bem legal, e as canções são todas dinâmicas e carregadas de peso. No fim, é um ótimo disco, encarregado de virtuosismo. 

Melhores Faixas: Facelift, Machines, Under The Knife 
Vale a Pena Ouvir: Through The Eyes Of Greed, Echoes Of Forever, Valley Of Dry Bones

Elements Of Anger – Sadus





















NOTA: 6/10


Aí, só cinco anos depois, eles retornam lançando mais um disco: Elements of Anger. Após o A Vision of Misery, a banda acabou entrando em um pequeno hiato por conta das mudanças no cenário musical. Com isso, Steve DiGiorgio expandiu seu nome no underground extremo ao tocar com nomes como Death e Control Denied, ganhando prestígio como um dos maiores baixistas do Metal. Já Darren Travis e Jon Allen se mantiveram mais discretos. Só depois o trio se reuniu e fechou um vínculo com as gravadoras Mascot e Taraneah. A produção, conduzida por Scott Burns, levou o som da banda para um lado mais robusto, incorporando mais influências do Groove Metal, mas ainda com foco no Thrash. Aqui, houve mais destaque para os riffs de guitarra, e as linhas de baixo apenas complementam, o que deixa muita coisa sem muita precisão. O repertório é bem mediano, tendo canções interessantes e outras mais fraquinhas. Enfim, é um disco irregular, que carece de mais direcionamento. 

Melhores Faixas: Safety In Numbers, Stronger Than Life, Aggression 
Piores Faixas: Mask, Crutch, Unreality

Out For Blood – Sadus





















NOTA: 8,4/10


Foi só em 2006 que eles retornaram, lançando seu 5º álbum de estúdio, o Out for Blood. Após o Elements of Anger, o Sadus entrou em um longo período de silêncio. Com exceção de apresentações esporádicas e participações paralelas (como Steve DiGiorgio, que seguiu tocando com nomes como o Testament), a banda se manteve praticamente inativa por quase uma década. Só que houve um renascimento, com bandas voltando à ativa e o Technical Death Metal ganhando força com novas gerações influenciadas justamente por bandas como o próprio Sadus. A produção, feita por Børge Finstad, foi para um lado mais orgânico e moderno; o som valoriza todos os instrumentos, com equilíbrio e linhas precisas e frenéticas, mantendo a brutalidade crua característica da banda. O repertório é bem legal, e as canções são todas cheias de agressividade e energia. Em suma, é um belo disco, e muito subestimado. 

Melhores Faixas: Sick, No More, Down 
Vale a Pena Ouvir: Out For Blood, Freak, In The Name Of...

The Shadow Inside – Sadus





















NOTA: 7,1/10


Então chegamos em 2023, quando foi lançado o último álbum até o momento do Sadus, o The Shadow Inside. Após o Out for Blood, a banda entrou em um completo hiato que durou longos anos, retornando apenas em 2017, com Darren Travis afirmando que estavam preparando um novo material e assinando com a Nuclear Blast Records. Só que Steve DiGiorgio não retornou à banda devido aos seus inúmeros projetos, deixando apenas Darren, junto com o baterista Jon Allen. A produção, conduzida por Juan Urteaga, apresenta uma sonoridade limpa e atual. Sem o baixo fretless icônico de DiGiorgio, Darren Travis assumiu o protagonismo total, tanto nas composições quanto na execução do baixo, enquanto a bateria de Allen soa bem orgânica, apesar de haver momentos em que exageram no encadeamento. O repertório é bem interessante, com canções pesadíssimas e outras mais fracas. Mas, enfim, é um disco bacana, apesar dos seus problemas. 

Melhores Faixas: First Blood, Anarchy, It's The Sickness, The Devil In Me 
Piores Faixas: Pain, Ride The Knife, No Peace

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