Nighthawks (Original Soundtrack) – Keith Emerson
NOTA: 8,1/10
Mais um ano se passou, e foi lançada outra trilha sonora de filme, dessa vez a de Nighthawks. Após o Honky, Keith Emerson continuava seu interesse em música programática, atmosferas cinematográficas e construção orquestral expansiva. O convite veio quando o diretor Bruce Malmuth procurava uma trilha sonora tensa e moderna para o thriller policial. A ideia era ter uma música com energia urbana, eletrônica e ameaçadora, refletindo o clima de violência em meio à Nova York do início dos anos 80. A produção foi bem mais densa, com o granulado típico do início dos sintetizadores polifônicos, algo que combina surpreendentemente bem com o clima sujo e urbano do filme. Emerson opta por timbres ásperos, sintetizadores que imitam sirenes e batidas que lembram o pulsar de uma perseguição. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem climáticas. Enfim, é um ótimo trabalho e traz uma atmosfera ousada.
Melhores Faixas: The Chase, Face To Face
Vale a Pena Ouvir: Nighthawking, The Flight Of A Hawk, I'm A Man
Emerson Plays Emerson – Keith Emerson
NOTA: 4/10
Melhores Faixas: Creole Dance, Honky Tonk Train Blues, Summertime, Vagrant
Piores Faixas: Ballad For A Common Man, For Kevin, Soulscapes, Nilu's Dream, A Cajun Alley
The Keith Emerson Trio – The Keith Emerson Trio
NOTA: 8/10
Chegamos em 2015, quando foi lançado seu último trabalho, que era um arquivo dos anos 60 feito com um trio tocando Jazz. Após o Emerson Plays Emerson, o pianista passou por um período focando em outros projetos, só que, de forma surpreendente, resgataram um trabalho seu de quando tinha recém completado 18 anos, tocando com dois colegas da região de Worthing: Godfrey Sheppard no baixo e David Keene na bateria. Com eles, interpretando alguns standards e fazendo essa gravação de forma caseira. A produção é rudimentar, já que a gravação é extremamente Lo-fi; o som é mono, cru, às vezes abafado, com picos, chiados, pequenas distorções e ruídos ambientais. O grande destaque é o talento de Keith Emerson ao piano, com aquela articulação forte que se tornaria característica. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem consistentes. Assim, é um trabalho bom, apesar de que, infelizmente, no ano seguinte ele nos deixaria após cometer suicídio.
Melhores Faixas: Winckle Picker Stamp, 56 Blues
Vale a Pena Ouvir: Soul Station, There Will Never Be Another You


