Stone Sour – Stone Sour
NOTA: 5/10
Voltando para 2002, o Stone Sour lançava seu álbum de estreia autointitulado, que tinha uma proposta diferente. A banda, formada em 1992 na cidade de Des Moines, em Iowa, já contava com uma formação consolidada: Corey Taylor (vocal), Joel Ekman (bateria), Shawn Economaki (baixo) e Josh Rand e Jim Root (guitarras). Eles tiveram que dar uma pausa em 1997, com a entrada do Corey no Slipknot, e só retornaram quatro anos depois, mostrando uma sonoridade mais emocional e melódica. A produção foi conduzida por Tom Tatman junto com a banda, trazendo uma mistura do Metal alternativo, Hard Rock e Post-Grunge, mas com nuances que refletem a versatilidade do Corey, com vocais limpos e emocionais alternando com momentos de fúria; guitarras afiadas e riffs com pegada moderna. No entanto, há muita coisa que soa manjada e falta um pouco de dinâmica. O repertório é irregular: tem canções boas e outras mais fracas. Enfim, é um trabalho mediano e impreciso.
Melhores Faixas: Bother, Monolith, Get Inside, Orchids
Piores Faixas: Tumult, Choose, Take A Number, Omega
Come What(ever) May – Stone Sour
NOTA: 8/10
Quatro anos se passam e o Stone Sour lança seu 2º álbum, o Come What(ever) May. Após o álbum de estreia, a banda se viu diante do desafio de se consolidar artisticamente. O primeiro trabalho havia mostrado que Corey Taylor e Jim Root não eram apenas membros do Slipknot tentando algo paralelo, mas músicos capazes de criar um som alternativo e potente. Ainda assim, era necessário provar que o projeto tinha identidade própria, e, com uma formação nova, marcada pela entrada do baterista Roy Mayorga, partiram para mais um álbum. A produção, conduzida por Nick Raskulinecz, apresenta um som mais limpo, orgânico e dinâmico, equilibrando peso e melodia com maestria. O disco traz uma fusão entre Hard Rock, Metal alternativo e Post-Grunge, mas com nuances progressivas e arranjos mais detalhados. O repertório ficou muito bom, com canções energéticas e outras mais melódicas. No geral, é um ótimo álbum, que revelou um lado mais maduro.
Melhores Faixas: Through Glass, Reborn, Hell & Consequences, Made Of Scars
Vale a Pena Ouvir: Cardiff, Come What(ever) May, Your God
Audio Secrecy – Stone Sour
NOTA: 5/10
Indo para 2010, eles retornam lançando mais um disco, o Audio Secrecy, e aqui começam os problemas. Após o Come What(ever) May, o Stone Sour começou a se transformar: o projeto que nasceu como um escape criativo de Corey Taylor e Jim Root passou a ter vida própria, com identidade consolidada. Quando começaram a conceber esse disco, o mundo em volta deles era outro, a indústria musical estava mudando, e o próprio Corey atravessava uma fase pessoal conturbada, marcada pelo divórcio e por uma forte crise emocional. A produção, conduzida novamente por Nick Raskulinecz, segue para um lado bem mais polido, sem perder o peso característico. Há um cuidado maior com os detalhes: camadas de guitarra sutis, múltiplas linhas vocais e baterias ricas em textura, só que a abordagem acabou ficando excessivamente contida e faltando mais imersão. O repertório é mediano, com canções interessantes e outras genéricas. Enfim, é um trabalho bastante irregular.
Melhores Faixas: Hesitate, Mission Statement, Digital (Did You Tell), The Bitter End
Piores Faixas: Threadbare, Pieces, Dying, Imperfect
House Of Gold & Bones Part 1 – Stone Sour
NOTA: 2,5/10
Pulando para 2012, foi lançado o quarto álbum do Stone Sour, o House of Gold & Bones – Part 1. Após o irregular Audio Secrecy, que explorou as vulnerabilidades do Corey Taylor e um som mais acessível, a banda passou por mudanças: o baixista Shawn Economaki saiu, e Johnny Chow entrou em seu lugar. Com isso, eles decidiram fazer um trabalho conceitual, lançado em duas partes, acompanhando um protagonista conhecido apenas como The Human, que enfrenta o colapso de sua vida e se vê preso em uma realidade distorcida. A produção, realizada por David Bottrill, trouxe uma abordagem mais progressiva e detalhista, combinando o peso característico da banda com texturas atmosféricas e alternando entre Metal alternativo, Post-Grunge e até Art Rock, com estruturas complexas. No entanto, tudo soa muito arrastado e falta mais dinamismo. O repertório é fraco, com poucas canções interessantes, já que o resto é bastante cansativo. No fim, é um álbum ruim e entediante.
Melhores Faixas: Last Of The Real, Tired
Piores Faixas: Absolute Zero, My Name Is Allen, Influence Of A Drowsy God, The Travelers, Pt. 1
House Of Gold & Bones Part 2 – Stone Sour
NOTA: 3/10
Aí, no ano seguinte, acabou sendo lançado o 5º álbum da banda, obviamente House of Gold & Bones Part 2. Após a fraquíssima 1ª parte, que mostrava o colapso e o início da descida à loucura, a 2ª parte mergulha nas consequências e na reconstrução interior, explorando um território mais sombrio e introspectivo. Musicalmente, ela se diferencia por ser mais progressiva, atmosférica e emocional, sem abandonar o peso característico da banda. A produção foi praticamente a mesma, mas a sonoridade ficou muito mais polida, tridimensional e cinematográfica, apostando em camadas densas de guitarras, atmosferas de sintetizadores, interlúdios instrumentais e dinâmicas narrativas. Ainda assim, tudo continuou bastante exagerado e faltando complementos, algo que o antecessor também não conseguiu alcançar. O repertório novamente ficou muito fraco, com canções medíocres e poucas que se salvam. No fim, são dois trabalhos chatíssimos e que não funcionaram.
Melhores Faixas: The Conflagration, Red City, Gravesend
Piores Faixas: Black John, Blue Smoke, The Uncanny Valley, Stalemate
Então é isso e flw!!!




