segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Analisando Discografias - Mac Miller: Parte 1

                 

Blue Slide Park – Mac Miller





















NOTA: 6/10


No ano de 2011, Mac Miller lançou seu álbum de estreia, intitulado Blue Slide Park. O rapper natural de Pittsburgh, na Pensilvânia, começou sua trajetória no rap em 2007, sob o nome de Easy Mac, lançando sua 1ª mixtape. No ano seguinte, ele, junto com seu colega Beddie, formou o duo The Ill Spoken, com o qual lançou uma mixtape, mas o projeto não durou muito tempo. Então, Mac lançou várias outras mixtapes até assinar, em 2010, com a Rostrum Records. Depois de lançar as mixtapes K.I.D.S. e Best Day Ever, partiu para focar em seu 1º álbum. A produção, feita em sua maioria pelo ID Labs (E. Dan, Big Jerm e Ritz Reynolds) junto com ele, ficou muito boa, trazendo influências mais tradicionais do Rap, sem grandes experimentações sonoras, mas voltada para um clima otimista, enérgico e descontraído. Já o repertório é bem irregular: tem canções legais e outras bem fracas. No fim, é um trabalho mediano, mas que serviu como apresentação. 

Melhores Faixas: Missed Calls, Frick Park Market, Diamonds & Gold, Party On Fifth Ave.
Piores Faixas: Man In The Hat, Of The Soul, English Lane, Up All Night

Watching Movies With The Sound Off – Mac Miller





















NOTA: 8,8/10


Dois anos depois, foi lançado seu 2º álbum, intitulado Watching Movies With The Sound Off. Após o Blue Slide Park, Mac Miller recebeu críticas, com razão, pelas letras simplistas e por uma estética “college rap” que poderia limitar sua evolução artística. Então, já com seus 20 anos, decidiu dar uma guinada criativa drástica, mergulhando profundamente em experimentações sonoras e expandindo seu leque de colaborações. Passou a trabalhar mais intensamente como produtor, sob o alter ego Larry Fisherman, e a absorver influências do Hip Hop alternativo, psicodelia e música eletrônica abstrata. A produção contou com vários nomes, como The Alchemist, Pharrell Williams, Flying Lotus e outros, que seguiram para um som atmosférico, com beats que exploram texturas, camadas de sintetizadores, samples obscuros e construções pouco convencionais. O repertório é muito bom, e as canções são profundas, com uma lírica afiada. Enfim, é um baita disco, que mostrou uma grande evolução. 

Melhores Faixas: Objects In The Mirror, Red Dot Music (feat do Action Bronson), I Am Who Am (Killin' Time), I'm Not Real (feat do Earl Sweatshirt), Watching Movies, Someone Like You, Bird Call 
Vale a Pena Ouvir: REMember, The Star Room, Aquarium

Faces – Mac Miller





















NOTA: 9,2/10


No ano seguinte, foi lançada mais uma mixtape, e meio que a definitiva, do Mac Miller: Faces. Após o Watching Movies With The Sound Off, Mac entrou em um período ainda mais intenso de experimentação e isolamento criativo. O momento pessoal dele era turbulento, ele estava afundado no uso excessivo de drogas (algo que ele mesmo descreve abertamente aqui), vivendo noites intermináveis em estúdios improvisados e criando de forma quase compulsiva. Um detalhe interessante é que essa mix foi lançada no Dia das Mães. A produção, feita por ele (como Larry Fisherman), também contou com contribuições de nomes como ID Labs, Thundercat, Earl Sweatshirt e outros. O resultado seguiu uma estética psicodélica e experimental, misturando Jazz, samples obscuros, beats quebrados e atmosferas Lo-fi, basicamente um Jazz Rap com Rap abstrato. O repertório é bem extenso, mas muito bom, com muita música interessante. No geral, é um belo trabalho, cheio de mensagem. 

Melhores Faixas: Funeral, Diablo, Here We Go, Rain (feat do Vince Staples), San Francisco, Uber, Inside Outside, Wedding 
Vale a Pena Ouvir: Grand Finale, Therapy, What Do You Do, Insomniak (feat do Rick Ross), Angel Dust

GO:OD AM – Mac Miller





















NOTA: 9/10


No ano de 2015, foi lançado seu 3º álbum de estúdio, o sensacional GO:OD AM. Após o Faces, Mac Miller entrou em um momento de busca por equilíbrio entre seus excessos e o desejo de amadurecimento. Após várias lutas contra vícios e desafios pessoais, mas também um esforço consciente para superar essas dificuldades e assumir uma postura mais centrada e responsável. Vale lembrar que, naquela época, ele havia assinado com a Warner Music, o que representou um passo importante para sua carreira. A produção foi bem mais diversificada, contando com nomes como ID Labs, DJ Dahi, Tyler, The Creator, Charlie Handsome e outros. O álbum combina batidas melódicas e jazzísticas com elementos do Rap tradicional e uma pegada contemporânea, equilibrando acessibilidade e experimentação, além de samples sofisticados e texturas ricas. O repertório é incrível, e as canções são todas bem diversificadas e envolventes. Em suma, é um baita disco e bem maduro. 

Melhores Faixas: 100 Grandkids, Perfect Circle / God Speed, Weekend (esse tal de Miguel nem fez tanta diferença), Clubhouse, Break The Law, ROS, Rush Hour 
Vale a Pena Ouvir: Cut The Check (feat interessante do Chief Keef), Doors, In The Bag
  

          Então um abraço e flw!!!               

Review: The Same Old Wasted Wonderful World do Motion City Soundtrack

                   The Same Old Wasted Wonderful World – Motion City Soundtrack NOTA: 8,2/10 Dias atrás, o Motion City Soundtrack retornou, ...