Cut Loose – Paul Rodgers
NOTA: 8,2/10
Em 1983, foi lançado o 1º trabalho solo de Paul Rodgers, o Cut Loose, que foi bem improvisado. Após o lançamento de Rough Diamonds, como sabemos, o Bad Company entrou em hiato, e Rodgers aproveitou esse período para realizar um projeto que vinha amadurecendo em sua mente: um disco totalmente solo, no sentido literal da palavra, já que ele fez praticamente tudo sozinho. Produzido obviamente por ele mesmo, o álbum tem um caráter intimista, quase “caseiro”, o que se reflete na sonoridade mais crua e pessoal, distante da grandiosidade das produções de sua antiga banda. Rodgers toca guitarras, baixo, bateria, teclado e piano, o que dá ao disco uma coerência estilística, embora, em alguns momentos, a instrumentação soe mais simples, mas ainda assim com muita consistência. O repertório é muito bom, e as canções são bem intimistas e leves. Enfim, é um ótimo disco, apesar de ter sido ignorado na época.
Melhores Faixas: Rising Sun, Live In Peace
Vale a Pena Ouvir: Talking Guitar Blues, Morning After The Night Before, Cut Loose
Muddy Water Blues (A Tribute To Muddy Waters) – Paul Rodgers
NOTA: 8/10
Melhores Faixas: I Just Want To Make Love To You (Jeff Beck), I Can't Be Satisfied (Brian Setzer do Stray Cats)
Vale a Pena Ouvir: Rollin' Stone (Jeff Beck), Louisiana Blues (Trevor Rabin), She Moves Me (Gary Moore), Born Under A Bad Sign (Neal Schon do Journey)
Now – Paul Rodgers
NOTA: 3/10
Quatro anos depois, foi lançado mais um disco dele, intitulado Now, que foi mais variado. Após o Muddy Water Blues, Paul Rodgers decidiu gravar um álbum solo de composições inéditas, em que buscava unir sua bagagem de décadas com uma sonoridade mais intimista e atualizada, fazendo um trabalho que não marcasse apenas sua volta ao formato tradicional de álbum autoral, mas também um registro dele indo para um lado mais reflexivo. Produzido por ele junto com Eddie Kramer e Dan Priest, o disco segue por um caminho bem mais limpo e caloroso, valorizando tanto o vocal quanto os arranjos instrumentais. Diferente do peso cru de seus trabalhos setentistas, aqui temos uma sonoridade mais polida, com uso notável de teclados e camadas de guitarra, mas que oscila bastante, principalmente nos arranjos, muitas vezes arrastados. Em suma, é um disco fraco, que carece de complementos.
Melhores Faixas: Chasing Shadows, Soul Of Love, Shadow Of The Sun
Piores Faixas: Saving Grace, Holding Back The Storm, Love Is All I Need, Nights Like This