sábado, 19 de julho de 2025

Analisando Discografias - Fall Out Boy

                             

Fall Out Boy's Evening Out With Your Girlfriend – Fall Out Boy





















NOTA: 8,3/10


No ano de 2003, foi lançado um EP da banda Fall Out Boy, o Fall Out Boy's Evening Out With Your Girlfriend. Formada em 2001 em Wilmette, Illinois, na região de Chicago, a formação na época incluía Patrick Stump (vocalista e guitarrista), Joe Trohman (guitarra), Pete Wentz (baixo) e Mike Pareskuwicz (bateria). Eles surgiram naquela cena Hardcore da cidade. Decidiram lançar esse trabalho de forma independente por um selo pequeno chamado Uprising Records. A produção, conduzida por Jared Logan, é extremamente Lo-fi, com vocais abafados e instrumentação suja. Mesmo sendo gravado por cinco meses, percebe-se algo feito de forma apressada e com falta de estrutura técnica. Patrick Stump ainda estava desenvolvendo sua voz, e tudo aqui soava como um pastiche das bandas Pop Punk mainstream. O repertório é ruim, e as canções são todas insuportáveis e repetitivas. No fim, é um trabalho péssimo e que, infelizmente, era só o começo. 

Melhores Faixas: (....................................) 
Piores Faixas: The World's Not Waiting (For Five Tired Boys In A Broken Down Van), Parker Lewis Can't Lose (But I'm Gonna Give It My Best Shot), Switchblades And Infidelity, Honorable Mention

Take This To Your Grave – Fall Out Boy



















NOTA: 1,2/10


Foi em questão de dois meses que foi lançado o álbum de estreia da banda, o Take This to Your Grave. Após o péssimo EP Fall Out Boy's Evening Out With Your Girlfriend, o Fall Out Boy começou a ganhar alguma atenção no underground de Chicago. Eles queriam construir um equilíbrio entre o Pop Punk do blink-182 e o Emo-Pop do Taking Back Sunday. Conseguiram assinar com a Fueled by Ramen e com o selo Island Records, e finalmente gravaram o que consideram seu primeiro álbum de verdade. A produção ficou a cargo de Sean O'Keefe, que trouxe uma sonoridade bem polida e plastificada, com guitarras mais definidas, bateria dinâmica e os vocais do Patrick Stump já demonstrando potência e estilo próprio. Porém, a sonoridade é bem manjada e padrão entre aquelas bandas Emo insuportáveis. O repertório é péssimo, e as canções são chatas e completamente ridículas. No final, é um trabalho pavoroso e sem qualquer imersão. 

Melhores Faixas: (................................) 
Piores Faixas: Chicago Is So Two Years Ago, Sending Postcards From A Plane Crash (Wish You Were Here), Grenade Jumper, Reinventing The Wheel To Run Myself Over, "Tell That Mick He Just Made My List Of Things To Do Today"

From Under The Cork Tree – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


Se passaram dois anos, e foi lançado o infame 2º álbum deles, o From Under the Cork Tree. Após o Take This to Your Grave, eles enfrentavam uma enorme pressão, inclusive interna (Pete Wentz passou por uma depressão profunda e até uma tentativa de suicídio antes do lançamento). A banda precisava provar que podia se destacar fora da bolha underground. O título do álbum vem do livro infantil The Story of Ferdinand (1936), em que um touro prefere sentar sob a árvore de cortiça em vez de lutar, refletindo a divisão entre fama e vulnerabilidade. A produção foi conduzida por Neal Avron, que apostou numa sonoridade mais polida, expansiva e radiofônica, onde deixaram a estrutura das canções mais complexa e dinâmica, com refrões maiores e arranjos mais ambiciosos. Porém, tudo isso ficou altamente manjado e com momentos repetitivos. O repertório é péssimo, e as canções chegam a beirar o insuportável. Em suma, é um álbum terrível e bem exagerado. 

Melhores Faixas: (...............perfeito para enganar trouxa................) 
Piores Faixas: Get Busy Living Or Get Busy Dying (Do Your Part To Save The Scene And Stop Going To Shows), Nobody Puts Baby In The Corner, Champagne For My Real Friends, Real Pain For My Sham Friends, Dance, Dance, Sugar, We're Goin Down (os dois maiores hits deles, que são horríveis)

Infinity On High – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


Mais dois anos se passaram e foi lançado o 3º álbum deles, intitulado Infinity on High. Após o horroroso From Under the Cork Tree, a banda buscava ampliar seu som, experimentando novas influências, sons e colaborando com artistas de gêneros diversos. Então, aproveitaram a oportunidade para evoluir do emo para um Rock mais alternativo, com pitadas de Soul, R&B e até elementos de Hip-Hop/Rap. A produção foi mais diversificada, contando com Neal Avron, Babyface, Butch Walker e o próprio Patrick Stump, e seguiram para um lado mais polido e dinâmico, adicionando camadas complexas de instrumentos e efeitos. Com guitarras mais elaboradas, experimentações com piano, metais e arranjos eletrônicos, mas tudo continuou bem sem graça e parecendo um pastiche do Maroon 5. O repertório é horrível, e as canções são ridículas e tenebrosas, tendo até uma com participação do Jay-Z. Enfim, é outro trabalho chato e completamente infame. 

Melhores Faixas: (...........................) 
Piores Faixas: Don't You Know Who I Think I Am?, Bang The Doldrums, Thriller (coitado do Jay-Z e ele passou tão despercebido aqui), You're Crashing, But You're No Wave, Thnks Fr Th Mmrs, This Ain't A Scene, It's An Arms Race

Folie À Deux – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


No ano seguinte, foi lançado o 4º álbum do Fall Out Boy, o Folie à Deux (que capa infantilizada, hein?). Após o Infinity on High, a banda estava no topo do cenário Pop Rock e Emo. No entanto, essa ascensão trouxe exaustão emocional, críticas à superexposição da banda e tensões internas, especialmente envolvendo a fama do Pete Wentz. A banda enfrentava uma dicotomia: o sucesso comercial estava garantido, mas havia crises de identidade, desgaste criativo e pressão para inovar. A produção, feita por Neal Avron, seguiu por um caminho mais refinado e grandioso, explorando uma diversidade de gêneros, passando por Power Pop, Glam Rock, Gospel, Soul, Hard Rock e até Pop barroco. Só que tudo é muito bagunçado, faltando imersão e preenchimento rítmico. O repertório é péssimo, e as canções são bem chatas, e nem as participações conseguem se salvar. No geral, é outro disco medíocre e que foi um fiasco comercial. 

Melhores Faixas: (......................oh chatice.......................) 
Piores Faixas: Tiffany Blews (coitado do Lil Wayne), The (Shipped) Gold Standard, I Don't Care, What A Catch, w.a.m.s. (nem mesmo com a produção do Pharrell Williams isso aqui se salva), Donnie (chamaram um monte de nego como Brendon Urie do Panic! At The Disco, Elvis Costello, Travie McCoy e afins, mas ficou chato)

Save Rock And Roll – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


Em 2013, a banda retornou lançando um trabalho enfadonho, o Save Rock and Roll. Após o Folie à Deux, o Fall Out Boy entrou em um hiato, durante o qual os membros se dedicaram a projetos paralelos e às suas respectivas vidas pessoais. Só que eles retornaram decididos a fazer um som bem mais moderno, que pudesse se reconectar com uma nova geração (que, no caso, é a geração Z, obviamente). A produção, feita por Butch Walker junto com a banda, foi muito mais polida e radiofônica do que nos trabalhos anteriores, com arranjos cheios, efeitos modernos e uma abordagem muito mais Pop Rock, com Electropop e até elementos de Hip-Hop/Rap em algumas faixas. E eu não duvido nada que o baterista Andy Hurley, que está na banda desde o 1º álbum, tenha usado bateria eletrônica aqui. No geral, tudo é plastificado e parece uma cópia de Maroon 5 com Coldplay. O repertório é completamente horroroso. No fim, é um disco horrível e descartável. 

Melhores Faixas: (................................) 
Piores Faixas: The Mighty Fall (Big Sean nem ligou para isso aqui), Death Valley, Save Rock And Roll (salvaram não sei aonde), My Songs Know What You Did In The Dark (Light Em Up), Alone Together

American Beauty / American Psycho – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


Há 10 anos foi lançado o 6º álbum do Fall Out Boy, o American Beauty / American Psycho. Após o pavoroso Save Rock and Roll, eles decidiram abraçar as tendências atuais, como o EDM e o Electropop mainstream, sem perder sua identidade emotiva. O título remete a dois símbolos culturais contrastantes: American Beauty (filme sobre a crise da meia-idade e o falso ideal americano) e American Psycho (romance sobre alienação e violência urbana), simbolizando um pouco da temática do disco. A produção foi bem diversificada, com maior presença do Jake Sinclair, além de outros como Butch Walker e J.R. Rotem. Aqui, tudo continua extremamente polido, com ênfase em sintetizadores, batidas eletrônicas e elementos de EDM misturados ao Pop Rock tradicional. No entanto, tudo é recheado de texturas eletrônicas e programações, tornando-se bastante previsível. O repertório é horrível, e as canções são enfadonhas. Enfim, mais um trabalho péssimo e descartável. 

Melhores Faixas: (..................que tortura....................) 
Piores Faixas: Favorite Record, Jet Pack Blues, Novocaine, American Beauty / American Psycho, Centuries (último grande hit deles, e que seja o último)

Mania – Fall Out Boy





















NOTA: 1/10


Três anos depois, foi lançado mais um álbum de estúdio deles, o Mania, que foi altamente comercial. Após o American Beauty / American Psycho, eles decidiram mergulhar ainda mais naquele cenário Pop. Originalmente previsto para setembro de 2017, o álbum foi adiado para janeiro de 2018, pois a banda afirmou que precisava de mais tempo para terminar algo do qual realmente se orgulhasse. Foi um momento em que Pete Wentz e Patrick Stump estavam em constante tensão criativa. A produção contou com quase os mesmos nomes, mas quem mais participou foi Butch Walker, além do Illangelo e Johnny Coffer. Aqui, houve bastante presença de sintetizadores, texturas eletrônicas, batidas programadas e menos foco em guitarras tradicionais. A bateria do Andy Hurley e o baixo do Pete Wentz foram praticamente anulados, e tudo ficou plastificado. O repertório é horrível, com canções tão emocionantes quanto uma corrida de lesmas. Em suma, é outro disco terrível e menosprezado até pelos fãs. 

Melhores Faixas: (...................................) 
Piores Faixas: Heaven's Gate, Young And Menace, Stay Frosty Royal Milk Tea, Church

So Much (For) Stardust – Fall Out Boy





















NOTA: 1,3/10


Então chegamos ao ano de 2023, e foi lançado o último álbum até o momento do Fall Out Boy, o So Much (For) Stardust. Após o horroroso Mania, eles decidiram que estava na hora de voltarem à essência que tinham nos anos 2000 e equilibrar isso com tudo que adquiriram ao longo dos anos (e que não absorveram nada de bom). A expectativa era alta para ver como eles equilibrariam inovação e tradição, especialmente diante do cenário musical contemporâneo, que valoriza a mistura de gêneros. A produção, conduzida por Neal Avron, apresenta um resultado cristalino, que alia o vigor do Rock alternativo com camadas modernas e até sinfônicas. O som continuou acessível, com guitarras claras, bateria firme e os vocais do Patrick Stump em boa forma. Mas tudo continua a mesma coisa de sempre: aquele som manjado e previsível. O repertório é terrível, e as canções beiram o insuportável. Enfim, é mais um disco péssimo na trajetória deles. 

Melhores Faixas: (...................até que enfim acabou...................) 
Piores Faixas: Flu Game, What A Time To Be Alive, Heartbreak Feels So Good, Fake Out, So Good Right Now
 

Review: The Same Old Wasted Wonderful World do Motion City Soundtrack

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