terça-feira, 14 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Curtis Mayfield: Parte 1

                  

Curtis – Curtis Mayfield





















NOTA: 10/10


Voltando a 1970, Curtis Mayfield lançava seu 1º álbum solo, intitulado apenas Curtis. O cantor, que começou sua carreira em 1956 com o grupo The Impressions, teve grande sucesso na Soul music. Depois de 14 anos, decidiu seguir carreira solo; ele já havia firmado uma assinatura musical e lírica muito própria, marcada pela combinação de harmonias suaves, arranjos elegantes e mensagens sociais fortes. A produção, feita pelo próprio cantor, contou com músicos excepcionais, além de um naipe de metais e cordas que dá ao disco uma sonoridade quase sinfônica dentro do gênero. Ele incorpora elementos do Funk e do Rock psicodélico, especialmente nas linhas de baixo sinuosas e nas longas seções instrumentais, sem abandonar o lirismo e a espiritualidade da Soul music. O repertório é simplesmente maravilhoso, parecendo uma coletânea, pois só tem canções belíssimas. Enfim, é um baita disco de estreia e certamente uma obra-prima. 

Melhores Faixas: Move On Up, (Don't Worry) If There's A Hell Below We're All Going To Go, We The People Who Are Darker Than Blue, Give It Up 
Vale a Pena Ouvir: The Other Side Of Town, Wild And Free

Roots – Curtis Mayfield





















NOTA: 9,8/10


Logo no final do ano seguinte, foi lançado o 2º álbum de Curtis Mayfield, o Roots. Após o atemporal Curtis, que não apenas o consolidou como um dos grandes nomes do Soul, mas também o colocou no centro da transformação estética que redefinia a música negra americana, o soul começava a se tornar mais introspectivo, denso e filosófico, dialogando com o Funk, o Jazz e o psicodelismo. Esse trabalho surge como uma espécie de pregador urbano por parte do cantor. A produção é quase a mesma, mais limpa e mais detalhista, aprofundando sua busca por uma textura musical que soe simultaneamente orgânica e cósmica. As cordas e os metais são usados como extensão emocional de sua voz, nunca como enfeite. Os arranjos criam atmosferas de catedral, e o uso do reverb e da espacialidade sonora reforça o caráter quase místico do disco. O repertório é incrível, e as canções são bem reflexivas e imersivas. No final, é um belo trabalho e muito profundo. 

Melhores Faixas: Keep On Keeping On, Now You're Gone, We Got To Have Peace 
Vale a Pena Ouvir: Get Down, Beautiful Brother Of Mine
  

                                                         Então um abraço e flw!!!            

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