sábado, 12 de julho de 2025

Analisando Discografias - Franz Ferdinand: Parte 1

                 

Franz Ferdinand – Franz Ferdinand





















NOTA: 9,5/10


No ano de 2004, foi lançado o maravilhoso álbum de estreia autointitulado do Franz Ferdinand. Formada dois anos antes em Glasgow (Escócia) pelo vocalista e guitarrista Alex Kapranos, o também guitarrista Nick McCarthy, o baixista Bob Hardy e o baterista Paul Thomson, a banda entrou na onda do Indie Rock, mais precisamente do Post-Punk Revival, ao lado do The Strokes e Interpol. Suas influências vinham do Gang of Four, Talking Heads e David Bowie, e, com muita visibilidade, eles fecharam contrato com a gravadora Domino. A produção, feita por Tore Johansson e pela própria banda, é deliberadamente seca e enérgica. Ela prioriza a clareza dos instrumentos, os riffs cortantes e os ritmos entrecortados. Os vocais do Kapranos são performáticos e cínicos, e o baixo é um protagonista frequente nas faixas. O repertório é simplesmente magnífico, e as canções são bem envolventes. Em suma, é um baita disco de estreia e um clássico da cena Indie. 

Melhores Faixas: Take Me Out, This Fire, The Dark Of The Matinée, Come On Home, Jacqueline 
Vale a Pena Ouvir: Cheating On You, Michael, Tell Her Tonight

You Could Have It So Much Better – Franz Ferdinand





















NOTA: 9/10


No ano seguinte, foi lançado o 2º álbum do Franz Ferdinand, o You Could Have It So Much Better. Após o belíssimo disco de estreia, a banda se viu no centro do revival Post-Punk britânico, sendo aclamada pela crítica e abraçada por um público que os levou às paradas de sucesso ao redor do mundo. Naquele período, mergulharam em um processo intenso de composição e gravação, buscando expandir seus limites sonoros. O título do disco já carrega um sarcasmo que reflete o espírito da banda: ao mesmo tempo, um comentário social e uma provocação a si próprios. A produção, conduzida dessa vez por Rich Costey junto com a banda, apresenta uma sonoridade mais robusta e menos minimalista que a do trabalho anterior. O grupo manteve seu senso rítmico dançante e suas guitarras cortantes, mas adicionou mais camadas e melodias refinadas. O repertório, novamente, é muito bom, e as canções são bem divertidas e energéticas. No fim, é outro belo disco e mais variado. 

Melhores Faixas: Do You Want To, Walk Away, The Fallen, You Could Have It So Much Better, I'm Your Villain, You're The Reason I'm Leaving 
Vale a Pena Ouvir: Evil And A Heathen, What You Meant, Outsiders

Tonight: Franz Ferdinand – Franz Ferdinand





















NOTA: 8,4/10


Se passa mais um tempo e é lançado mais um trabalho da banda: Tonight: Franz Ferdinand. Após o You Could Have It So Much Better, entre 2006 e 2008, eles optaram por uma abordagem reflexiva. Em vez de repetir a fórmula bem-sucedida dos discos anteriores, Alex Kapranos e companhia decidiram se reinventar. A proposta era criar um álbum conceitual, mais atmosférico, com foco na noite. O conceito: um disco que narrasse uma noite em tempo real, do início da festa até o amanhecer. A produção, feita por Dan Carey junto novamente com a banda, mergulha num universo mais orgânico e eletrônico: baixos pulsantes, sintetizadores vintage, ritmos hipnóticos e ambientações sombrias. A sonoridade tem mais camadas, com influências evidentes do Dub jamaicano, mas com predominância de Synth-pop, New Wave e Dance-Punk. O repertório ficou muito bom, e as canções são mais envolventes e animadas. Em suma, é um disco bacana e que tem uma temática interessante. 

Melhores Faixas: Twilight Omens, Can't Stop Feeling, Bite Hard 
Vale a Pena Ouvir: What She Came For, Dream Again, No You Girls

Right Thoughts, Right Words, Right Action – Franz Ferdinand





















NOTA: 6/10


Pulando para 2013, eles voltam lançando mais um trabalho do Franz, o Right Thoughts, Right Words, Right Action. Após o Tonight: Franz Ferdinand, a banda entrou em uma pequena pausa; o vocalista Alex Kapranos chegou a se envolver em projetos paralelos e na produção de outros artistas, e o grupo se distanciou do frenesi midiático que havia cercado seus primeiros anos. Quando começaram a trabalhar nesse projeto, o clima era de leveza e redescoberta, tentando resgatar a essência dos primeiros tempos. A produção foi mais diversificada, contando com Joe Goddard e Alexis Taylor (do Hot Chip), que trouxeram uma estética que funde o Lo-fi Indie com toques eletrônicos e Pop vintage, mas a maior parte ficou com Kapranos, resultando numa sonoridade limpa e alegre. No entanto, tudo soa muito forçado, genérico e sem graça. O repertório é até interessante, há canções legais, mas a maioria é fraquíssima. Enfim, é um trabalho irregular, que carece de concisão e inspiração. 

Melhores Faixas: Love Illumination, Fresh Strawberries, Brief Encounters 
Piores Faixas: Bullet, Evil Eye, Treason! Animals.

           Bom é isso e flw!!!  

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