segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Analisando Discografias - Tony Levin: Parte 2

                  

Stick Man – Tony Levin





















NOTA: 4/10


No ano seguinte, foi lançado mais um álbum, o confuso Stick Man, que tentou ser mais amplo. Após o Resonator, Tony Levin queria destacar não apenas seu domínio do Chapman Stick, mas explorar toda a versatilidade de seus instrumentos de corda (stick, baixo elétrico, baixo ereto, cello), algo que muitos fãs consideram uma “showcase” técnica de sua maestria. Com isso, ele quis fazer um trabalho mais enxuto, mas que mostrasse um lado mais técnico. Com produção feita por ele junto com Scott Schorr, decidiram criar algo como se fossem jams espontâneas, com Levin sobrepondo linhas de stick em tempo real e depois realizando edições na pós-produção para moldar o material. A sonoridade fica mais influenciada pelo Jazz Fusion, mas ainda com bases no Rock progressivo, só que novamente faltou maior imersão. O repertório é muito fraco, e as canções são cansativas, com poucas realmente interessantes. Enfim, é um trabalho ruim e sem precisão. 

Melhores Faixas: Slow Glide, Dark Blues, Orange Alert, El Mercado, Zeros To Disk 
Piores Faixas: Gut String Theory, Speedbumo, Shraag, The Gorgon Sisters Have A Chat, Rivers Of Light, Metro

Bringing It Down To The Bass – Tony Levin



















NOTA: 8/10


Então chegamos a 2024, quando Tony Levin retorna lançando mais um disco, o Bringing It Down to the Bass. Após o Stick Man, Levin focou em outros projetos e, depois de 17 anos, decidiu fazer um trabalho novo que fosse uma espécie de autobiografia musical, extraindo temas de sua vasta carreira como baixista, músico de estúdio e performer. Ele optou conscientemente por dar foco ao baixo, não apenas como instrumento de base, mas como protagonista composicional. A produção foi conduzida, como sempre, por ele mesmo, e Levin chamou para cada composição um baterista diferente que combinasse com baixos distintos, cello, stick, vozes, piano, entre outros. Essa abordagem reforça a ideia de que cada faixa tem uma identidade rítmica muito específica, indo de um lado mais puxado para o Jazz Fusion ao Funk Rock. O repertório é muito bom, e as canções são bem variadas, seguindo para um lado envolvente. Enfim, é um ótimo trabalho e que tem seu charme. 

Melhores Faixas: Coda, Boston Rocks, Road Dogs 
Vale a Pena Ouvir: Floating In Dark Waters, Side B / Turn It Over, Me And My Axe

  

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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