One For The Kids – Yellowcard
NOTA: 8,3/10
Pulando para 2001, o Yellowcard lançou mais um álbum, o One For The Kids, com a banda reformulada. Após o Where We Stand, o vocalista Ben Dobson acabou sendo demitido, e entrou Ryan Key como vocalista principal, que até então participava como vocal de apoio em alguns momentos. Sua entrada definitiva representou um divisor de águas. Ele não só assumiu os vocais, mas também trouxe novas ideias melódicas e uma veia mais emocional às composições, além de colaborar na guitarra. A produção foi feita por Darian Rundall, que colocou um equilíbrio entre o Pop-Punk mais energético e arranjos mais emotivos, impulsionados pelo uso inventivo do violino, um diferencial que a banda saberia explorar ainda mais em lançamentos futuros. Os vocais do Ryan deram uma nova vida à banda, que ficou muito mais encorpada. O repertório é muito bom, e as canções são bem animadas e com um toque de leveza. No final, é um ótimo disco que serviu como base.
Melhores Faixas: Drifting, Cigarette, October Nights, Trembling Vale a Pena Ouvir: ★ Struck, Rock Star Land
Ocean Avenue – Yellowcard
NOTA: 9,7/10
Dois anos depois, foi lançado o trabalho de maior sucesso deles, o Ocean Avenue. Após o One For The Kids, a entrada de Ryan Key como vocalista e guitarrista nesse período trouxe um novo foco melódico. Pouco depois, a banda lançou o EP The Underdog, só que o baixista Warren Cooke saiu, e, depois de várias tentativas de encontrar um substituto, entrou Alex Lewis. Com o sucesso do EP, chamaram a atenção da Capitol Records, que assinou com a banda e financiou a produção de seu primeiro álbum por uma gravadora major. A produção, feita por Neal Avron, trouxe uma sonoridade polida, vibrante e emocionalmente intensa, valorizando os elementos melódicos do Pop-Punk. O álbum equilibra energia e urgência juvenil com arranjos elegantes, impulsionados pelo violino do Mackin e pela bateria hiperativa do LP. O repertório é incrível, e as canções são carregadas de energia e peso. No fim, é um belíssimo disco e um clássico moderno.
Melhores Faixas: Ocean Avenue, Breathing, Only One, Empty Apartment, Miles Apart, One Year, Six Months
Vale a Pena Ouvir: Way Away, View From Heaven (isso aqui é meio que um Folk Punk), Inside Out
Lights And Sounds – Yellowcard
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: Rough Landing, Holly, Lights And Sounds, Martin Sheen Or JFK, Waiting Game, Sure Thing Falling
Vale a Pena Ouvir: Space Travel, Words, Hands, Hearts, Two Weeks From Twenty
Paper Walls – Yellowcard
NOTA: 8,6/10
No ano seguinte, eles retornaram lançando mais um trabalho novo: o imersivo Paper Walls. Após o Lights and Sounds, o Yellowcard enfrentou uma fase turbulenta e decisiva. A recepção mais morna (em comparação ao sucesso anterior) afetou emocionalmente a banda e também o público, gerando dúvidas sobre o futuro do grupo. Além disso, houve mais uma troca na formação: o guitarrista original Ben Harper foi substituído por Ryan Mendez. Então, eles retornaram ao Pop-Punk que os consagrou, mas sem abrir mão da maturidade lírica e da sofisticação sonora que haviam desenvolvido. A produção, feita pelo mesmo produtor, foi mais refinada e equilibrada, com destaque para o entrosamento entre os músicos e os arranjos dinâmicos, que variam entre o peso alternativo, a melodia Punk e momentos introspectivos. O repertório ficou bem legal, e as canções são mais melódicas e reflexivas. Em suma, é um ótimo álbum, com muita consistência.
Melhores Faixas: Shrink The World, Afraid, Fighting, Cut Me, Mick
Vale a Pena Ouvir: Shadows And Regrets, Keeper, Paper Walls
When You're Through Thinking, Say Yes – Yellowcard
NOTA: 8,5/10
Melhores Faixas: For You, And Your Denial, Sing For Me, Hide
Vale a Pena Ouvir: With You Around, See Me Smiling
Southern Air – Yellowcard
NOTA: 3,1/10
Aí, no ano seguinte, foi lançado mais um trabalho deles, o fraquíssimo Southern Air. Após o When You're Through Thinking, Say Yes, a banda entrou em estúdio pouco depois para preparar um novo trabalho, novamente sob contrato com sua nova gravadora, a Hopeless Records. A única mudança foi mais uma troca de baixista, com o retorno do Josh Portman no lugar do Sean O’Donnell. A produção foi novamente a mesma, com um som limpo e mais cadenciado. Os arranjos buscam destacar o equilíbrio entre guitarras melódicas e distorcidas, a bateria acelerada de LP, os vocais emotivos do Ryan Key e, claro, o violino do Sean Mackin, que volta a ter grande protagonismo. O problema é que tudo soa bastante previsível e parece um monte de ideias reaproveitadas de forma imprecisa. O repertório é muito fraco, e as canções são bem desinteressantes, com poucas faixas que apresentam alguma profundidade. No geral, é um disco fraco e sem graça.
Melhores Faixas: Sleep In The Snow, Tem, A Vicious Kind
Piores Faixas: Rivertown Blues, Telescope, Southern Air, Surface On The Sun
Lift A Sail – Yellowcard
NOTA: 2,5/10
Pulando para o ano de 2014, foi lançado mais um álbum do Yellowcard, o Lift a Sail. Após o Southern Air, aconteceu a saída do baterista Longineu W. Parsons III, o LP, e colocaram Nate Young em seu lugar. Além disso, a banda assinou com a gravadora Razor & Tie. Nesse período, Ryan Key enfrentava um momento profundamente pessoal e doloroso: sua esposa na época, a snowboarder Alyona Alekhina, havia sofrido um grave acidente que a deixou parcialmente paralisada, e isso permeou a composição desse trabalho. A produção, feita como sempre por Neal Avron, teve muito foco em guitarras rápidas e bateria acelerada. Optando por uma estética mais grandiosa, dando ênfase a camadas e a uma construção mais lenta das faixas. O problema é que acabou soando como um Pop Rock plastificado, no pique de um Maroon 5. O repertório é fraco, e as canções são terríveis, com poucas interessantes. Em suma, é um disco sem personalidade e de qualidade bastante questionável.
Melhores Faixas: One Bedroom, Lift A Sail
Piores Faixas: Convocation, Fragile And Dear, MSK, Madrid, Illuminate
Yellowcard – Yellowcard
NOTA: 8/10
Dois anos depois, foi lançado o décimo e, até o momento, último álbum do Yellowcard, que foi autointitulado. Após o horrível Lift a Sail, que foi um completo fracasso, a banda acabou voltando, feito um cão arrependido, para a Hopeless Records. Então, decidiram criar um trabalho que trouxesse um ar de reflexão, maturidade e fechamento de ciclo, já que encerrariam suas atividades após a turnê desse disco. Contando novamente com a produção do Neal Avron e Ryan Key, eles seguiram por um caminho mais equilibrado e emocionalmente contido, retornando às influências melódicas do Pop-Punk e às paisagens sonoras do Rock alternativo em uma sonoridade coerente e com algumas camadas. Com isso, reuniram tudo o que aprenderam nos últimos trabalhos. O repertório ficou muito bom, e as canções são bem profundas e melódicas. Enfim, é um belo trabalho de despedida, embora, posteriormente, a banda tenha retornado e esteja prestes a lançar um novo álbum.
Melhores Faixas: The Hurt Is Gone, Savior's Robes
Vale a Pena Ouvir: Got Yours, Fields & Fences, Leave A Light On
Bom é isso, então flw!!!