¡DOS! – Green Day
NOTA: 3/10
Continuando a trilogia, chega o ¡DOS! e já para título de aviso, os três discos são a mesma coisa do primeiro, logicamente, a banda tentando emular o som dos primeiros álbuns e com um som indo para o Indie Rock. E como eu já tinha dito, a produção é muito dolorosa e aqui piora ainda mais, com músicas ainda mais genéricas e arranjos que você pode definir como preguiçosos ou sem nenhuma animação. Quando você ouve a primeira faixa, percebe-se que as coisas estão ainda mais erradas e terríveis. E quando você escuta a antepenúltima faixa (a Nightlife), você vê o quão terrível ela é em todos os aspectos, fazendo parecer uma demo de uma banda cover do The Police. Nem mesmo a última música desse disco, que é uma homenagem a Amy Winehouse que tinha falecido há um ano antes, consegue se salvar. A letra até faz sentido, mas sua sonoridade com Soul faz ser uma balada bem chata. E com tudo isso, a continuação dessa trilogia conseguiu ser ainda pior do que o primeiro, e ainda faltava mais um para acabar com esse trem.
¡TRÉ! – Green Day
NOTA: 3,6/10
Revolution Radio – Green Day
NOTA: 8,8/10
Depois de todo o desastre que foi a trilogia ¡UNO!, ¡DOS! e ¡TRÉ!, o Green Day decidiu lançar um novo álbum que baixasse a poeira causada pelos discos anteriores. Sendo muito mais básico e deixando de lado aquela forma de álbum conceitual, com músicas muito mais energéticas e com uma sonoridade muito bem arranjada, que realmente explorou de forma magnífica a época dos anos 90 da banda. O repertório até pode ser simples, mas ele ficou muito bom e uma coisa que dá para se reparar é que as letras, além de estarem abordando temas políticos e adolescentes, conseguiram passar toda aquela vibe que existia no American Idiot no ano do seu lançamento, o que é algo que poucas pessoas perceberam. O veredito é que esse disco ficou muito legal, só que a maioria dos fãs não prestou atenção, pois eles ainda continuam a sonhar com um álbum que seja exatamente igual ao 3º e ao 5º, uma coisa que não irá acontecer.
Father of All Motherfuckers – Green Day
NOTA: 1/10
Saviors – Green Day
NOTA: 6,8/10
Chegamos ao último lançamento do Green Day, sendo lançado há 2 meses, o novo álbum Saviors. Logo de cara, percebe-se que as músicas deste disco tentam ser parecidas com as do American Idiot e 21st Century Breakdown, mas ao mesmo tempo o som lembra muito o Weezer, Blink-182 e até mesmo o Coldplay em algumas faixas, devido a Billy Joe Armstrong imitar a voz chorosa do Chris Martin. Há músicas aqui que lembra muito as anteriores, como 1981, que tenta imitar o início da música Reject, Father to a Son, que lembra muito Wake Me When September Ends, e Strange Days Are Here to Stay, que lembra bastante o comecinho de Basket Case. Isso tudo mostra a falta de criatividade nas músicas. No geral, este álbum não merece ser tratado como a crítica vem dizendo que é o melhor álbum do ano, o melhor álbum lançado depois do American Idiot e que é uma obra-prima. Não, ele não é. Assim, ele conseguiu salvar um pouco a banda que se afogou no terrível último álbum, mas não deixa de ser um trabalho mediano.
Toxicity – System of A Down
NOTA: 10/10
Após a estreia magnífica do System of A Down, a banda lançou, 3 anos depois, o incrível e excepcional álbum Toxicity. Ao ouvi-lo, parece que você leva um soco na cara, tamanha é a inacreditável sonoridade desse disco, mesmo sendo um trabalho com um som ainda mais comercial. Isso acabou carimbando o System na grande mídia, e isso também se deve à produção maravilhosa do Rick Rubin, que adaptou de forma estrondosa o som da banda, não se limitando apenas ao Nu Metal. A linha de vocal do Serj Tankian chega a ser hipnotizante e bastante memorável, e os riffs, em sua grande maioria compostos por Daron Malakian, além de pesados, chegam a ser destruidores. E as letras, além de continuarem abordando temas políticos e socias, passam a falar ainda mais sobre dependência de drogas e suicídio. No momento em que este álbum chegou ao topo, ocorreram os atentados de 11 de setembro, o que fez com que as rádios parassem de tocar as músicas da banda. Mas, no final de tudo, esse disco não deixa de ser atemporal, espetacular, um clássico e também um dos melhores de todos os tempos.
Steal This Album! – System of A Down
NOTA: 4,8/10
Após o sucesso absoluto do System com Toxicity, no início de 2002, começaram a aparecer na internet músicas que haviam sido deixadas de lado das sessões deste último álbum, sendo distribuídas de forma ilegal, todas em formato MP3 e com uma qualidade baixíssima. Os fãs criaram uma pasta nomeada Toxicity II, e até hoje não se sabe ao certo como essas músicas vazaram. Quando a banda descobriu, eles avisaram que as músicas estavam inacabadas e que seriam lançados no novo disco. Todo esse contexto foi um dos motivos que deram nome a esse disco. No entanto, ele é quase igual ao seu álbum anterior, tendo apenas um som um pouco mais cru e energético, tornando-se uma continuação muito consistente. Os riffs continuam contendo aquele peso característico da banda, e o vocal do Serj ainda segue a mesma fórmula. O disco quase tem um final ruim, devido a apenas duas músicas que precisavam de mais lapidação, mas isso foi corrigido pelas canções seguintes. Mesmo sendo um álbum muito bom, ele acaba sendo mais fraco que os dois primeiros, mas isso não tira o seu brilho, pois é incrível.
Mezmerize – System of A Down
NOTA: 9,8/10
Depois de bastante tempo, o System of A Down volta com seu, infelizmente, último álbum até o momento, que não é só um, mas dois, sendo um disco duplo (Isso já se passa há quase 20 anos). Esse trabalho chega a ser bastante diferente dos anteriores. Ele demonstra mais a qualidade e variedade em suas canções. Todos os arranjos conseguem ser muito legais, e a banda explora um som muito mais alternativo, tendo Hard Rock e até ska na música Radio/Video. As letras ficaram ainda mais agressivas, falando sobre seus temas sociais e políticos, e encaixando perfeitamente com os seus riffs, mostrando, como sempre, o quão impressionante é a produção do Rick Rubin. O Serj Tankian continua tendo destaque, com sua voz memorável, só que agora, nesse álbum duplo, mostra muito mais liberdade para o Daron Malakian também dividir os vocais, e juntos deixa a vibe mais intensa, como espetacular hit B.Y.O.B. e em Lost in Hollywood. Tudo isso mostra que é um álbum excepcional, incrível e muito convincente, e que já te hipnotiza para a continuação dele.
Hypnotize – System of A Down
NOTA: 4/10
Chegamos agora ao último álbum até o momento do System of A Down, sendo o irmão gêmeo do Mezmerize, o Hypnotize. Sua sonoridade continua sendo a mesma, só deixando o som ainda mais alternativo e com arranjos mais suaves, mas tudo isso não te deixa tão hipnotizado como no nome do disco, comparado ao álbum anterior, que em seus 6 meses de espera não mostrou uma intensidade perfeita como seu irmão fez. Um ponto que deve ser destacado é que há uma interação ainda maior dos vocais do Serj com os do Daron, e os riffs continuaram tendo uma potência muito boa, mesmo que canções fracas como She’s Like Heroin e Tentative consigam ter uma boa conexão. E o início desse álbum também é muito arrasador como no anterior em suas cinco primeiras músicas, e que, por sinal, tem outra música falando sobre o genocídio armênio, que é Holy Mountains, que tem uma sonoridade parecida com Alice in Chains. E no final, o álbum duplo cumpre muito bem o seu papel com uma produção riquíssima em detalhes, repertórios impecáveis e uma sonoridade alucinante.
Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z... – 2Pac
NOTA: 9/10
Pouco tempo depois, 2Pac retorna com seu segundo álbum, mantendo a mesma energia apresentada pelo seu antecessor. Este trabalho tem uma sonoridade mais bem trabalhada, com cada faixa estabelecendo uma boa conexão entre suas letras. A produção fez um trabalho muito bom, garantindo que cada amostra estivesse muito bem conectada. Pac decidiu continuar com uma parte lírica falando sobre temas políticos e sociais. Uma coisa importante a destacar são as feats deste álbum. Todas foram muito bem escolhidas, como o antigo grupo ao qual 2Pac pertencia, o Digital Underground, além de Ice Cube, Ice-T, Treach e até mesmo do meio-irmão seu meio-irmão, Wycked, que teve uma participação muito boa na canção Papa’z Song. Isso mostra que o disco, além de ser muito conceitual, apresentando uma grande melhoria em seu som. Seu maior hit, Keep Ya Head Up, conseguiu superar todas as músicas do álbum anterior em termos de qualidade. Este disco realmente mostrou um som muito mais animado e descontraído, ganhando um bom reconhecimento da mídia da época.
Então é só e flw!!!