terça-feira, 1 de julho de 2025

Analisando Discografias - Jane's Addiction: Parte 1

                 

Nothing's Shocking – Jane’s Addiction





















NOTA: 9,6/10


Em 1988, foi lançado o álbum de estreia do Jane’s Addiction, o Nothing's Shocking. Formado em Los Angeles em 1985 por Perry Farrell (vocais), Dave Navarro (guitarra), Eric Avery (baixo) e Stephen Perkins (bateria), o grupo rapidamente se tornou referência nos clubes underground de L.A., graças às suas apresentações intensas e teatrais, unindo Rock alternativo, Funk Rock, Metal e elementos psicodélicos. Ao assinarem com a Warner Bros., exigiram manter controle criativo e conseguiram. A produção foi feita por Dave Jerden e Perry Farrell, resultando em uma sonoridade orgânica e densa, que alterna entre explosões de caos e momentos atmosféricos. Os integrantes se destacam: Eric Avery com linhas de baixo proeminentes, Dave Navarro com riffs pesados e solos psicodélicos, Stephen Perkins com uma bateria tribal, e Perry Farrell com vocais performáticos. O repertório é incrível, e as canções são bem dinâmicas. Em suma, é um baita disco, recheado de ousadia. 

Melhores Faixas: Jane Says, Pigs In Zen, Ocean Size, Mountain Song, Summertime Rolls
Vale a Pena Ouvir: Standing In The Shower...Thinking, Had A Dad, Idiots Rule

Ritual De Lo Habitual – Jane’s Addiction





















NOTA: 10/10


Se passaram dois anos, e o Jane’s Addiction lançava seu 2º álbum, o Ritual de lo Habitual. Após o Nothing's Shocking, a banda se tornou uma das mais influentes da cena alternativa dos Estados Unidos. Só que, internamente, o uso intenso de drogas, os conflitos pessoais e o temperamento artístico de Perry Farrell criavam uma tensão constante. Mesmo assim, eles conseguiram canalizar toda essa energia e desordem para este trabalho, que foi ainda mais ousado, ambicioso e polarizador. A produção, novamente conduzida por Dave Jerden e Perry Farrell, trouxe ainda mais liberdade criativa e até espaço para o experimentalismo. Dave Navarro entrega guitarras criativamente saturadas e psicodélicas, o baixo do Eric Avery continuou conectado, e a bateria de Stephen Perkins é tribal e instintiva, enquanto Farrell transita entre falsete teatral e até spoken word. O repertório é incrível, com canções divertidas e outras mais cadenciadas. Em suma, é um baita disco e um clássico. 

Melhores Faixas: Stop!, Been Caught Stealing, Three Days, Classic Girl 
Vale a Pena Ouvir: Obvious, Ain't No Right, Off Course

Strays – Jane’s Addiction





















NOTA: 8,8/10


Depois de um hiato que durou muito, foi só em 2003 que eles retornaram, lançando mais um disco, o Strays. Após o maravilhoso Ritual de lo Habitual, a banda se desfez logo após a primeira Lollapalooza, em 1991, idealizada por Perry Farrell como uma celebração do espírito alternativo. O impacto da banda, porém, se espalhou durante os anos 90, e cada um seguiu outros projetos. Quando retornaram, houve apenas uma mudança de baixista, com Chris Chaney (ex-Alanis Morissette) no lugar do Eric Avery. A produção, conduzida por Bob Ezrin e Brian Virtue, trouxe ao disco um som mais polido, limpo e grandioso, com pouco espaço para improvisos ou psicodelia. Guitarras distorcidas, refrões pegajosos e uma bateria robusta sustentam a maior parte das faixas, seguindo as influências do Hard Rock e do Metal alternativo. O repertório é muito bom, e as canções são mais melódicas e densas. Enfim, é um trabalho legal, porém bastante subestimado pelos fãs. 

Melhores Faixas: Just Because, The Riches, Wrong Girl, Strays 
Vale a Pena Ouvir: True Nature, Suffer Some, Superhero


       Então é isso, flw!!!   

Analisando Discografias - Interpol

                    Turn On The Bright Lights – Interpol NOTA: 10/10 Aí, lá pro final de 1980, foi lançada a trilha sonora do filme Flash Go...