segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Analisando Discografias - Adrian Belew: Parte 1

                 

Lone Rhino – Adrian Belew





















NOTA: 8,5/10


Indo para 1982, foi lançado o 1º trabalho solo do Adrian Belew intitulado Lone Rhino. Antes do lançamento do Discipline com King Crimson, o Belew já havia tocado com artistas como Frank Zappa, David Bowie, Talking Heads e Tom Tom Club. E para esse trabalho representa tanto a sua vontade de se afirmar como artista solo quanto a acumulação de experiências tocando nos palcos e estúdios de nomes grandes. Produção conduzida por ele mesmo, onde ele gravou todos os instrumentos, que colocou um som Pop com pitadas experimentais, mas sem deixar de lado a acessibilidade. Com melodias bem trabalhadas, mas também texturas “estranhas” de guitarra, com ele usando distorções, pedais e efeitos para emular sons de animais que seria característico de sua obra. O repertório é muito bom, e as canções são bem divertidas e vão para um lado mais imersivo. Enfim, é um ótimo trabalho e que mostrou um conceito interessante. 

Melhores Faixas: The Man In The Moon, The Momur, Adidas In Heat 
Vale a Pena Ouvir: Big Electric Cat, Hot Sun

Twang Bar King – Adrian Belew





















NOTA: 8/10


No ano seguinte, ele retorna lançando seu segundo disco solo, intitulado Twang Bar King. Após o Lone Rhino, Adrian Belew decidiu fazer um disco menos “surpresa absoluta” que o anterior, mas muito mais refinado, coeso e maduro na escrita. Aqui, Belew assume o papel de cantor-compositor que sabe usar a experimentação como tempero, não como objetivo. A produção foi praticamente a mesma, só que desta vez ele não tocou todos os instrumentos, já que contou com uma banda de apoio. A sonoridade está mais polida, com baterias mais firmes e baixo mais presente, e o foco continua sendo a guitarra “mutante”. Ele insere influências de New Wave, Art Rock e até de Rockabilly, em um trabalho bem construído e com camadas vocais precisas. O repertório é muito bom, e as canções são mais energéticas, mas com um lado mais melódico e vibrante. No final, é um ótimo álbum, apesar das poucas inovações. 

Melhores Faixas: Another Time, I Wonder 
Vale a Pena Ouvir: Fish Head, Sexy Rhino, Paint The Road

Desire Caught By The Tail – Adrian Belew





















NOTA: 8,1/10


Se passam três anos e é lançado seu 3º álbum solo, intitulado Desire Caught By The Tail. Após o Twang Bar King, Adrian Belew decidiu fazer um trabalho quase totalmente instrumental e muito mais experimental. O título vem da peça de teatro surreal de Pablo Picasso, Le Désir attrapé par la queue, o que já indica que Belew tinha intenções artísticas mais abstratas e conceituais para essa obra, já que ele admirava a abordagem de pintores como Picasso e Miró. A produção foi feita novamente por ele próprio, usando guitarras tratadas, sintetizador de guitarra (especificamente o Roland GR-700), pedais e uma variedade de instrumentos de percussão. Ele também fez uso de sons não convencionais: microfonar portas de madeira, panelas, tampas e brinquedos para buscar texturas acústicas únicas, que lembram as convicções do Rock experimental. O repertório é muito legal, e as composições são bem diversificadas. Enfim, é um trabalho interessante e profundo. 

Melhores Faixas: Beach Creatures Dancing Like Cranes, "Z" 
Vale a Pena Ouvir: Guernica, The Gypsy Zurna

           É isso, um abraço e flw!!!                   

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