Sleeping On Roads – Neil Halstead
NOTA: 8/10
Em 2002, foi lançado o 1º trabalho solo do Neil Halstead, intitulado Sleeping On Roads. Após o hiato do Slowdive, Halstead fundou outra banda junto com Rachel Goswell e Ian McCutcheon, que ia para um lado mais puxado para o Folk e o Alt-Country, mostrando um lado mais intimista e orgânico da composição de Neil. Só que ele carregava uma veia autoral muito pessoal que nem sempre se encaixava totalmente no grupo, fazendo-o assim decidir lançar um trabalho solo. A produção, feita por ele junto com Robert Carranza, privilegia arranjos sutis, em que o violão acústico se torna a espinha dorsal de quase todas as faixas. Há, porém, inserções delicadas de piano, cordas, sintetizadores leves e guitarras discretas, criando um pano de fundo atmosférico que conecta o disco à sensibilidade do Dream Pop, ainda que de maneira mais contida. O repertório é bem legal, e as canções são todas bem delicadas. Enfim, é um ótimo trabalho solo e bem puro.
Melhores Faixas: See You On Rooftops, Dreamed I Saw Soldiers
Vale a Pena Ouvir: Driving With Bert, Sleeping On Roads, Two Stones In My Pocket
Oh! Mighty Engine – Neil Halstead
NOTA: 6/10
Melhores Faixas: Sometimes The Wheels, Little Twig, Always The Good, Paint A Face
Piores Faixas: Queen Bee, Elevenses, Spinning For Spoonie, No Mercy For The Muse
Palindrome Hunches – Neil Halstead
NOTA: 8,5/10
Então chegamos a 2012, quando foi lançado o último álbum solo, até então, do Neil Halstead. Após o Oh! Mighty Engine, Halstead chegou a ter uma série de demos rejeitadas pela gravadora e, desanimado, pensou em abandonar a ideia. No entanto, em um processo quase casual, acabou gravando o disco em uma pequena escola primária em Cornwall, acompanhado pelo conjunto de câmara The Band of Hope, que trouxe arranjos de cordas e pianos. A produção, feita por ele junto com Nick Holton, mantém a estética minimalista que já caracterizava sua obra, mas com um diferencial: a forte presença dos arranjos de cordas, piano e instrumentos de câmara, que substituem os tons mais ensolarados e campestres do disco anterior por um clima introspectivo e quase elegíaco, sendo quase um Indie Folk, porém seguindo aquela onda acústica padrão. O repertório é belíssimo, e as canções são todas bem serenas. No geral, é um disco bacana e o melhor de sua carreira solo.
Melhores Faixas: Digging Shelters, Full Moon Rising, Palindrome Hunches
Vale a Pena Ouvir: Spin The Bottle, Hey Daydreamer, Tied To You