segunda-feira, 23 de junho de 2025

Analisando Discografias - The Troops Of Doom

                   

The Rise Of Heresy – The Troops Of Doom





















NOTA: 8/10


Em 2020, o The Troops Of Doom lançava seu 1º trabalho no formato EP: The Rise Of Heresy. Formada em Belo Horizonte, por ninguém menos que Jairo “Tormentor” Guedz, guitarrista original do Sepultura, que gravou Bestial Devastation e Morbid Visions, ajudando a moldar a sonoridade do Death/Thrash primitivo no Brasil e no mundo. Após sua saída da banda, Jairo seguiu carreira em grupos como The Mist, e so retornou aos holofotes formando essa banda com Marcelo Vasco (guitarra), Alex Kafer (baixo e vocais) e Alexandre Oliveira (bateria). Produção feita pela banda, foi gravado com equipamentos modernos, resultando em uma produção limpa, poderosa, mas não excessivamente polida. Onde equilibraram os timbres sujos e crus da década de 80 com a definição sonora dos dias atuais. O repertório apesar de curto, todas as canções são bem legais. No fim, é um trabalho de apresentação bem interessante e com uma pegada retro muito interessante. 

Melhores Faixas: The Confessional 
Vale a Pena Ouvir: The Rise Of Heresy, Whispering Dead Words, Between The Devil And The Deep Blue Sea

The Absence Of Light – The Troops Of Doom





















NOTA: 8/10


Se passou outro ano e foi lançado mais um EP, o The Absence of Light, que trouxe algumas novidades. Após o The Rise of Heresy, o The Troops of Doom rapidamente se consolidou como um dos principais representantes da nova onda do Death/Thrash old school brasileiro. E, nesse novo trabalho, a proposta se expandiu: o EP buscou afirmar a identidade própria da banda, sem deixar de lado suas raízes. Com produção feita pela banda, com o auxílio de Øystein G. Brun, eles seguiram por um caminho mais intenso; os timbres de guitarra são densos e cortantes, com afinação levemente mais grave que no primeiro EP. A bateria soa orgânica e pesada, com boa dinâmica, e o vocal do Alex Kafer continua ríspido e diabólico. O baixo aparece de forma discreta, mas firme. O repertório, novamente curto, contém quatro faixas, todas muito interessantes, incluindo um cover de uma das músicas do Sepultura. No geral, é um trabalho legal, que preparou a base para seu 1º álbum. 

Melhores Faixas: Act II - The Monarch (participação do Jeff Becerra do Possessed) 
Vale a Pena Ouvir: Antichrist (ótimo cover), Act I - The Devil's Tail, Introduction - The Absence Of Light

Antichrist Reborn – The Troops Of Doom





















NOTA: 8,6/10


No ano seguinte, foi lançado o álbum de estreia do The Troops of Doom, o Antichrist Reborn (homenagearam tão bem o Sepultura da fase Morbid Visions, que essa capa compartilha o mesmo grau de feiura). Após o The Absence of Light, eles decidiram fazer uma transição de um projeto "tributo" para uma algo estabelecido, com ambição artística e discurso firme. O álbum mantém as raízes no underground, mas agora mira horizontes maiores, com composições mais elaboradas e produção de nível internacional. A produção, feita novamente pela própria banda, segue por um lado denso e bem equilibrado, com timbres potentes e agressivos que realçam a crueza do Death/Thrash. As guitarras têm peso e textura, os vocais soam secos e brutais, e a bateria é bem dinâmica. O baixo, embora não esteja em primeiro plano, é audível e sustenta bem a base. O repertório é bem legal, e as canções são carregadas de brutalidade. No fim, é um baita disco de estreia e um verdadeiro golaço. 

Melhores Faixas: Altar Of Delusion, Rebellion, A Queda (participação do João Gordo) 
Vale a Pena Ouvir: Far From Your God, Dethroned Messiah

A Mass To The Grotesque – The Troops Of Doom





















NOTA: 8/10


Então chegamos ao último lançamento do The Troops of Doom, o A Mass to the Grotesque. Após o Antichrist Reborn, em vez de repetir a fórmula bem-sucedida do antecessor, a banda investe em maior complexidade composicional, atmosferas carregadas, variações dinâmicas inesperadas e um lirismo refinado. A fidelidade ao Death/Thrash “velha guarda” continua, mas a estética agora é mais rica, sombria e até ritualística. A produção foi conduzida por eles junto com André Moraes, e seguiram por um lado mais denso e cinematográfico; os timbres de guitarra exploram frequências medianas para criar rigor e uma ambiência sombria. Os vocais do Kafer são repletos de ecos cruéis. A bateria ganha maior presença de sala, soando viva e orgânica. O baixo está mais presente, com linhas que complementam, e não apenas sustentam. O repertório é muito bom, e as canções são todas pesadíssimas. No fim, é um ótimo disco, que aposta em um caminho mais complexo. 

Melhores Faixas: Chapels Of The Unholy, Terror Inheritance 
Vale a Pena Ouvir: Psalm 7:8 - God Of Bizarre, Venomous Creed, Denied Divinity

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