Strange Frontier – Roger Taylor
NOTA: 9/10
Três anos depois foi lançado seu 2º álbum solo, intitulado Strange Frontier, que trouxe ideias interessantes. Após o Fun in Space, Roger Taylor queria seguir aquela linha mais clássica do Rock, tentando fugir daquela onda superdançante que foi a porcaria do Hot Space. Então, Roger não perdeu a vontade de continuar explorando ideias pessoais e decidiu preparar um novo álbum solo. A produção foi feita por ele junto com David Richards e Reinhold Mack, mais uma vez assumindo a maior parte dos instrumentos. Aqui houve um bom uso de sintetizadores e de camadas eletrônicas, mas sem nunca perder a pegada Rock. É um álbum mais polido que o anterior, mas também mais sombrio e urgente. Além disso, os outros membros do Queen aparecem em momentos específicos e contribuem muito bem. O repertório é incrível, e as canções são divertidas e cheias de profundidade. No final, é um belo disco e um dos melhores fora do Queen.
Melhores Faixas: Man On Fire, Killing Time, Abandonfire, Strange Frontier
Vale a Pena Ouvir: It's An Illusion, Beautiful Dreams, Young Love
Happiness? – Roger Taylor
NOTA: 8,3/10
Então, se passaram dez anos para Roger Taylor retornar com mais um álbum solo, o Happiness?. Após o Strange Frontier, o baterista interrompeu a carreira solo para se dedicar integralmente ao Queen e, depois de tudo que ocorreu, como já sabemos, voltou a se dedicar a um novo projeto individual. O clima da época era de melancolia, de revolta contra injustiças sociais, mas também de amadurecimento. O disco traz um Roger Taylor mais maduro e introspectivo, que mescla críticas políticas, desilusões existenciais e também momentos de leveza. A produção foi feita por ele junto com Josh Macrae, resultando em uma sonoridade que mistura guitarras encorpadas, arranjos atmosféricos e um uso mais contido de sintetizadores em relação aos trabalhos anteriores. Tudo soa mais refinado e direto, revelando um som moderno para a época. O repertório ficou muito bom, as canções são bem melódicas e com um tom ainda mais profundo. Enfim, é outro ótimo disco, mais existencial e reflexivo.
Melhores Faixas: Foreign Sand, Loneliness..., Hapiness
Vale a Pena Ouvir: Touch The Sky, Old Friends, Dear Mr. Murdoch
Electric Fire – Roger Taylor
NOTA: 3/10
Quatro anos se passaram, e foi lançado mais um trabalho dele, o Electric Fire, que teve uma queda de qualidade. Após o Happiness?, Roger Taylor continuava a mergulhar em sua própria música, longe da pressão de representar uma das maiores bandas do mundo. O final dos anos 90 era um momento de grandes mudanças musicais: o Britpop havia dominado a Inglaterra, o Grunge ainda ecoava, e novas sonoridades eletrônicas começavam a ganhar espaço. A produção, feita como sempre por ele mesmo, trouxe uma sonoridade mais limpa e contemporânea, mesclando guitarras pesadas com texturas eletrônicas discretas, fazendo uma fusão quase de Art Rock com algumas pequenas influências alternativas. Porém, há muita coisa que ficou arrastada e sem imersão. O repertório é fraquíssimo, e as canções são bem chatas, com poucas realmente interessantes. Enfim, é um disco ruim e que faltou coesão.
Melhores Faixas: Working Class Hero, No More Fun, Pressure On
Piores Faixas: The Whisperers, London Town - C'mon Down, Surrender, Where Are You Now?
Fun On Earth – Roger Taylor
NOTA: 8,5/10
Indo para 2013, ele retorna lançando seu 5º álbum, o Fun On Earth, que foi mais melódico. Após o Electric Fire, Roger ficou um bom tempo sem lançar um álbum solo. Nos anos seguintes, manteve-se ocupado com múltiplos projetos, participando ativamente dos lançamentos póstumos do Queen. No entanto, continuava compondo coisas novas em seu estúdio particular, Cosford Mill, decidindo lançar um trabalho que refletisse muito da sua fase atual e abordasse temas mais críticos. A produção, feita junto com Joshua J. Macrae, apresenta uma sonoridade menos polida e mais orgânica, como se fosse um registro íntimo, quase artesanal, de um músico que já não precisa provar nada, mas ainda sente a necessidade de se expressar. No entanto, novamente os mesmos erros de seu antecessor se repetem, com muitos momentos arrastados. O repertório é muito fraco, e as canções são péssimas, com poucas se salvando. No final, é um trabalho terrível e esquecível.
Melhores Faixas: Say It's Not True (Jeff Beck aparecendo com suas linhas de guitarra extremamente técnicas), Be With You
Piores Faixas: One Night Stand, Be My Gal (My Brightest Spark), Fight Club, Sunny Day
Outsider – Roger Taylor
NOTA: 10/10
Então chegamos a 2021, quando foi lançado o último álbum do Roger Taylor até o momento, o Outsider. Após o Fun On Earth, o baterista parecia ter encerrado sua trajetória de álbuns solo de estúdio. A partir daí, concentrou-se em turnês com o Queen + Adam Lambert, projetos paralelos e lançamentos comemorativos do Queen. No entanto, o isolamento durante a pandemia de COVID-19, entre 2020 e 2021, reacendeu nele a vontade de compor e registrar novas ideias. A produção foi feita, como sempre, por ele junto com Joshua J. Macrae, e dessa vez seguiram para um lado mais intimista e contemplativo, com arranjos minimalistas e suaves, misturando Pop Rock, elementos acústicos e passagens atmosféricas. Tudo é bem valorizado e não fica naquela onda de arrastamento dos trabalhos anteriores. O repertório ficou bem legal, e as canções são todas diversificadas e com um tom profundo. Enfim, é um ótimo disco, que retomou uma linha mais expressiva.
Melhores Faixas: More Kicks (Long Day's Journey Into Night…Life), Foreign Sand (English Mix)
Vale a Pena Ouvir: Isolation, Gangsters Are Running This World, The Clapping Song