quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Analisando Discografias - Asia: Parte 2

                 

Arena – Asia





















NOTA: 6/10


No ano de 1996, foi lançado mais um trabalho novo do Asia, intitulado Arena, que tentou ser mais acústico. Após o Aria, nasce justamente desse momento de transição e reinvenção. Downes e Payne estavam decididos a experimentar timbres, atmosferas e formas de composição que não dependessem do som marcante da formação original. As guitarras, antes fundamentais, passaram a ter múltiplos intérpretes convidados; o foco estava muito mais na construção de ambientes, melodias extensas e arranjos que evocassem imagens. A produção, feita novamente pela dupla, deixou o som propositalmente mais terroso, atmosférico e ocasionalmente mais cru, como se cada faixa estivesse tentando captar um cenário próprio: uma arena, um deserto, um porto antigo, um ritual. Só que essa falta de uma banda estruturada acabou gerando uma colcha de retalhos insegura e sem dinâmica. O repertório é irregular, tem boas canções e outras fraquíssimas. Enfim, é um trabalho mediano e cansativo. 

Melhores Faixas: Arena, U Bring Me Down, Tell Me Why, Into The Arena 
Piores Faixas: Two Sides Of The Moon, Words, Falling, The Day Before The War

Rare – Asia





















NOTA: 1/10


E aí, entrando nos anos 2000, o Asia lança um dos trabalhos mais horrendos da história: Rare. Após o Arena, Geoff Downes e John Payne estavam trabalhando intensamente em trilhas sonoras para projetos externos, especialmente o documentário ambiental Salmon: Against the Tides e outros materiais de temática naturalista. Além disso, outras faixas seriam feitas para a trilha sonora de um videogame que nunca foi lançado, sobre o qual existem poucas informações. A produção, feita como sempre pela nossa duplinha favorita, é completamente focada em clima, textura e ambientação. Downes utiliza teclados em camadas, simulando orquestras, sopros, cordas e instrumentos étnicos, enquanto Payne contribui com elementos percussivos, linhas de baixo minimalistas e guitarras discretas, girando tudo em torno da chatíssima New Age. O repertório é terrível, e as canções são praticamente a mesma coisa uma da outra. Enfim, é um disco péssimo e até renegado. 

Melhores Faixas: (.......zzzzzzzzz.......) 
Piores Faixas: The Ghosts, Under The Seas, The Gods, The Game, The Journey Continues, The Exodus

Aura – Asia





















NOTA: 3/10


Aí, no ano seguinte, o Asia retorna com seu 8º álbum de estúdio, o Aura, que tentou ser uma volta à grandiosidade. Após o esquecível Rare, a banda acabou retornando ao seu estilo tradicional, mas sem abrir mão da sofisticação e da espiritualidade que vinham marcando seus trabalhos. Mais do que isso: há aqui uma clara intenção de grandiosidade. A produção, feita por Simon Hanhart com auxílio de Payne e Downes, apresenta uma sonoridade mais ampla e expansiva, com o tecladista construindo arranjos de camadas atmosféricas e timbres étnicos, enquanto John Payne sustenta as bases, tentando deixar tudo detalhado, além da presença de sua voz. Além disso, cada faixa conta com um músico convidado, cada um trazendo sua própria experiência, o que deixou tudo bem inconsistente, tornando o conceito de ideias algo disperso e espalhado. O repertório é muito fraco, com canções bem genéricas e poucas se salvando. No geral, é um trabalho ruim e que não empolga. 

Melhores Faixas: You're The Stranger, Ready To Come Home, On The Coldest Day In Hell
Piores Faixas: Wherever You Are, The Longest Night, Forgive Me, Free

Silent Nation – Asia





















NOTA: 4/10


Três anos se passam e é lançado mais um trabalho do Asia, o também fraquíssimo Silent Nation. Após o Aura, Geoff Downes começava a se preparar para o futuro da banda, enquanto John Payne se tornava meio que o líder artístico. Com isso, o Asia deixa de lado o misticismo, as metáforas amplas e as imagens espirituais que dominaram Aura para mergulhar em um ambiente urbano, crítico e quase sociológico. Além disso, houve a entrada de novos integrantes: o guitarrista Guthrie Govan e o baterista Chris Slade. A produção, feita inteiramente por Payne, é intencionalmente menos luxuosa do que a anterior. Aqui, tudo soa mais próximo, mais real, mais palpável. Downes ainda cria texturas complexas, porém com menos camadas, só que no geral tudo é muito repetitivo e carece daquele lado mais imersivo. O repertório é bem fraco, com canções arrastadas e poucas se salvando. No fim, é um disco ruim e que mostrava que uma mudança era necessária. 

Melhores Faixas: I Will Be There For You, The Prophet, Silent Nation 
Piores Faixas: Blue Moon Monday, Darkness Day, What About Love?, Long Way From Home

Phoenix  Asia





















NOTA: 8,5/10


Aí chega o ano de 2008, quando o Asia retorna com mais um disco, o Phoenix, que trouxe novidades. Após o Silent Nation, aconteceu algo que mexeu com todos os fãs, já que a formação original estava de volta. Essa reunião, porém, cresceu para algo mais: um desejo real de produzir material totalmente novo, com a mesma estética de AOR sinfônico e arranjos calculados que haviam definido o início da banda. Há também o componente humano: Wetton, após sua cirurgia cardíaca em 2007, retornava com energia e introspecção renovadas. A produção, feita pela banda junto com Steve Rispin, tem um ar deliberadamente “limpo”, equilibrado e quase clínico, típico da escola de Geoff Downes, cristalina, organizada, com espaçamentos bem definidos. Nada transborda ou se sobrepõe, com uma instrumentação bem melódica e melodias grandiosas. O repertório é muito bom, e as canções são imersivas e energéticas. No fim, é um belo trabalho e um ótimo retorno. 


Melhores Faixas: Never Again, Alibis 
Vale a Pena Ouvir: Shadow Of A Doubt, Heroine, Nothing's Forever
  

              Então é isso e flw!!!          

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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