sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Big Bllakk: Parte 2

                  

Muita Luta Mixtape – Big Bllakk





















NOTA: 8/10


Mais um ano se passou, e ele volta lançando a Muita Luta Mixtape, que traz várias ideias. Após o ERREJOTACULTDRILL Vol. 2 - Esquema Novo, esse próximo trabalho marca uma nova fase em sua carreira, destacando-se pela versatilidade e pela exploração de ritmos derivados da vertente do Drill. O título sinaliza um tema de resistência, esforço e trajetória, o “vencer apesar de”, algo comum nas narrativas de periferia e no Rap de caráter mais visceral. A produção, feita por Pedro Apoema, Bolin, Calixto, Hogsbeats e Manel Beats, trouxe uma sonoridade pesada, com beats bem variados e samples precisos, que se encaixam perfeitamente nos flows agressivos do Bllakk. Tudo isso transita entre Drill, Grime, Boom Bap e Trap tradicional, cada um se encaixando com a proposta de cada faixa. Falando nisso, o repertório é muito bom, com canções bem reflexivas e outras mais ousadas. No final, é uma ótima mixtape que trouxe uma proposta interessante. 

Melhores Faixas: Sem Bala Contada, Brusa da Nike e GShock, As Ruas Chamam, Na Primeira (Interlúdio) 
Vale a Pena Ouvir: Sobre crimes, amores e sonhos, 123, Vai Escutar 70

Para Não Dizer que Não Falei das Flores – Big Bllakk





















NOTA: 5/10


Então chegamos a este ano, quando foi lançado mais um EP, intitulado Para Não Dizer que Não Falei das Flores. Após a Muita Luta Mixtape, o Big Bllakk acabou não fazendo muita coisa notável; o máximo que tivemos foi a respeito de sua saída da Rock Danger, em que ele acusou ter sido roubado, algo que o Major RD afirmou não ser verdade. Com isso, ele continuou trabalhando de forma independente, e aqui decidiu fazer um trabalho bem mais introspectivo. A produção foi feita, como sempre, por Pedro Apoema, Manel Beats e lucwhatscooking, indo para um caminho mais melódico, com uma sonoridade bem mais atmosférica e voltada à introspecção, mesmo que mantenha um pouco do estilo característico do rapper. Há influências do Drill, mas com elementos do Trap Soul e do R&B contemporâneo, apesar de muita coisa não funcionar muito bem. O repertório é irregular, com canções boas e outras mais fracas. Enfim, é um trabalho mediano que não funcionou. 

Melhores Faixas: Lágrimas Negras, Dinheiro Não Sai de Moda 
Piores Faixas: Menina Que Não Sabe Quem Eu Sou, Baile
  

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

                   Kansas – Kansas NOTA: 9/10 Indo para 1974, o Kansas lançava seu álbum de estreia autointitulado, que trazia uma estética ...