quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Analisando Discografias - Siouxsie and the Banshees: Parte 3

                  

Peepshow – Siouxsie And The Banshees





















NOTA: 8,5/10


Indo para 1988, foi lançado mais um álbum do Siouxsie and the Banshees, intitulado Peepshow. Após o Through The Looking Glass, a banda vivia um momento de reconfiguração interna: John Valentine Carruthers havia deixado a guitarra, e em seu lugar entrou Jon Klein, trazendo uma abordagem menos experimental, mas firme e pontual. Além dele, o grupo incorporou o multi-instrumentista Martin McCarrick, conhecido por seu trabalho em cordas e acordeão. A produção foi praticamente a mesma, com um som luxuoso, cheio de detalhes, com foco na clareza dos arranjos. A voz da Siouxsie ganha protagonismo absoluto. Os instrumentos, longe de se sobrepor, se entrelaçam de maneira orquestral, basicamente pegando as influências do Art Pop e juntando-as com o Post-Punk característico da banda. O repertório é muito legal, e as canções vão desde um lado melódico até mais cadenciado. No geral, é um ótimo disco, que marcaria o fim de uma fase produtiva. 

Melhores Faixas: The Killing Jar, The Last Beat Of My Heart 
Vale a Pena Ouvir: Turn To Stone, Scarecrow, Peek-A-Boo

Superstition – Siouxsie And The Banshees





















NOTA: 4/10


Já em 1991, foi lançado mais um álbum do Siouxsie and the Banshees, Superstition, e aqui as coisas decaíram. Após o Peepshow, que trouxe uma fase mais teatral, o grupo entrou nos anos 90 em um desgaste interno. O final da década de 80 havia mostrado que os Banshees ainda eram capazes de reinventar sua estética, mas a virada da década trouxe um mercado musical cada vez mais voltado para a acessibilidade radiofônica e para a expansão da música alternativa em direção ao mainstream. A produção, feita por Stephen Hague, apostou em sintetizadores, camadas eletrônicas e baterias programadas, reduzindo a crueza e o caráter sombrio que sempre caracterizaram o grupo, entrando de cabeça no Dance alternativo e no Pop Rock, e isso ficou bem desalinhado, faltando imersão. O repertório até começa bem, mas depois só surgem canções genéricas. No geral, é um disco fraco, que mostrava uma queda imensa. 

Melhores Faixas: Kiss Them For Me, Softly, Got To Get Up, Fear (Of The Unknown) 
Piores Faixas: Silly Thing, Drifiter, Silver Waterfalls, The Ghost In You, Shadowtime

The Rapture – Siouxsie & The Banshees





















NOTA: 4/10


Entao chegamos em 1995, onde foi lançado o último album da banda intitulado The Rapture. Após o Supersition, os Banshees entraram em uma fase de desgaste. Mesmo com relativo sucesso de Kiss Them for Me nos EUA deu uma sobrevida comercial, mas as tensões internas e as críticas à produção excessivamente polida daquele disco criaram fissuras na dinâmica do grupo. Quando decidiram gravar esse album, a banda já não tinha a mesma coesão criativa de outrora. Produção conduzida por John Cale junto com a banda, teve arranjos grandiosos, uso de orquestra e atmosfera quase neoclássica em algumas faixas. A parte autoproduzida, por sua vez, tem climas mais diretos, próximos do Rock alternativo, com guitarras mais cruas e menos adorno, só que muita coisa fica sem imersão e alguns arranjos não se conectam. O repertório é bem fraquinho, tendo canções boas, mas a maioria é bem chato. Enfim, para um disco de despedida foi bem abaixo. 

Melhores Faixas: Stargazer, Silk Child, Not Forgotten, The Lonely One 
Vale a Pena Ouvir: Falling Down, Forever, Love Out Me, The Rapture, Double Life

  

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