domingo, 13 de julho de 2025

Analisando Discografias - Franz Ferdinand: Parte 2

                  

FFS – FFS





















NOTA: 3/10


Então, em 2015, chega um álbum bastante peculiar e que foi feito de forma colaborativa, intitulado FFS. Após o mediano Right Thoughts, Right Words, Right Action, os irmãos Ron e Russell Mael, que compõem o núcleo da banda americana Sparks, já haviam flertado com a ideia de colaborar com o Franz Ferdinand. Na época do sucesso do "Take Me Out", Sparks chegaram a propor uma colaboração, mas compromissos mútuos e o ritmo agitado das turnês impediram que o projeto se concretizasse, e foi só tempos depois que isso aconteceu. Produção conduzida por John Congleton, tentou-se equilibrar a teatralidade dos Sparks com a precisão Post-Punk do Franz Ferdinand. Porém, todas as camadas colocadas soam bastante esquisitas, fazendo tudo soar excessivamente arrastado, além de sobrecarregar o disco com sintetizadores de forma equivocada. O repertório é fraco, com canções chatas, e com poucas se salvando. No fim, a parceria superambiciosa acabou não funcionando. 

Melhores Faixas: Things I Won't Get, Little Guy From The Suburbs, Collaborations Don't Work
Vale a Pena Ouvir: Sõ Desu Ne, The Power Couple, Piss Off, Police Encounters

Always Ascending – Franz Ferdinand





















NOTA: 8/10


Entra o ano de 2018, e foi lançado o 5º álbum da banda, o Always Ascending. Após a parceria inusitada com os Sparks, o Franz Ferdinand passou por uma série de mudanças significativas que impactariam diretamente no som do álbum seguinte. Um dos momentos mais decisivos foi a saída do guitarrista e cofundador Nick McCarthy, em 2016. Com isso, coube a entrada de dois novos integrantes: Dino Bardot (guitarra) e Julian Corrie, também conhecido como Miaoux Miaoux, que trouxe consigo uma bagagem voltada à música eletrônica, sintetizadores e produção moderna. Falando nisso, a produção conduzida por Philippe Zdar, do duo Cassius, buscava uma sonoridade mais aberta, eletrônica e pulsante, fugindo da rigidez do Indie Rock clássico, com ênfase em texturas, reverbs longos, sintetizadores e uso de manipulações vocais e efeitos de estúdio. O repertório é bem legal, e as canções são atmosféricas e dinâmicas. Enfim, é um ótimo disco, mas muito subestimado. 

Melhores Faixas: Finally, Glimpse Of Love, Huck And Jim 
Vale a Pena Ouvir: Lazy Boy, Feel The Love Go, Lois Lane

The Human Fear – Franz Ferdinand





















NOTA: 5,9/10


E recentemente, no início deste ano, foi lançado o último álbum deles até o momento, o The Human Fear. Após o subestimado Always Ascending, o Franz Ferdinand enfrentava uma encruzilhada criativa. Com a saída do baterista Paul Thomson, em 2021, eles conseguiram se mover rapidamente e chamaram Audrey Trait, vinda da cena alternativa de Glasgow, tornando-se a primeira mulher na formação oficial da banda. Esse trabalho seguiria um caminho mais contido e que abordasse temas como a ansiedade. Com produção do Mark Ralph, o disco seguiu por uma abordagem mais crua e direta, já que boa parte do material foi gravada em primeiro take, com apenas algumas correções, tentando capturar aquela abrangência do Post-Punk e da New Wave. Porém, faltou estrutura e dinâmica em vários momentos de maior profundidade. Com isso, o repertório se mostra bastante irregular, com canções boas e outras confusas. Enfim, é um trabalho mediano que carece de consistência. 

Melhores Faixas: Night Or Day, Bar Lonely, The Doctor 
Piores Faixas: Audacious, Tell Me I Should Stay, Hooked

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