domingo, 14 de setembro de 2025

Analisando Discografias - Neil Halstead

                 

Sleeping On Roads – Neil Halstead





















NOTA: 8/10


Em 2002, foi lançado o 1º trabalho solo do Neil Halstead, intitulado Sleeping On Roads. Após o hiato do Slowdive, Halstead fundou outra banda junto com Rachel Goswell e Ian McCutcheon, que ia para um lado mais puxado para o Folk e o Alt-Country, mostrando um lado mais intimista e orgânico da composição de Neil. Só que ele carregava uma veia autoral muito pessoal que nem sempre se encaixava totalmente no grupo, fazendo-o assim decidir lançar um trabalho solo. A produção, feita por ele junto com Robert Carranza, privilegia arranjos sutis, em que o violão acústico se torna a espinha dorsal de quase todas as faixas. Há, porém, inserções delicadas de piano, cordas, sintetizadores leves e guitarras discretas, criando um pano de fundo atmosférico que conecta o disco à sensibilidade do Dream Pop, ainda que de maneira mais contida. O repertório é bem legal, e as canções são todas bem delicadas. Enfim, é um ótimo trabalho solo e bem puro. 

Melhores Faixas: See You On Rooftops, Dreamed I Saw Soldiers 
Vale a Pena Ouvir: Driving With Bert, Sleeping On Roads, Two Stones In My Pocket

Oh! Mighty Engine – Neil Halstead



















NOTA: 6/10


Seis anos se passaram e foi lançado seu 2º álbum solo, o irregular Oh! Mighty Engine. Após o Sleeping On Roads, Halstead seguiu ativo com aquele seu projeto, mas também amadureceu como compositor, deixando cada vez mais clara sua ligação com o Folk britânico e americano clássico. Esse amadurecimento culminou em um trabalho pelo selo Brushfire Records, de Jack Johnson, o que já indicava a aproximação de Halstead com um universo mais ensolarado, leve e acessível, mas sem perder a delicadeza de sua escrita. A produção foi praticamente a mesma, só que mais simples, despojada e transparente, com o violão acústico sendo a base central; aqui, porém, ele é complementado por arranjos mais quentes e tradicionais do Chamber Folk. O problema é que os arranjos soam genéricos, alguns até excessivos. O repertório é mediano: há canções boas e outras descartáveis. No geral, é um trabalho fraco, embora parta de uma proposta interessante. 

Melhores Faixas: Sometimes The Wheels, Little Twig, Always The Good, Paint A Face 
Piores Faixas: Queen Bee, Elevenses, Spinning For Spoonie, No Mercy For The Muse

Palindrome Hunches – Neil Halstead





















NOTA: 8,5/10


Então chegamos a 2012, quando foi lançado o último álbum solo, até então, do Neil Halstead. Após o Oh! Mighty Engine, Halstead chegou a ter uma série de demos rejeitadas pela gravadora e, desanimado, pensou em abandonar a ideia. No entanto, em um processo quase casual, acabou gravando o disco em uma pequena escola primária em Cornwall, acompanhado pelo conjunto de câmara The Band of Hope, que trouxe arranjos de cordas e pianos. A produção, feita por ele junto com Nick Holton, mantém a estética minimalista que já caracterizava sua obra, mas com um diferencial: a forte presença dos arranjos de cordas, piano e instrumentos de câmara, que substituem os tons mais ensolarados e campestres do disco anterior por um clima introspectivo e quase elegíaco, sendo quase um Indie Folk, porém seguindo aquela onda acústica padrão. O repertório é belíssimo, e as canções são todas bem serenas. No geral, é um disco bacana e o melhor de sua carreira solo. 

Melhores Faixas: Digging Shelters, Full Moon Rising, Palindrome Hunches 
Vale a Pena Ouvir: Spin The Bottle, Hey Daydreamer, Tied To You

 

Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...