segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Analisando Discografias - Charles Mingus: Parte 4

                  

Cumbia & Jazz Fusion – Charles Mingus





















NOTA: 2/10


Quatro anos se passaram e foi lançado o último álbum em vida de Charles Mingus, o Cumbia & Jazz Fusion. Após o Changes One/Two, mesmo sendo exaltado por todos os seus trabalhos nos últimos anos, em termos pessoais, Mingus enfrentava problemas sérios: seu corpo começava a ser debilitado pela esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa que limitaria seus movimentos e sua capacidade de tocar contrabaixo. Já esse projeto foi feito a convite do cineasta Bernardo Bertolucci para ser trilha de um documentário da ONU sobre a Colômbia. Produção feita por İlhan Mimaroğlu e Daniele Senatore, que ajudaram a dar forma ao material dentro de uma abordagem de suíte contínua, mesclando partes compostas, improvisação coletiva e sobreposição de camadas sonoras, ficando uma colcha de retalhos que deixa tudo exaustivo. O repertório contém só 2 faixas e, assim, elas são bem chatinhas. Enfim, é um disco fraquíssimo e bem impreciso. 

Melhor Faixa: Music For "Todo Modo" 
Pior Faixa: Cumbia & Jazz Fusion

Me Myself An Eye – Mingus





















NOTA: 3/10

E aí, no ano seguinte, foi lançado um dos vários álbuns póstumos do Charles Mingus, o Me, Myself an Eye. Após o Cumbia & Jazz Fusion, Mingus já estava profundamente debilitado pela esclerose lateral amiotrófica (ELA). A doença avançava rápido: ele praticamente não conseguia mais tocar contrabaixo e, em seus últimos meses, já não tinha condições de se apresentar ao vivo. No início de 1979, ele veio a falecer. Mas conseguiu produzir diversas peças em forma de partituras ou esboços de arranjos, que seriam posteriormente trabalhados por colaboradores. A produção, feita por İlhan Mimaroğlu e Raymond Silva, tentou transformar os rascunhos de Mingus em obras completas, utilizando arranjadores e uma orquestra de peso. Entre os músicos envolvidos estavam nomes respeitados como Michael Brecker, Steve Slagle, Jimmy Knepper, entre outros. Assim, tudo aqui tem aquela improvisação, só que tudo fica uma colcha de retalhos. O repertório é fraquíssimo: tem canções boas e outras esquecíveis. No final, é um disco ruim e que desonra o legado do baixista. 

Melhores Faixas: Wednesday Night Prayer Meeting, Devil Woman 
Piores Faixas: Carolyn ''Keki'' Mingus, Three Worlds Of Drums

  

Analisando Discografias - Interpol

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