Playboi Carti – Playboi Carti
NOTA: 9/10
Naquele ano de 2017, Playboi Carti lançava seu 1º trabalho em formato de mixtape. O rapper, vindo da nossa querida cidade de Atlanta, começou sua carreira por volta de 2011, lançando alguns singles no SoundCloud, mas as primeiras a viralizar foram em 2015, com os singles Broke Boi e Fetti. Nesse meio tempo, ele passou a se aproximar do pessoal da A$AP Mob, o que fez com que se tornasse integrante do grupo e assinasse com a Interscope Records. A produção foi diversificada, contando com A$AP Rocky, Hit-Boy, Pi'erre Bourne e outros, que criaram batidas minimalistas, linhas de sintetizador repetitivas e baixos profundos. O uso de hi-hats sincopados, 808s graves e melodias simples cria um ambiente sonoro que dá espaço para Carti experimentar com ad-libs, repetições de palavras e flows fragmentados. O repertório é incrível, com canções bem energéticas e diversificadas. No final, é uma baita mixtape que preparou o terreno para algo grandioso.
Melhores Faixas: Magnolia, Wokeuplikethis* (baita feat do Lil Uzi Vert), Location, Dothatshit!, Half & Half, Flex, No. 9, Let It Go
Vale a Pena Ouvir: Other Shit, Lookin’ (Uzi aparecendo de novo), Lame Niggaz
Die Lit – Playboi Carti
NOTA: 10/10
Então, chega no bendito ano de 2018: Playboi Carti lança o seu atemporal álbum de estreia, o Die Lit. Após sua mixtape, Carti vinha experimentando maior liberdade criativa, incentivado por Pi’erre Bourne, seu principal colaborador de produção. O álbum surge em um momento de crescente popularidade do Trap, da estética Punk‑Trap e da cultura de hype fashion que Carti incorporava, com shows e redes sociais reforçando sua persona excêntrica e icônica. A produção foi feita em sua maioria por Bourne, que também contou com Art Dealer, Don Cannon, IndigoChildRick e Maaly Raw, com beats carregados de 808s pesados, hi-hats sincopados e linhas de sintetizador simples, muitas vezes melódicas e etéreas. Bourne cria uma sensação de fluxo contínuo, quase “psicodélico”, que combina perfeitamente com o delivery mumble de Carti. O repertório é simplesmente fantástico, parecendo até uma coletânea. No fim, é um baita disco e uma obra-prima.
Melhores Faixas: R.I.P., Lean 4 Real (Skepta sensacional), Fell In Luv (Bryson Tiller impressionou), Shoota (bela feat do Lil Uzi), Love Hurts (Travis Scott amassando), Flatbed Freestyle, Mileage (ótima feat do Chief Keef), Foreign
Vale a Pena Ouvir: R.I.P. Fredo (Notice Me), Poke It Out (Nicki Minaj mostrando que so funciona em feat), Choppa Won’t Miss (Young Thug mandando bem), Right Now
Whole Lotta Red – Playboi Carti
NOTA: 9,7/10
Dois anos se passaram, e Playboi Carti lançava seu 2º álbum, o maravilhoso Whole Lotta Red. Após o Die Lit, Carti havia se tornado um ícone do Trap, mas também era conhecido pelos atrasos recorrentes de seus projetos. Durante esse período, ele se afastou parcialmente da cena mainstream, mas cultivou uma base de fãs fervorosa. O contexto do lançamento é importante: Carti estava buscando uma transformação estética e sonora que transcendesse o trap tradicional, aproximando-se de uma vibração Punk/Industrial. A produção foi diversificada, contando com Art Dealer, Pi'erre Bourne, Wheezy e outros, que criaram beats agressivos, distorcidos, densos e, muitas vezes, industriais. Ele utiliza sintetizadores cortantes, 808s graves e overdrive em samples vocais para criar uma sonoridade caótica, transitando entre Trap, Rage e Rap experimental. O repertório é incrível, com canções densas e energéticas. No final, é um baita álbum, bem maluco.
Melhores Faixas: Sky, Stop Breathing, Rockstar Made, Control, Go2DaMoon (Kanye mandando bem), New Tank, ILoveUIHateU, M3tamorphosis (ótima feat do Kid Cudi), Vamp Anthem, Place
Vale a Pena Ouvir: Over, New N3on, No Sl33p, Die4Guy, Beno!
Music – Playboi Carti
NOTA: 7,6/10
Então, se passaram cinco anos para que, finalmente, Playboi Carti lançasse seu mais recente álbum, o MUSIC. Após o Whole Lotta Red, Carti passou por um longo período de silêncio e de teaser constante, com vazamentos, snippets, performances ao vivo com novas músicas e muita especulação sobre seu próximo projeto. Nesse período, ele fundou a gravadora Opium, que deu chance para uma galera que estava no underground. Nesse novo trabalho, ele queria explorar vozes novas. A produção contou com vários nomes, como Ojivolta, Cardo, Metro Boomin e outros, que colocaram 808s pesados, hi-hats sincopados e atmosferas densas. Porém, há variações: vozes mais graves, mais raspadas, uso de samples inesperados, influência de mixtapes dos anos 2000, apesar de ter muita coisa que só veio para encher linguiça. O repertório é bom: tem canções bem legais e outras fraquinhas. Em suma, é um álbum interessante, mas que dava para encurtar algumas coisas.
Melhores Faixas: HBA, OLYMPIAN, I SEEEEEE YOU BABY BOI, RATHER LIE (The Weeknd indo muito bem), EVIL J0RDAN, TOXIC (ótima feat do Skepta), OPM BABI, COCAINE NOSE, GOOD CREDIT (Kendrick Lamar amassando), POP OUT, WAKE UP F1LHTY (Travis mandando bem)
Piores Faixas: WALK, CRANK, WE NEED ALL DA VIBES (Young Thug e Ty Dolla $ign não entregando nada), JUMPIN (Lil Uzi não entregando nada)
Então é isso e flw!!!



