domingo, 2 de novembro de 2025

Analisando Discografias - A$AP Rocky

                 

LiveLoveA$AP – A$AP Rocky





















NOTA: 10/10


Indo para 2011, o A$AP Rocky lançava sua lendária mixtape LiveLoveA$AP, que foi um divisor de águas. O rapper nova-iorquino começou sua trajetória por volta de 2007, quando recém havia entrado no coletivo A$AP Mob. Nesse meio tempo, foram lançados singles independentes, e ele começou a se destacar por combinar o estilo de Rap do sul dos EUA, principalmente de Houston e Memphis, com a estética do Rap nova-iorquino, criando algo chamado pelo próprio de “Houston-meets-New York vibe”. Com isso, ele assinou com a Polo Grounds, distribuída pela RCA. A produção foi diversificada, contando com A$AP Ty Beats, SpaceGhostPurrp, DJ Burn One, entre outros, e é marcada por atmosferas densas, reverberações etéreas e batidas que misturam o Rap tradicional de Nova York com elementos eletrônicos e do Cloud Rap. Assim, as beats são pesadas, e o uso de autotune é sutil. O repertório é maravilhoso, e as canções são todas excepcionais. Enfim, é um baita trabalho e um clássico. 

Melhores Faixas: Peso, Palace, Demons, Wassup, Out Of This World, Trilla, Houston Old Head, Purple Swag: Chapter 2 
Vale a Pena Ouvir: Acid Drip, Kissin' Pink, Leaf

Long.Live.A$AP – A$AP Rocky





















NOTA: 9/10


Aí, dois anos depois, foi lançado seu álbum de estreia, o igualmente incrível Long.Live.A$AP. Após o LiveLoveA$AP, acontecia uma expansão do Cloud Rap, influências do Trap e do Rap alternativo, com artistas como Drake e Kid Cudi explorando melodias, autotune e produção atmosférica. Para esse trabalho, ele tinha a missão de consolidar Lord Flacko não apenas como uma promessa da internet, mas como um astro global do rap, mostrando que seu som era tanto acessível quanto inovador. A produção foi, como sempre, diversificada, contando com Danger Mouse, T-Minus, Hit-Boy, entre outros, e combina o lado etéreo e experimental da mixtape com beats mais agressivos e acessíveis. Os sintetizadores flutuantes, 808s pesados, samples melódicos e beats de Trap e Cloud Rap são constantes, criando um contraste entre introspecção e ostentação. O repertório é incrível, e as canções são todas bem consistentes e dinâmicas. No fim, é um belo disco de estreia, bem coeso. 

Melhores Faixas: Fashion Killa, 1 Train (juntaram um monte de maluco, olhas alguns nomes: Kendrick Lamar, Danny Brown e Joey Bada$$), Goldie, LVL, Phoenix, PMW (All I Really Need) 
Vale a Pena Ouvir: Pain, F**kin' Problems (boa música, mas as feats envelheceram mal – Kendrick, Drake e 2 Chainz)

At. Long. Last. A$AP – A$AP Rocky





















NOTA: 9,2/10


Mais dois anos se passaram, e o A$AP Rocky lançou seu 2º álbum, intitulado At. Long. Last. A$AP. Após o Long.Live.A$AP, ele se consolidou como um dos rappers mais estilisticamente ousados de sua geração, combinando Rap mainstream, experimentalismo sonoro e forte influência de moda e cultura urbana. O período entre os álbuns foi marcado por amadurecimento musical, viagens internacionais e experiências de vida que refletiriam neste trabalho. A produção contou com vários nomes, como Kanye West, Danger Mouse, Fnz, Nez & Rio, entre outros, e mistura beats pesados de Trap, batidas clássicas do Hip Hop, sintetizadores etéreos, samples de Soul e Rock, e texturas eletrônicas que criam uma atmosfera quase cinematográfica, além de alguns momentos com influências de Neo-Soul e do Boom Bap. O repertório é maravilhoso, e as canções são reflexivas e têm um lado bem psicodélico. Enfim, é outro baita álbum, mais experimental. 

Melhores Faixas: Everyday (feat louca e sensacional com Mark Ronson, Rod Stewart e Miguel), L$D, Jukebox Joints (Kanye amassando), Back Home (Mos Def indo bem demais), Excuse Me, Holy Ghost, Canal St., Pharsyde 
Vale a Pena Ouvir: Better Things, Fine Whine (ótima feat do Future e M.I.A.), Wavybone (feat nostálgica com UGK e Juicy J do Three 6 Mafia)

Testing – A$AP Rocky





















NOTA: 7,5/10


Então chegamos em 2018, quando foi lançado o 3º e último álbum do A$AP Rocky até o momento: Testing. Após o At. Long. Last. A$AP, o rapper propôs explorar novas fronteiras do hip hop, misturando Trap, Cloud Rap, psicodelia, música eletrônica e ambiente, e até elementos do Rock alternativo. O álbum é visto como um manifesto experimental, no qual A$AP Rocky desafia convenções do Rap tradicional, buscando criar algo inovador, mesmo que arriscado para o público mainstream. A produção foi, como sempre, bem diversificada, contando com Boi-1da, Boys Noize, FNZ e outros, fazendo uso de beats tradicionais do Trap, sintetizadores etéreos, samples psicodélicos e elementos de música eletrônica. Muitas faixas utilizam efeitos vocais, manipulação de voz e camadas de produção complexas para criar paisagens sonoras densas. O repertório é bem legal, tem ótimas canções, só que com algumas mais fracas. No final, é um ótimo trabalho apesar de alguns erros. 

Melhores Faixas: Praise The Lord (Da Shine) (Skepta amassando), Purity (Frank Ocean levando o som pra ele), Buck Shots, A$AP Forever (Remix) (ótima feat do Kid Cudi e T.I.), OG Beeper 
Piores Faixas: Hun43rd, Brotha Man, Black Tux, White Collar

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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