quarta-feira, 9 de julho de 2025

Analisando Discografias - Amber Pacific: Parte 2

                 

The Possibility And The Promise – Amber Pacific





















NOTA: 9,4/10


Então, no ano seguinte, saiu o álbum de estreia da banda, o The Possibility and the Promise. Após Fading Days, que os colocou no radar dos fãs de Pop-Punk e Emo, a banda conseguiu chamar atenção por seu som melódico, vocal emotivo e letras confessionais que refletiam a angústia juvenil da época. Com isso, a Hopeless Records, vendo que a aposta tinha dado certo, decidiu permanecer com eles e permitir que gravassem o 1º álbum. A produção foi conduzida novamente por Martin Feveyear, que entregou aquele som característico da época: guitarras limpas e distorcidas bem equilibradas, vocais altamente melódicos com backing vocals em harmonia e uma bateria que mistura a energia do punk com momentos mais contidos. Tudo é tão consistente que faz qualquer uma daquelas bandas Emo do mainstream ficar com inveja. O repertório é incrível, e as canções são bem melódicas e energéticas. No final, é um baita álbum e bastante amplo em sua proposta. 

Melhores Faixas: Save Me From Me, Always You (Good Times) (ficou tão foda quanto a original), Gone So Young, Falling Away, Poetically Pathetic, Can't Hold Back 
Vale a Pena Ouvir: The Sky Could Fall Tonight, For What It's Worth, Postcards

Truth In Sincerity – Amber Pacific





















NOTA: 7,7/10


Dois anos se passaram e foi lançado o 2º álbum do Amber Pacific, o Truth in Sincerity. Após o The Possibility and the Promise, a banda consolidou sua posição dentro do cenário Pop-Punk/Emo americano. Eles se destacaram por unir a energia melódica do Punk com letras introspectivas e sinceras. Com o crescimento da cena e o fortalecimento da Hopeless Records, a expectativa sobre o segundo álbum era alta. A formação original se desfez com a saída do guitarrista Justin Westcott, sendo substituído inicialmente por Ben Harper, do Yellowcard, que não permaneceu, dando lugar a Rick Hanson. A produção foi praticamente a mesma e, aqui, apresentou uma sonoridade mais madura e polida, com maior cuidado nos arranjos e nas melodias vocais. A mixagem está mais balanceada e enfatiza tanta a parte instrumental quanto os vocais do Matt Young. O repertório ficou bem legal, com ótimas canções e outras mais genéricas. Enfim, é um disco bom, só que com algumas inconsistências. 

Melhores Faixas: You're Only Young Once, Temporary, Take Me From This Place, Runaway (participação do Mike Herrera do MxPx), Summer (In B) 
Piores Faixas: Follow Your Dreams, Dear This Has Always Been About Standing Up For What You Believe In, Forget The Scene

Virtues – Amber Pacific





















NOTA: 3/10


Entra o ano de 2010, e o Amber Pacific volta totalmente mudado em seu 3º álbum, o Virtues. Após o Truth in Sincerity, o vocalista Matt Young, uma das principais identidades da banda, saiu em 2008 para seguir carreira como conselheiro educacional. A saída dele teve impacto direto, pois ele também o principal letrista. Em seu lugar entrou Jesse Cottam, ex-participante do Canadian Idol. Além disso, Rick Hanson também saiu, sendo substituído por Davy Rispoli, e a banda assinou com a gravadora Victory. A produção foi aquela de sempre, caminhando para um som mais polido e radiofônico, com guitarras mais encorpadas, linhas vocais mais "Pop" e com mais ênfase na melodia. Só que o instrumental ficou contido demais, deixando os vocais do Cottam muito sem consistência e fazendo-o parecer um intruso. O repertório é muito ruim, as canções são chatíssimas e poucas se salvam. No fim, é um disco muito ruim e representou um grande tropeço da banda. 

Melhores Faixas: Three Words, Something To Be Said, The Good Life 
Piores Faixas: The Girl Who Destroys, Forever, Shine, The Best Mistake

The Turn – Amber Pacific





















NOTA: 8,6/10


Quatro anos depois, o Amber Pacific lançava mais um álbum, o The Turn, que trouxe novidades. Após o fraquíssimo Virtues e diante do completo fiasco, acabaram ocorrendo as saídas do Jesse Cottam (e olha que ele foi um dos menos culpados), do guitarrista Davy Rispoli e do baixista Greg Strong. Com isso, houve o retorno do Justin Westcott e de Matt Young, reacendendo o entusiasmo entre os fãs. Além disso, a banda realizou um processo de financiamento coletivo (crowdfunding) para produzir um novo álbum via Indiegogo. A produção foi conduzida por Mike Herrera, que também tocou baixo nesse trabalho, equilibrando a intensidade emocional dos primeiros discos com uma produção moderna e limpa, preservando a essência Pop-Punk, mas com arranjos mais cuidadosos e uma atmosfera mais madura, deixando tudo mais orgânico. O repertório é bem legal, e as canções ficaram mais profundas e vibrantes. Em suma, é um belo trabalho, com muita essência. 

Melhores Faixas: Undone, Who You Are, I'll Beat The Odds 
Vale a Pena Ouvir: Don't Let It Fall Through, Young Love, You Get What You Get

All In – Amber Pacific





















NOTA: 9,3/10


Então, basicamente, há cinco meses foi lançado o último álbum até o momento da banda, o All In. Após o The Turn, o Amber Pacific acabou focando mais em suas turnês, e, como sempre se apresentavam com baixistas diferentes, foi só em 2019 que contrataram Brad Torkelson. Com isso, diferente das outras bandas de sua geração, eles decidiram seguir fiéis à sua essência e lançar um trabalho mais apreciativo. A produção foi conduzida por Sean Rogers, com uma abordagem mais enxuta e quase minimalista, porém cuidadosa, com arranjos orgânicos, riffs limpos, bateria direta e vocais com pouca filtragem, crus e honestos, como sempre foi a marca da banda. A sonoridade se mantém fiel às raízes do Pop-Punk e Hardcore Melódico, mas com nuances mais adultas, tendo menos velocidade e mais atmosfera. O repertório é incrível, e as canções são todas belíssimas e bem diversificadas, profundas e envolventes. No geral, é um baita disco, e que é completamente maduro. 

Melhores Faixas: Unbroken, Sink Or Swim, SOS (participação do Tony Lovato), The Hero Or The Villain, One Step Away 
Vale a Pena Ouvir: The Conqueror, Young And Reckless, The Good Life (Matt's Version)

   

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