quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Analisando Discografias - Michael Jackson e Rihanna (RA: XVIII)

        

HIStory – PAST, PRESENT AND FUTURE – BOOK I – Michael Jackson





















NOTA: 5,3/10


Chegando no 9º álbum, que foi lançado em uma época marcada por intensos problemas na vida de Michael, como por exemplo na época em que ele foi acusado de abuso sexual infantil, naquele primeiro caso do Jordan Chandler (que não é necessário entrar em detalhes) e também que na época das acusações e da gravação desse disco ele tomava excessivamente analgésicos, sendo uma válvula de escape para lidar com todo estresse que passava. E olha que ele tinha a tarefa de lidar com tudo isso e ainda produzir esse disco junto com o pessoal da Epic, que dessa vez excluiu as influências do New jack swing e focou muito mais no Hip Hop. Esse disco é dividido num Disco 1 que é praticamente uma coletânea desnecessária e o seu repertório nem sequer está bem ordenado, apenas Billie Jean, Bad e Thriller são exceções, enquanto que o Disco 2 já é um material inédito que tem várias canções boas como Scream, que é um dueto com a irmã dele, a Janet, You Are Not Alone que por mais que seja uma balada de autoajuda, é muito boa e também a maravilhosa They Don’t Care About Us que é bastante conhecida por conta daquele clipe que foi feito lá em Pelourinho e na Favela Santa Marta, que tem a participação do grupo Olodum. Mas também tem canções fraquíssimas como Earth Song, Smile, o chororo insuportável de Childhood e o cover sem graça de Come Together dos Beatles. Sendo assim, um álbum bastante decepcionante e que começou a demonstrar uma decadência.

Invincible – Michael Jackson 





















NOTA: 3,7/10


Indo agora para o último álbum de estúdio do Michael Jackson, que foi lançado seis anos depois do seu último trabalho, que foi decepcionante. Aqui as coisas pioraram ainda mais, pois naquela época já havia bastante pressão para que o Michael conseguisse lançar um disco que novamente tivesse sucesso comercial igual aos trabalhos anteriores, sem contar que sua reputação era bastante questionada pela mídia, que não deixava de atormentar o cantor. Isso acabou mostrando uma produção bastante confusa e com uma estética que se afundou bastante em arranjos que não combinavam com o estilo do Michael, e isso é mostrado em canções totalmente sem brilho como Heartbreaker, Unbreakable, que tem a participação do Notorious B.I.G. (que nem ele conseguiu salvar essa música) e obviamente a faixa título. Mesmo tendo algumas faixas boas como Privacy, Heaven Can Wait e You Rock My World, elas não conseguem salvar um repertório que tem baladas desastrosas, no caso de The Lost Children, e ainda tendo mais uma música com uma letra que tenta surfar no sucesso de Heal The World, a chatíssima Cry. Tudo isso mostrou um disco muito fraco que trouxe um final bastante triste na carreira do respeitado Rei do Pop que, diferente do seu título, não demonstrou ser invencível.

Michael – Michael Jackson 





















NOTA: 1/10


Um ano após a morte de Michael Jackson, no final de 2010, é lançado o primeiro disco póstumo que não passa de um verdadeiro desastre e uma falta de respeito com os fãs. Esse disco foi produzido e lançado pelo pessoal da Sony, que conseguiu encontrar algumas canções que ficaram inacabadas e sério, a Sony conseguiu fazer o feito de estragar algo que nem pronto estava que chega a beirar o precipício da vergonha alheia. Sério, nenhuma das faixas desse disco consegue ser boa e nem as participações do Akon, 50 Cent e Lenny Kravitz conseguiram salvar alguma coisa. É tanta canção terrível que dá vontade de sumir, principalmente em Best of Joy e Much Too Soon. E o pior de tudo é que por esse material não ter sido todo gravado pela voz do Michael, eles tiveram a brilhante ideia de contratar um imitador, o Jason Malachi, para botar a voz em cima dessas canções, e nem preciso dizer o quão evidente ficou (é praticamente como se tivessem chamado o Rodrigo Teaser para fazer essa função). E aí a gravadora sustentou uma mentira falando que a voz era do Michael, e só para vocês terem uma noção, as canções que foram apontadas como falsas, a Keep Your Head Up, Monster e Breaking News, foram retiradas dos serviços de streaming em 2022. Bom, o que eu posso dizer é que isso é uma das piores coisas lançadas em nome de um artista gigante.

XSCAPE – Michael Jackson





















NOTA: 8,2/10


Quatro anos depois, de um dos trabalhos mais fajutos da história da música, foi lançado o verdadeiro álbum póstumo do Rei do Pop, o Xscape. O disco foi produzido dessa vez por produtores como Timbaland, Rodney Jerkins, Stargate e vários outros que trouxeram a essência do estilo que o Michael sempre teve, e assim todas as suas faixas tiveram gravações vocais inacabadas ou demonstradas pelo cantor, que foram retrabalhadas e produzidas pelos produtores contemporâneos. E as faixas se alternam em gravações durante as produções após o Thriller até o Invincible, sem contar que o repertório da versão deluxe foi dividido entre as versões finais das canções com as originais (no caso, as demos), mas assim fazendo apenas uma comparação eu prefiro a versão de Love Never Felt So Good com a participação do Justin Timberlake do que a original e a versão final com a parceria do Paul Anka. Mas apesar disso, tem outras canções muito legais como Chicago, Do You Know Where Your Children Are e Slave to the Rhythm que traz uma vibe retro muito interessante. No entanto, tem 2 faixas que são muito fraquinhas que são a Blue Gangsta e A Place With No Name, que sua versão final não ficou tão legal quanto a sua original. No final, mostrou ser um disco póstumo decente e que mostra o respeito pelo legado do Michael Jackson.

Music of the Sun – Rihanna 





















NOTA: 8/10


Em 2005, foi lançado o álbum de estreia de uma garota de 16 anos vinda de Saint Michael, em Barbados. Esse país lá do caribe trouxe ao mundo uma adolescente incrivelmente talentosa chamada Robyn Rihanna Fenty, ou simplesmente Rihanna. Tudo isso foi possível primeiramente graças ao produtor musical Evan Rogers, em Barbados, que ajudou a cantora a gravar sua fita demo para enviar a diversas gravadoras. Essa fita demo acabou nas mãos do rapper Jay-Z, que então a chamou para um teste na gravadora que ele recém havia sido nomeado presidente, a Def Jam Recordings. O resultado foi que ela assinou com a gravadora. O disco foi produzido por muitas pessoas, mas os que foram essenciais foram Carl Sturken e Evan Rogers. Eles destacaram em seus arranjos elementos da música caribenha e trouxeram uma sonoridade não só de Pop e R&B, mas também de Dancehall e Reggae, uma mistura que mostrou bela consistência. O repertório, embora tenha uma ordenação que eu diria estar certa em alguns momentos, apresenta baladas bastante energéticas e emotivas, como em You Don’t Love Me (No, No, No), Music Of The Sun, Here I Go Again, e o primeiro grande hit da cantora, Pon de Replay. Porém, também há faixas subestimadíssimas como The Last Time e Let Me, que têm uma combinação perfeita em sua melodia e na voz da Rihanna. Em suma, o disco de estreia da futuramente apelidada Rainha do Caribe é bastante interessante, marcando já um bom começo.

A Girl Like Me – Rihanna 





















NOTA: 5,2/10


Pouco tempo depois, é lançado o segundo álbum da Rihanna. Em uma época em que ainda nem havia completado um ano desde sua estreia, que ocorreu em agosto de 2005, este novo álbum foi lançado em abril de 2006. Focando nesse trabalho, ele chegou em uma época para tentar superar tudo o que seu antecessor propôs e também para posicionar a cantora como uma das principais artistas pop do momento. Podemos dizer que esse disco é praticamente a mesma coisa que o seu antecessor, exceto pelo fato de que não foram apenas Carl Sturken e Evan Rogers que o produziram, mas também houve a adição de alguns outros produtores, como por exemplo J.R. Rotem. No entanto, a verdade é que, por ser uma continuação de Music Of The Sun, ele apresenta vários problemas, tendo uma produção confusa e com uma qualidade bastante abaixo. Apesar de as faixas estarem todas em uma ordem certa, a maioria das canções são bastante fracas, como no caso das tediosas SOS e Break It Off com a participação de Sean Paul, e as terríveis baladas presentes em Final Goodbye e Dem Haters, que não agradam nem um cachorro de rua. No entanto, este disco tem seus momentos de brilho, como em We Ride, A Million Miles Away e Unfaithful (a única balada que realmente se destaca). Mostrando assim um álbum bastante mediano, com muitos problemas explícitos, que já mostra um primeiro deslize da cantora.

Good Girl Gone Bad – Rihanna 




















NOTA: 9,7/10


Após o primeiro tropeço de sua carreira, Rihanna decidiu então que era a hora de tentar algo muito mais ousado, lançando assim o Good Girl Gone Bad. Um disco que é simplesmente maravilhoso, que mostrou o afastamento da cantora das influências caribenhas de seus dois últimos álbuns e marcou uma transição para um lado muito mais provocativo, deixando de lado aquele lado de ‘‘garotinha inocente’’. E o que aconteceu foi que a produção ficou dessa vez com vários produtores, como o Timbaland e Ne-Yo, deixando de lado Carl Sturken e Evan Rogers. O próprio Ne-Yo, inclusive, deu uma ajuda imensa para Rihanna, dando algumas aulas de canto, que, por mais que pareça inexpressivo, foi bastante importante. Falando sobre a sonoridade, ela ficou mais focada no R&B e no Pop, com implementações de Hip Hop, Rock e mais uma vez Reggae. E o repertório novamente foi bem ordenado e agora tendo músicas que realmente ficaram marcantes como no caso dos hits Umbrella (que tem a participação do Jay-Z), Don’t Stop The Music, Shut Up and Drive e Rehab e essas duas últimas são sensacionais. Também tem várias outras músicas muito boas como Hate That I Love You e a faixa título, esse repertório ele ainda ganhou mais três novas faixas em sua reedição todas excelentes exceto If I Never See Your Face Again que é um dueto com a terrível banda Maroon 5 que a Rihanna consegue ofuscar eles. Enfim, esse álbum é realmente um espetáculo que marcou a cantora com uma estrela do Pop.

Rated R – Rihanna 





















NOTA: 7,7/10


Depois de um grande sucesso com o Good Girl Gone Bad, era necessário que seu sucessor estivesse no mesmo patamar e depois de dois anos foi lançado o Rated R. Que antes mesmo de ser gravado, Rihanna estava passando por uma fase bem delicada, principalmente devido ao caso de violência doméstica que sofreu de seu ex-namorado Chris Brown, o que influenciou bastante que esse trabalho fosse um pouco mais reflexivo e sombrio. Então os mesmos produtores do trabalho anterior então captaram essa proposta e trouxeram uma sonoridade seguindo as mesmas influências apesar de mostrar que abordaram ainda mais o Hip Hop em suas canções, e as faixas desse disco mostram bastante o quanto que essa implementação foi boa como em Rude Boy, Hard e Wait Your Turn enquanto outras canções exploraram outras influências com uma certa excelência como o Rock no caso de Rockstar 101 que tem a participação do Slash e também a maravilhosa Fire Bomb e a música Te Amo que incorpora muito bem as influências da música latina, mas eu não posso dizer o mesmo de algumas canções fracas que esse disco tem como Photographs, Cold Case Love e a superestimadíssima Russian Roulette que tem um arranjo bastante bagunçado. Sinceramente é um repertório até legal, mas essas faixas e a introdutória quase bota tudo a perder. Apesar disso, é um álbum bem consistente, mas que ficou bem abaixo do que se esperava.

Loud – Rihanna  





















NOTA: 9,6/10


Chegando no Loud, que é um álbum que novamente voltou àquela vibe mais festiva e animada dos três primeiros discos, mesmo que ele siga muito mais a fórmula apresentada no Good Girl Gone Bad. Dessa vez, os produtores da Def Jam tiveram que trabalhar pra valer, pois o que a cantora propôs foi um álbum indo muito mais para o lado do Dance-pop e que tivesse muito mais baladas, por isso, quando você escuta esse disco, você vê que ele tem arranjos muito mais contagiantes e que a Rihanna sai daquela vocal mais suave e tem momentos que ela chega a quase gritar em suas letras, dando um lado muito mais de vibração. E isso é mostrado em um repertório que tem cada canção maravilhosa que, na boa, é até explicativo como conseguiram virar hits e claro que estou falando das faixas Only Girl (In The World), Cheers (Drink To That), S&M e What’s My Name? que são hits bastante chicletudos. E também há outras canções que são muito boas, porém pouco memoráveis, como as baladas California King Bed e a sequência de Love The Way You Lie que dessa vez o Eminem não é o vocalista principal (mas mesmo pela inversão de papéis ficou mais uma vez muito bom) e Complicated que tem elementos de House music muito bem escondidos. No final, ele é um álbum incrível e muito hipnotizante, só que assim, ele não é uma obra-prima como dizem os fãs mais loucos da cantora, ele está longe disso.

Talk That Talk – Rihanna 






















NOTA: 9,1/10


Depois do grande sucesso do seu último álbum, que chegou no topo da grande mídia, chega o 6º disco da cantora que mostra uma grande diferença em sua sonoridade. Inicialmente, esse disco era para ter sido originalmente uma reedição do seu último trabalho, o Loud, só que isso acabou sendo cancelado e eu diria que seria um planejamento bastante equivocado da Rihanna, que, felizmente, não rolou. Uma coisa que podemos notar é que esse álbum vai para um lado em que sua sonoridade é muito mais puxada para música eletrônica, tanto que não é à toa que, apesar de ter os mesmos produtores, a inclusão de alguns novos como Calvin Harris e Rob Swire já mostra essa predominância na maioria de seus arranjos. Tanto que os hits Where Have You Been e We Found Love (que tem a própria participação do Harris) demonstram muito a abordagem presente no seu repertório, que inclui outras músicas muito boas como a balada chorosa Farewell, We All Want Love, a curtíssima mas muito boa Birthday Cake e, claro, a faixa título que novamente tem a participação do Jay-Z, que mostrou ser uma tentativa de repetir o mesmo sucesso de Umbrella, o que não foi bem o que aconteceu. Mas tudo isso mostrou um álbum bem divertido, que é bastante subestimado pelos fãs da cantora.

Por hoje é so então flw!!!

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