Three Imaginary Boys – The Cure
NOTA: 9,4/10
Em 1979, o The Cure lançava seu album de estreia, o Three Imaginary Boys (capa icônica). Formada em 1976 na cidade de Crawley (West Sussex), com Robert Smith (guitarra/vocal), Michael Dempsey (baixo) e Lol Tolhurst (bateria), sob o nome Easy Cure. Inicialmente mais influenciados pelo Punk, rapidamente se conectaram ao emergente Post-Punk. Após vencerem uma audição para a gravadora Fiction (subsidiária da Polydor), ganharam a chance de gravar o primeiro LP. Produção feita pelo Chris Parry, que acreditava no potencial do trio. No entanto, Robert Smith mais tarde se mostrou insatisfeito com a forma como Parry interferiu. Ainda assim, a produção ajudou a definir o caráter cru e direto do trabalho: guitarras cortantes, baixo seco em destaque e bateria minimalista. Com um repertório incrível, e com canções bem minimalistas e algumas envolventes. No fim, é um belo disco de estreia e que mostrava uma banda com potencial absurdo.
Melhores Faixas: Grinding Halt, Fire In Cairo, 10:15 Saturday Night, Three Imaginary Boys, Another Day, So What?
Vale a Pena Ouvir: Object, Foxy Lady, It's Not You
Seventeen Seconds – The Cure
NOTA: 9,9/10
Aí entra a década de 1980 (e começava a era de ouro do The Cure), com seu segundo álbum, o Seventeen Seconds. Após o Three Imaginary Boys, a banda chamou atenção na cena Post-Punk britânica, mas Robert Smith sentia que a direção musical não estava coerente com sua verdadeira visão. Ao mesmo tempo, Smith começou a se aproximar da atmosfera sombria e minimalista que definiria o gótico, além disso, houve mudanças na formação, com a entrada de Simon Gallup no lugar de Michael Dempsey, acompanhado pelo tecladista Matthieu Hartley. A produção conduzida por Robert Smith junto com Mike Hedges, o som aqui é construído a partir do minimalismo, apostando em reverberações, espaços vazios e climas cinzentos, criando a estética que se tornaria marca do Gothic Rock. O repertório é maravilhoso e as canções ficaram mais sombrias, com aquela energia característica. No final, é um baita disco, que mostrou que eles evoluíram bastante.
Melhores Faixas: A Forest, Play For Today, Secrets, Seventeen Seconds, M
Vale a Pena Ouvir: In Your House, At Night
Faith – The Cure
NOTA: 9,7/10
Melhores Faixas: The Funeral Party, Primary, The Holy Hour, Doubt
Vale a Pena Ouvir: Faith, All Cats Are Grey
Pornography – The Cure
NOTA: 10/10
Entrando no ano de 1982, foi lançado o excepcional e atemporal Pornography, o 4º álbum do The Cure. Após o Faith, Robert Smith se via em um estado psicológico cada vez mais instável. O desgaste das turnês, o abuso de drogas e álcool e a obsessão por mergulhar em temas existenciais fizeram com que o clima interno da banda fosse extremamente pesado. A relação entre Smith e Simon Gallup entrou em colapso durante o processo, marcada por brigas intensas, inclusive físicas. Então, nosso querido Robertinho pensou se deveria continuar nessa sonoridade. A produção, feita por Phil Thornalley junto com a banda, resulta em um som deliberadamente claustrofóbico, denso e opressivo, sendo uma espécie de muro sonoro saturado de ecos, guitarras distorcidas e camadas de sintetizadores sombrios, todas aquelas características do Post-Punk e do Gótico. O repertório é maravilhoso, soando quase como uma coletânea. No fim, é um disco sensacional e certamente uma obra-prima.
Melhores Faixas: One Hundred Years, The Hanging Garden, A Strange Day, Siamese Twins Vale a Pena Ouvir: The Figurehead, Cold
Japanese Whispers – The Cure
NOTA: 7/10
Aí entra mais um ano, e foi lançada uma coletânea (com raridades e inéditas) intitulada Japanese Whispers. Após Pornography, a relação com Simon Gallup implodiu e ele deixou o grupo após uma briga na turnê. Isso deixou Smith praticamente sozinho como força criativa, com Lol Tolhurst ainda presente, mas em um papel cada vez mais secundário. Sem direção clara e sentindo que a banda não poderia continuar na mesma trilha suicida, ele decidiu seguir para um lado mais leve. A produção foi diversificada, contando com Chris Parry, Phil Thornalley e outros em diferentes momentos, mas em todos houve uso de sintetizadores, caixas de ritmo e programações eletrônicas, refletindo tanto as tendências da época (New Wave, Synth-pop) quanto a necessidade de Smith reinventar o grupo, apesar de momentos bem simplistas. O repertório é bom, com canções bacanas e outras mais descartáveis. Em suma, é um trabalho legal, apesar de suas falhas e que serviria de base pro próximo album.
Melhores Faixas: Let's Go To Bed, The Love Cats, The Dream
Piores Faixas: Just One Kiss, Speak My Language
The Top – The Cure
NOTA: 8/10
Melhores Faixas: The Caterpillar, Piggy In The Mirror
Vale a Pena Ouvir: Bananafishbones, Dressing Up, Shake Dog Shake
Bom é isso e flw!!!