sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Analisando Discografias - Mineral

                 

The Power Of Failing – Mineral





















NOTA: 10/10


Em 1996, foi lançado o álbum de estreia do Mineral, intitulado The Power of Failing. A banda foi formada em Houston, no Texas, no mesmo caldeirão que deu origem a bandas do Midwest Emo e do Post-Hardcore dos anos 90. Formada por Chris Simpson (vocais e guitarra), Scott McCarver (guitarra), Jeremy Gomez (baixo) e Gabriel Wiley (bateria), a banda rapidamente se destacou pela intensidade emocional e pelas construções instrumentais expansivas, o que chamou a atenção da Crank! Records. Gravado de forma relativamente crua, sendo até Lo-fi em alguns pontos, mas transmite bem a dinâmica característica da banda: guitarras limpas e melódicas que se transformam em paredes de distorção, baixo marcante, bateria expressiva e os vocais frágeis, mas profundamente emotivos, do Chris Simpson. O repertório é simplesmente sensacional, parecendo até uma coletânea, pois só tem músicas incríveis. No fim, é um álbum maravilhoso e certamente uma obra-prima. 

Melhores Faixas: Parking Lot, Gloria, If I Could, Five, Eight And Tem, Slower 
Vale a Pena Ouvir: Silver, 80-37

EndSerenading – Mineral





















NOTA: 9,7/10


Dois anos depois, eles retornam lançado seu 2º e praticamente último álbum deles, o EndSerenading. Após o maravilhoso The Power Of Failing, o Mineral rapidamente ganhou notoriedade dentro da cena do Midwest Emo. Sua mistura de delicadeza e intensidade, letras confessionais e arranjos expansivos fez deles referência de um som que, ao mesmo tempo, era intimista e grandioso. No entanto, os bastidores da banda já mostravam tensões. A turnê intensa, as diferenças criativas e o desgaste pessoal levaram ao anúncio do fim do grupo antes de lançar o disco. Produção aposta em um acabamento mais limpo, com maior clareza nos instrumentos e foco em atmosferas expansivas. Sendo menos áspera, mais etérea, permitindo que as guitarras cristalinas e os vocais frágeis de Chris Simpson soem com nitidez com eles pulando bem mais no Slowcore. O repertório é incrível, e as canções são bem mais cadenciadas e sentimentais. Enfim, é um belo disco e que fechou um ciclo apesar das brigas. 

Melhores Faixas: Unfinished, Palisade, Waking To Winter, Love Letter Typewriter, &Serenading 
Vale a Pena Ouvir: Gjs, Sounds Like Sunday

One Day When We Are Young – Mineral





















NOTA: 2,5/10


Em 2019, foi lançado um EP intitulado One Day When We Are Young, que parecia trazer uma esperança, mas acabou vindo com muitos erros. Após EndSerenading, a banda acabou e se tornou peça fundamental do Emo da segunda onda, influenciando inúmeras bandas posteriores e garantindo ao grupo um status de culto. Depois do fim, os outros membros seguiram para novos projetos. Foi só em 2014, após mais de quinze anos separados, que a banda anunciou sua volta para uma série de shows comemorativos. A produção, feita por David Trumfio, ficou mais polida e com um som etéreo, expansivo e contemplativo, mantendo a melancolia característica, mas com um refinamento que os aproxima do Shoegaze e um pouco do Post-Rock. No entanto, tudo soa arrastado e falta imersão, fazendo as texturas parecerem desalinhadas. O repertório é bem fraco, e as canções são esquecíveis. No fim, é um trabalho apagado e que passou despercebido. 

Melhores Faixas: (.......................) 
Piores Faixas: Your Body Is The World, Aurora

Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...