segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Analisando Discografias - The Mooney Suzuki

                 

People Get Ready – The Mooney Suzuki





















NOTA: 8/10


Retornando ao ano de 2000, foi lançado o álbum de estreia do The Mooney Suzuki, intitulado People Get Ready. Formada quatro anos antes, em Nova Iorque, pelo vocalista e guitarrista Sammy James, Jr., também guitarrista Graham Tyler, baixista John Paul Ribas e baterista Will Rockwell-Scott. O nome da banda é uma junção dos vocalistas Damo Suzuki e Malcolm Mooney, primeiros frontmen de uma banda de Krautrock alemã. No início, eles começaram como toda banda underground, na correria, lançando EPs, até que despertaram interesse da gravadora Estrus. A produção, feita por Mike Vasquez e Tim Kerr, mostrou uma sonoridade bastante crua, no estilo mais Lo-fi possível. Há uma urgência no disco que remete a uma jam ao vivo dentro de um porão abafado: tudo soa abafado, distorcido, mas incrivelmente vibrante. Com um repertório muito bacana, e com canções bem divertidas e leves. No final, é um ótimo trabalho, que trouxe muita autenticidade. 

Melhores Faixas: Make My Way, My Dear Persephone 
Vale a Pena Ouvir: Do It, Everytime, Make You Mine, I Say I Love You

Electric Sweat – The Mooney Suzuki





















NOTA: 8,8/10


Dois anos se passaram, e foi lançado o 2º álbum do The Mooney Suzuki, intitulado Electric Sweat. Após o People Get Ready, eles ganharam notoriedade dentro da cena alternativa norte-americana. Shows caóticos, figurinos vintage e riffs em brasa fizeram deles um dos destaques da Estrus Records. Mas, em 2001, veio a mudança: a banda assinou com a Gammon Records (um selo menor, mas com mais ambição comercial) e partiu para uma guinada mais profissional. A produção, feita por Jim Diamond, foi para um lado orgânico e com pegada retrô, mas com mais peso e definição do que no primeiro disco. As gravações priorizaram registros ao vivo em estúdio, com overdubs mínimos. A mixagem valoriza os graves e os vocais cheios, com guitarras fuzz rasgando na linha de frente, fazendo uma fusão do Rock garageiro com Blues. O repertório é bem legal, e as canções são todas bem divertidas. No fim, é um ótimo disco, cheio de precisão. 

Melhores Faixas: In A Young Man's Mind, Oh Sweet Susanna, I Woke Up This Mornin', Electric Sweat 
Vale a Pena Ouvir: Natural Fact, A Little Bit Of Love

Alive & Amplified – The Mooney Suzuki





















NOTA: 8/10


Mais dois anos se passaram, e foi lançado o 3º álbum deles, intitulado Alive & Amplified. Após o Electric Sweet, o The Mooney Suzuki passou a fazer parte de turnês maiores e a ser cogitado como uma aposta promissora dentro da indústria. Assinaram com a Columbia Records, que buscava capitalizar em cima do sucesso de bandas Indies como os Strokes. Como o Garage Rock havia deixado de ser um fenômeno de nicho e já figurava em comerciais, trilhas sonoras e rádios alternativas, as entradas do baixista Michael Miles e do baterista Augie Wilson impulsionaram ainda mais esse momento. A produção, feita por The Matrix, transformou o som cru da banda em algo mais brilhante e pronto para as rádios. Em termos de timbre, é um trabalho com som "moderno" para a época, mas com alma ainda enraizada nas influências sessentistas. Isso se reflete em um repertório bem legal, com ótimas canções e bem envolventes. No fim, é um trabalho bacana e muito subestimado. 

Melhores Faixas: Shake That Bush Again, Alive & Amplified 
Vale a Pena Ouvir: New York Girls, Loose 'n' Juicy

Have Mercy – Mooney Suzuki





















NOTA: 6/10


No ano de 2007, foi lançado o 4º e último álbum do The Mooney Suzuki, intitulado Have Mercy. Após o Alive & Amplified, mesmo tendo conseguido uma certa visibilidade, a parceria com o time de produtores Pop The Matrix, que rendeu um disco mais polido, afastou parte da base de fãs, e a pressão por sucessos comerciais levou eles a desacelerar. Durante esse período, o grupo enfrentou mudanças em sua formação, ficou sem contrato com grandes gravadoras e, agora contando com o retorno do Will Rockwell-Scott e sem baixista, eles partiram para o DIY. A produção, feita por Kevin Salem e Niko Bolas, apostou em uma sonoridade mais próxima do Blues Rock, do Southern Rock e até um pouquinho de Soul, com menos foco em riffs explosivos e mais atenção à textura. Só que faltou muita emoção, e tudo fica bem esquelético. O repertório é bem irregular, tendo canções legais e outras fraquíssimas. No fim, esse álbum é mediano e acabou encadeando o fim da banda. 

Melhores Faixas: Ashes, First Comes Love, 99% 
Piores Faixas: The Prime Of Life, Adam And Eve, Good Ol' Alcohol

 

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...