Super Fly (The Original Motion Picture Soundtrack) – Curtis Mayfield
NOTA: 10/10
Outro ano se passou, e Curtis Mayfield lança seu 3º álbum de estúdio, a trilha sonora do filme Super Fly. Após o Roots, aquele período do início dos anos 70 marcou a explosão do movimento conhecido como blaxploitation no cinema, com filmes que buscavam retratar a vida urbana negra, frequentemente com uma mistura de glamour, criminalidade e crítica social. Super Fly, filme dirigido por Gordon Parks Jr., contava a história de Priest, um traficante de drogas tentando sair da vida do crime, e Mayfield foi contratado para criar a trilha sonora. A produção foi feita, obviamente, pelo próprio cantor, que colocou arranjos densos e precisos, linhas de baixo marcantes, cordas e metais elegantes, além de sua guitarra suave, porém insistente, e de sua voz doce, que ao mesmo tempo é quase falada, fazendo uma combinação perfeita de Soul com Funk. O repertório é simplesmente maravilhoso, todas as faixas bem amarradas e com muita profundidade. Enfim, é um belo disco e outro clássico.
Melhores Faixas: Pusherman, Superfly, Little Child Runnin' Wild, Give Me Your Love (Love Song), Eddie You Should Know Better
Vale a Pena Ouvir: Freddie's Dead, No Thing On Me (Cocaine Song)
Back To The World – Curtis Mayfield
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: Right On For The Darkness, Future Schock, Future Song (Love A Good Woman, Love A Good Man)
Vale a Pena Ouvir: Keep On Trippin', Back To The World
Sweet Exorcist – Curtis Mayfield
NOTA: 8,7/10
Indo para 1974, foi lançado seu 5º álbum de estúdio, intitulado Sweet Exorcist, que foi mais complexo. Após o Back to the World, Curtis Mayfield já se consolidava como um dos maiores inovadores do Soul, destacando-se por combinar groove sofisticado, consciência social e arranjos orquestrais elaborados. Aqui, ele decidiu explorar temas universais de amor, espiritualidade, resistência e consciência, com uma maturidade crescente na composição e nos arranjos. A produção foi conduzida, como sempre, pelo próprio cantor, que equilibrou groove, melodia e mensagem de forma orgânica, sem exageros instrumentais. Curtis gravou quase todas as camadas ele mesmo ou com músicos de confiança, garantindo que cada nota e efeito tivessem propósito narrativo e rítmico. O repertório é muito bom, e as canções são bem dinâmicas e vão para um lado mais delicado. Enfim, é um ótimo álbum, que acabou ficando nas sombras dos anteriores.
Melhores Faixas: Sweet Exorcist, Ain't Got Time
Vale a Pena Ouvir: Power To The People, Suffer


