Let It Be – The Beatles
NOTA: 9,2/10
Então chegamos ao ‘‘último álbum dos Beatles’’, o Let It Be, que não chega a ser um álbum controverso, mas sim muito massacrado de forma injusta. Esse disco inicialmente era para se chamar Get Back e também seria a trilha sonora de um documentário deles, da banda voltando a tocar ao vivo, só que isso nunca aconteceu e o nome do álbum acabou mudando. A sonoridade desse álbum além de ser um Rock e Blues, tem os seus traços de Folk e inclui arranjos de cordas e corais na sua mixagem, todos feitos por outro produtor, o Phil Spector, já que George Martin, na época das gravações, estava muito cansado das brigas frequentes que os membros tinham. Tudo isso contribuiu para uma crítica que as pessoas fizeram contra esse disco. Sem contar que o próprio Paul McCartney odiou essa implementação e pediu que fosse retirada. Como não foi atendido, ele acabou anunciando sua saída da banda, revelando também que após o lançamento do álbum anterior, John Lennon também já havia anunciado a sua saída da banda, embora isso não tivesse sido revelado publicamente. Isso não tira o mérito de canções maravilhosas como a faixa-título, Across The Universe e a subestimada One After 909. O que eu posso dizer é que este não foi o último álbum dos Beatles, mas sim o último lançado, pois o último foi Abbey Road. Tudo isso demonstra um álbum muito bom e que não merece a reputação baixa que ganhou.
Past Masters – The Beatles
NOTA: 8,5/10
Led Zeppelin II – Led Zeppelin
NOTA: 10/10
Após uma estreia brilhante, logo chega o 2º álbum e a sequência do anterior, que é ainda mais sensacional. A sonoridade ainda continua sendo a mesma, mas a produção de Jimmy Page é ainda mais inacreditável de tão boa e atemporal que ela é, isso é claro sem deixar de lado os solos de guitarra que ele faz nesse disco, como em Heartbreaker, que quando chega na metade dessa canção, tudo para e fica só um solo dele, que já estava pronta, só que inicialmente não tinha esse solo e isso só foi inserido na hora da mixagem, e isso mostra um pouco da forma energizante que esse disco tem. E o grande hit desse álbum, Whole Lotta Love, que tem uma vibe psicodélica e maluca, que contém riffs pesados e bastante cru, tudo isso foi possível não só pelo Page, mas também pelo engenheiro de som desse disco, o Eddie Kramer, que graças a ele se tornou um dos maiores clássicos da banda. Também a de se destacar que a canção The Lemon Song foi gravada ao vivo em um estúdio em Hollywood na época da segunda turnê da banda na América do Norte. Sem contar que tem uma canção que é um instrumental de bateria, a Moby Dick, sendo ela esplêndida. E tudo isso mostra um repertório perfeito e mais uma vez muito bem ordenado. Em suma, apenas no segundo álbum o Led Zeppelin conseguiu criar um disco fantástico e um dos melhores de todos os tempos.
Led Zeppelin III – Led Zeppelin
NOTA: 9,8/10
Houses of the Holy – Led Zeppelin
NOTA: 9,7/10
Depois de dois anos, o Led Zeppelin retorna com Houses of the Holy, seguindo a mesma fórmula do Led Zeppelin IV, sendo predominado pelo Hard Rock. Esse álbum foi criado num momento em que a banda quis fazer um som mais experimental, e a produção continuou tendo o mesmo foco que o álbum anterior, buscando fazer arranjos mais complexos e memoráveis, e logicamente conseguiram. Como por exemplo, eles experimentaram colocar um Reggae na canção D’yer Mak’er, que ficou espetacular e pode-se dizer que ficou uma faixa pop muito boa. The Rain Song tem uma sonoridade perfeita e a letra combina tanto que ela chega a ser memorável, sendo uma balada incrível. The Song Remains the Same, que inicialmente era pra ter sido apenas um instrumental, só que quando foram mixar, o Robert Plant de última hora achou que a música ficaria ainda mais legal se botasse uma letra nela, então de última hora ele colocou a letra nessa canção e isso melhorou ela ainda mais. Tudo isso mostrou mais uma vez um álbum que tem um repertório muito bem pensado, só que é claro não supera o disco anterior. Apesar de ser um álbum que ficou abaixo dos seus antecessores em alguns aspectos, ele não deixa de ser um trabalho muito bom.
Physical Graffiti – Led Zeppelin
NOTA: 10/10
Pouco tempo depois, a banda retorna com um disco duplo que é espetacular do início ao fim, o incrível Physical Graffiti. O trabalho na produção de Jimmy Page é bastante encantador e foi gravado em diversos estúdios, incluindo o famoso Headley Grange. O álbum apresenta uma qualidade sonora excepcional e uma mistura não só de Hard Rock, mas também de Folk e até Rock Progressivo. O repertório dos dois discos é impressionante, o que também faz parecer ser uma coletânea. Desde a maravilhosa canção Kashmir, que tem um arranjo totalmente progressivo, até a incrível In My Time of Dying, que tem 11 minutos de duração e não passa de um improviso. Esta canção é de 1927, composta por um artista Blues chamado Blind Willie Johnson, que originalmente tinha outro nome. Eles adaptaram ainda mais a melodia, o que chega a ser inacreditável. Além disso, há a canção Bron-Yr-Aur, que não é exatamente uma continuação de outra faixa do Led Zeppelin III; ela também acabou sendo mais uma homenagem ao lugar onde Plant e Page se abrigaram e começaram a produzir grande parte daquele álbum. Apesar de o Disco 1 ser muito melhor que o Disco 2 em termos de sonoridade, este último também tem bastante qualidade. Tudo isso mostrou mais uma obra-prima da banda, tornando-se um disco memorável.
Presence – Led Zeppelin
NOTA: 9,4/10
Um ano após um incrível último lançamento, foi lançado mais um álbum, só que ele chegou em uma época bastante problemática para a banda. Naquela época, Robert Plant teve um acidente de carro na Grécia em agosto de 1975, que o deixou com uma lesão e o fez começar a usar uma cadeira de rodas, precisando se afastar por um tempo. Mesmo assim, ele conseguiu gravar grande parte de seus vocais, mas a parte criativa do disco ficou com Jimmy Page, que produziu desta vez exigindo uma sonoridade novamente pesada e crua. Todo o álbum foi gravado em apenas 18 dias, o que foi o tempo de gravação mais rápido desde seu álbum de estreia. O repertório mostra que é bastante limitado, mas tem várias canções brilhantes, como Candy Store Rock e Achilles Last Stand, que têm influências de Rockabilly e um som mais progressivo. Mostrando uma enorme diferença em comparação com a subestimada Tea for One, que mesmo sendo melancólica e tendo uma história triste por trás, é uma canção muito bem arranjada. Isso demonstrou que o álbum conseguiu ser muito bem ordenado, apesar de ter sido criticado por ter tido uma mixagem apressada. Apesar disso, é um disco muito legal e que não merecia o desprezo que muitos fãs dão a ele, juntamente com o seu sucessor.
In Through the out Door – Led Zeppelin
NOTA: 9,1/10
Falando nele, o Led Zeppelin lança seu último álbum de estúdio ainda tendo uma grande influência que o seu álbum anterior apresentou, só que antes das gravações, Robert Plant passou por mais uma tragédia pessoal com a morte do seu filho de 5 anos. A banda também tinha passado por um exílio fiscal. Então, as gravações, que duraram apenas 1 mês, foram muito mais limitadas comparadas ao disco anterior, mostrando ainda uma tentativa de uma nova sonoridade com uma introdução de Art Rock. E, por incrível que pareça, tem um Samba em uma das canções desse álbum, que é uma canção muito boa, Fool in the Rain. Isso tem origem nas batidas tocadas na Copa do Mundo de 1978. Mas mesmo tendo outra música muito boa, que é All My Love, uma homenagem ao filho falecido de Plant, que tem um solo incrível de John Paul Jones, ele contém canções fraquíssimas e sem convicção, como South Bound Suarez e Carouselambra, que têm riffs mal executados. Após esse lançamento, infelizmente, John Bonham, que era um baterista excelente e um dos pilares da banda, acabou falecendo devido ao seu uso abusivo de álcool. Três meses depois, a banda anunciava a sua separação. Apesar de tudo isso, é um álbum muito legal e, mesmo mostrando suas irregularidades, juntamente com o anterior, são dois discos injustamente subestimados.
CODA – Led Zeppelin
NOTA: 8,6/10
Dois anos após o fim da banda, por conta da morte do baterista John Bonham, o Led Zeppelin meio que dá um último presente para seus fãs, lançando uma coletânea com músicas inéditas que não foram incluídas nos álbuns anteriores. O disco basicamente tem uma produção que não fez mudanças significativas nas canções que já tinham sido gravadas e uma mixagem que não foi muito bem aprimorada, faltando polimento. Um exemplo disso é a canção "Poor Tom", que além de estar muito mal mixada, o vocal de Robert Plant é ofuscado pelos instrumentos dos outros membros da banda. E das últimas canções, duas são totalmente genéricas que parecem ser demos que nem quiseram fazer uma versão final. No entanto, o restante das músicas são bastante energéticas e divertidas, como em I Can’t Quit You Baby, Ozone Baby e Wearing and Tearing. Este álbum, do início ao fim, não esconde uma sonoridade mais Rock and Roll e Blues, fugindo do característico Hard Rock que consolidou a banda. Apesar de ter tido uma grande queda em qualidade, é um álbum bastante interessante que encerra bem a história de uma das bandas mais lendárias de todos os tempos.
Preço Curto.... Prazo Longo – Charlie Brown Jr.
NOTA: 10/10
Agora chegamos no espetacular Preço Curto... Prazo Longo, que é inacreditável do começo ao fim. Ele tem esse nome devido ao fato de que, na época, os shows do Charlie Brown eram muito rápidos e tinham poucas músicas. Então, resolveram gravar mais músicas para tocar por mais tempo nos shows. E aí, o Chorão teve uma sacada genial: esse álbum era como se fosse um disco caro e duplo, mas com um preço simples. Só para reforçar, esse álbum tem 25 faixas em seu repertório e a sonoridade que eles e a produção buscaram é a mesma do álbum anterior, só inserindo um pouco mais de Reggae, Rap e um pouquinho do meu querido e adorado Nu Metal. É só vocês escutarem Não Deixa o Mar Te Engolir e Confisco que vocês vão entender, e as outras músicas mais famosas como O Preço, Te Levar Daqui (que foi a abertura de Malhação por 7 anos) e a maravilhosa Zóio de Lula. Elas têm mais aquela direção que todo mundo conhece da banda, com Rap, Skate Punk, Reggae e Ska. Por sinal, as vinhetas que esse álbum tem são uma mais memorável que a outra, sem esquecer de alguns beatboxs excelentes que o Champignon solta em algumas canções. E tudo isso mostrou o quanto que o repertório desse disco parece ser uma coletânea de tão bem ordenado que ele foi. No final de tudo, esse álbum acabou mostrando ser um dos melhores da banda e um dos melhores do Rock brasileiro.
3 em 1 hoje então é isso e flw!!!