A Vision Of Misery – Sadus
NOTA: 8,8/10
Indo para 1992, foi lançado mais um álbum do Sadus, o A Vision of Misery, que seguiu um caminho mais técnico. Após o Swallowed In Black, vendo que o Thrash tradicional começava a dar espaço para sonoridades mais extremas ou alternativas, a banda seguiu por um caminho inverso: em vez de suavizar o som, resolveu explorar a complexidade e o virtuosismo, aproximando-se de uma sonoridade que flerta com o Technical Death Metal, mas sem perder toda sua base Thrasheira. A produção, feita pela banda junto com Bill Metoyer, foi para um lado mais limpo, sendo suficiente para destacar a complexidade instrumental, mas ainda mantendo toda aquela crueza. O grande destaque certamente é a forma como o baixo do Steve DiGiorgio é tratado: ele não só está audível, como é parte central da estrutura musical. O repertório é bem legal, e as canções são todas dinâmicas e carregadas de peso. No fim, é um ótimo disco, encarregado de virtuosismo.
Melhores Faixas: Facelift, Machines, Under The Knife
Vale a Pena Ouvir: Through The Eyes Of Greed, Echoes Of Forever, Valley Of Dry Bones
Elements Of Anger – Sadus
NOTA: 6/10
Melhores Faixas: Safety In Numbers, Stronger Than Life, Aggression
Piores Faixas: Mask, Crutch, Unreality
Out For Blood – Sadus
NOTA: 8,4/10
Foi só em 2006 que eles retornaram, lançando seu 5º álbum de estúdio, o Out for Blood. Após o Elements of Anger, o Sadus entrou em um longo período de silêncio. Com exceção de apresentações esporádicas e participações paralelas (como Steve DiGiorgio, que seguiu tocando com nomes como o Testament), a banda se manteve praticamente inativa por quase uma década. Só que houve um renascimento, com bandas voltando à ativa e o Technical Death Metal ganhando força com novas gerações influenciadas justamente por bandas como o próprio Sadus. A produção, feita por Børge Finstad, foi para um lado mais orgânico e moderno; o som valoriza todos os instrumentos, com equilíbrio e linhas precisas e frenéticas, mantendo a brutalidade crua característica da banda. O repertório é bem legal, e as canções são todas cheias de agressividade e energia. Em suma, é um belo disco, e muito subestimado.
Melhores Faixas: Sick, No More, Down
Vale a Pena Ouvir: Out For Blood, Freak, In The Name Of...
The Shadow Inside – Sadus
NOTA: 7,1/10
Então chegamos em 2023, quando foi lançado o último álbum até o momento do Sadus, o The Shadow Inside. Após o Out for Blood, a banda entrou em um completo hiato que durou longos anos, retornando apenas em 2017, com Darren Travis afirmando que estavam preparando um novo material e assinando com a Nuclear Blast Records. Só que Steve DiGiorgio não retornou à banda devido aos seus inúmeros projetos, deixando apenas Darren, junto com o baterista Jon Allen. A produção, conduzida por Juan Urteaga, apresenta uma sonoridade limpa e atual. Sem o baixo fretless icônico de DiGiorgio, Darren Travis assumiu o protagonismo total, tanto nas composições quanto na execução do baixo, enquanto a bateria de Allen soa bem orgânica, apesar de haver momentos em que exageram no encadeamento. O repertório é bem interessante, com canções pesadíssimas e outras mais fracas. Mas, enfim, é um disco bacana, apesar dos seus problemas.
Melhores Faixas: First Blood, Anarchy, It's The Sickness, The Devil In Me
Piores Faixas: Pain, Ride The Knife, No Peace