The Divine Feminine – Mac Miller
NOTA: 8,7/10
No ano seguinte, foi lançado mais um álbum intitulado The Divine Feminine, que seguiu um lado mais sofisticado. Após o GO:OD AM, Mac Miller havia superado parte dos problemas mais intensos com o vício e estava em um relacionamento sério com Ariana Grande, o que influenciou diretamente o tom mais romântico e intimista deste novo projeto. A ideia inicial era para ser um EP voltado a explorar o amor em todas as suas formas, mas Mac acabou se aprofundando tanto no conceito que transformou o trabalho em um álbum completo. A produção foi, como sempre, bem diversificada, novamente com a participação do ID Labs e DJ Dahi, além de contar com Frank Dukes, Tae Beast e outros, que fizeram uma abordagem riquíssima em influências do Neo-Soul, Jazz Rap, R&B contemporâneo e Funk. Os arranjos têm metais orgânicos, linhas de baixo encorpadas, teclados elétricos e batidas que variam entre o suave e o swingado. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem melódicas e profundas. No geral, é um álbum incrível e bem conceitual.
Melhores Faixas: Dang! (Anderson .Paak entregou demais), Stay, God Is Fair, Sexy, Nasty (feat interessante do Kendrick Lamar – reencontro desde XXL Freshman 2011), Soulmate
Vale a Pena Ouvir: My Favorite Part (até que Ariana Grande foi bem), Cinderella (boa feat do Ty Dolla $ign)
Swimming – Mac Miller
NOTA: 10/10
Melhores Faixas: Self Care, Small Worlds, Come Back To Earth, 2009, Ladders, Hurt Feelings
Vale a Pena Ouvir: What's The Use?, So It Goes, Dunno
Circles – Mac Miller
NOTA: 10/10
Dois anos depois, foi lançado o 1º trabalho póstumo de Mac Miller, o sensacional Circles. Após o Swimming, o rapper começou a preparar esse álbum como complemento do anterior, mas infelizmente faleceu em sua casa, em Los Angeles, devido a uma overdose de drogas. No relatório oficial, foi definido que a causa da morte foi “toxicidade mista por drogas”, causada por uma combinação de álcool, cocaína e fentanil. Jon Brion, que havia passado muito tempo com ele no estúdio, assumiu a responsabilidade de concluir o projeto junto com Shea Taylor, Eric Dan e outros, adotando uma abordagem minimalista e profundamente orgânica. Com uso de baixo, bateria, teclas suaves, cordas e texturas ambientais. Com influência de Neo-Soul, Indie Pop e R&B alternativo, ele se distancia um pouco do Rap tradicional. O repertório é maravilhoso, e as canções são todas bem profundas. No fim, é outro trabalho fantástico que mostrou, mais uma vez, por que ele era fora da curva.
Melhores Faixas: Good News, Everybody, Surf, Complicated, Circles, Hand Me Downs
Vale a Pena Ouvir: Blue World, Hands, I Can See
Balloonerism – Mac Miller
NOTA: 9,5/10
Então chegamos ao início deste ano, quando foi lançado mais um trabalho póstumo de Mac Miller, o Balloonerism. Após o maravilhoso Circles, o espólio do rapper decidiu resgatar um material gravado entre 2014 e meados de 2016, concebido mais precisamente na época da mixtape Faces. O projeto foi adiado por Mac, possivelmente porque não se encaixava exatamente no que ele queria entregar ao público naquele momento. A produção, conduzida pelo próprio rapper sob o pseudônimo do Larry Fisherman, contou também com Thundercat, Ronald Bruner Jr. e outros, que seguiram para uma abordagem orgânica, priorizando um ambiente quase íntimo. Não é um som polido para as rádios, mas para ser ouvido com atenção, onde cada detalhe instrumental de baixo, bateria e afins tem espaço para respirar, focando na essência do Jazz Rap e do Rap experimental. O repertório é belíssimo, e as canções são todas bem leves. Em suma, é um trabalho maravilhoso e um dos melhores do ano.
Melhores Faixas: Funny Papers, 5 Dollar Pony Rides, Stoned, Rick's Piano, Mrs. Deborah Downer, Do You Have A Destination?
Vale a Pena Ouvir: Manakins, DJ's Chord Organ (SZA levou som para ela, mas ficou bom), Excelsior