Inside Of Emptiness – John Frusciante
NOTA: 8,7/10
Poucos meses depois, foi lançado mais um disco do John Frusciante, o Inside of Emptiness. Após o The Will to Death, ele continuou com essa fase de lançar álbuns durante um período de seis meses, movida por uma filosofia artística mais intuitiva, crua e visceral, que marcou uma virada em sua carreira solo. Ele passou a rejeitar a superprodução e a estética polida dos grandes estúdios, buscando uma sonoridade mais orgânica, honesta e imperfeita. Aqui, ele decidiu seguir um caminho mais intenso. A produção seguiu aquela estética Lo-fi, com timbres crus, gravações diretas e pouca interferência digital. Além disso, contou novamente com o apoio do baterista Josh Klinghoffer, que, além da bateria, também colaborou com backing vocals e teclados, deixando uma sonoridade que lembra momentos do Indie Rock com uma pegada meio Noise. O repertório é bem legal, e as canções são todas bem melódicas e suaves. No geral, é um disco bacana, que foi por um caminho mais emocional.
Melhores Faixas: Look On, In Interior Two, A Firm Kick, Scratches
Vale a Pena Ouvir: The World's Edge, Emptiness
A Sphere In The Heart Of Silence – John Frusciante & Josh Klinghoffer
NOTA: 5,6/10
Melhores Faixas: Communique, Surrogate People
Piores Faixas: Sphere, At Your Enemies
Curtains – John Frusciante
NOTA: 8,2/10
Então, no ano seguinte, foi lançado o último álbum dessa saga, o emocional Curtains. Após o fraco A Sphere in the Heart of Silence, Frusciante optou por fechar esse ciclo com um disco essencialmente acústico, íntimo e despojado. Neste ponto, John já havia abandonado as exigências da indústria fonográfica e da superprodução, focando-se em expressar a alma de forma direta e sem adornos. A produção foi mais centrada na voz e no violão de Frusciante, com arranjos discretos que aparecem como ecos emocionais: um sopro de percussão, um backing vocal distante, uma segunda guitarra melódica. A produção é intencionalmente simples e sincera, com timbres crus, pequenas falhas mantidas e uma ambiência caseira, basicamente fazendo um Rock acústico com influências de Indie Folk, pique Neutral Milk Hotel (para quem conhece). O repertório é ótimo, e as canções são bem simples e relaxantes. No final, é um belíssimo disco, que vale a pena apreciar.
Melhores Faixas: The Past Recedes, Ascension, Your Warning
Vale a Pena Ouvir: The Real, Anne, Time Tonight
The Empyrean – John Frusciante
NOTA: 8/10
Em 2009, foi lançado mais um trabalho dele que poderia ter sido o último, o The Empyrean. Após o Curtains, John Frusciante tirou um tempo para repensar sua direção artística. Durante esse hiato, ele saiu dos holofotes e se aprofundou em estudos espirituais, filosóficos e musicais, estudando harmonia, composição clássica e o uso avançado do estúdio como instrumento criativo. Criou um álbum conceitual sobre morte, renascimento e iluminação espiritual. A produção, feita como sempre por ele mesmo, trouxe uma sonoridade grandiosa, etérea e densa, mesclando Rock progressivo, psicodelia e elementos de música eletrônica, tudo com um senso de drama espiritual, e com ele tocando a maior parte dos instrumentos, assim como seu amigo Josh Klinghoffer. O repertório é bem legal, e as canções são todas melódicas, com camadas densas e profundas. No geral, é um ótimo disco e é uma pena que ele tenha lançado outros trabalhos que são simplesmente infames.
Melhores Faixas: Central, Unreachable, Heaven
Piores Faixas: God, One More Of Me, Before The Beginning