Slippery When Wet – Bon Jovi
NOTA: 9/10
Mais um ano se passa e chega o 3º álbum do Bon Jovi, que acabou sendo bastante icônico por vários fatores. Após o subestimadíssimo último álbum, que até teve um pequeno sucesso, Jon Bon Jovi ainda não havia se tornado uma estrela. A banda mudou sua abordagem para um som mais mainstream do que os dois primeiros álbuns. Dessa vez, eles trabalharam com o produtor Bruce Fairbairn, que trouxe um lado mais eufórico e energético para aquela sonoridade de Hard Rock Farofa misturada com Glam Metal. Ele incentivou a banda a criar canções com grande potencial de rádio, que poderiam alcançar tanto o público do Rock quanto o mainstream. Jon Bon Jovi e Richie Sambora foram os principais compositores e contaram com a colaboração do renomado compositor Desmond Child, que teve um papel importante para o alcance comercial. Assim, o álbum possui um repertório recheado de ótimas músicas, não só os grandes hits como You Give Love A Bad Name, Livin’ On A Prayer e Wanted Dead or Alive (vamos concordar que a sonoridade dessas canções lembra bastante Scorpions e futuramente do Skid Row), mas também há outras canções muito interessantes como Social Disease, que tem uma abordagem funkeada, Raise Your Hands, que tem um ritmo muito animado, e Never Say Goodbye, que até então era uma das baladas mais românticas da banda. Enfim, certamente este é, sem sombra de dúvidas, o melhor álbum do Bon Jovi, que no final fez com que a banda estourasse de vez.
New Jersey – Bon Jovi
NOTA: 8,8/10
Keep The Faith – Bon Jovi
NOTA: 8,5/10
Logo após um grande intervalo entre o último lançamento, chega enfim mais um álbum da banda, o Keep The Faith. Entre 1990 e 1992, Jon Bon Jovi e Richie Sambora fizeram seus álbuns solos. Nessa época, Jon Bon Jovi demitiu seu empresário de longa data, Doc McGhee, criou o Bon Jovi Management e decidiu assumir um papel maior e com mais responsabilidades dentro da banda. Logo depois, a banda resolveu seus problemas internos e acabou com aquele "hiato" que estava instaurado. Só que o cenário musical tinha mudado, com o surgimento do Grunge e do Rock alternativo, eles sabiam que teriam que se reinventar. Dessa vez, Bob Rock produziu esse disco. Ele já tinha trabalhado nos dois últimos álbuns da banda como engenheiro de som e também na parte da mixagem. Ele trouxe uma sonoridade mais madura, que incorporou elementos do Rock alternativo e do Country, mantendo o Hard Rock característico da banda (e já não sendo mais farofento). As faixas contidas nesse repertório, além de coesas, cada uma tem uma abordagem diferente, como no caso de vários clássicos contidos, como a faixa-título e I’ll Sleep When I’m Dead, que são basicamente dois hinos perseverantes, além das fantásticas baladas In These Arms e Bed of Roses, e também Dry County, que é a canção mais longa da banda, com quase 10 minutos de duração. No final de tudo, é mais um disco muito bom, que teve uma nova abordagem muito interessante.
These Days – Bon Jovi
NOTA: 3,3/10
Crush – Bon Jovi
NOTA: 8,4/10
Depois de cinco anos sem lançar nada, a banda retorna com a expectativa de tentar voltar ao topo da grande mídia, que estava com muitas exigências. Após um último trabalho que não teve nenhum tipo de retorno vantajoso, a banda entrou em um hiato e meio que sumiu, por mais que Jon Bon Jovi e Richie Sambora novamente tenham trabalhado em novos projetos solos. Quando a banda retornou, eles teriam que fazer um esforço para modernizar a sonoridade deles. O plano inicial era uma produção com a parceria de Bob Rock e Bruce Fairbairn, só que isso não aconteceu, já que Bruce acabou falecendo. Então, eles decidiram trabalhar com Luke Ebbin, que trouxe uma sonoridade mais contemporânea, incorporando influências do Pop com Rock alternativo, resultando em um álbum com um som mais atualizado. Dessa vez, o repertório conseguiu ser muito bom, e obviamente a canção que mais se destacou e que é conhecida por todo mundo foi It’s My Life, que abre esse álbum muito bem. Só que logo depois dá para ver que as faixas não estão na ordem certa. Em vez de seguir com Two Story Town e Just Older, acabou vindo Say It Isn’t So e Thank You For Loving Me, que acabam com o clima inicial de forma rápida e que eram para estar no meio, junto com a curiosa Captain Crash & The Beauty Queen From Mars. Mesmo assim, essas músicas são boas, só que ficaram mal ordenadas. Mas, apesar disso, é um disco bem melhor que o anterior. Não é perfeito, ele só é bom.
Bounce – Bon Jovi
NOTA: 5/10
Pouco tempo depois, chega mais um novo álbum, totalmente diferente da abordagem contida no último. Como Bon Jovi tinha conseguido obter novamente sucesso após um período de ostracismo, eles queriam fazer algo que trouxesse mais impacto, que é descrito no título do disco Bounce (que, em português, significa "Pulo"). O álbum foi intitulado assim devido à capacidade da cidade de Nova Iorque e dos Estados Unidos como um todo de se recuperar dos ataques ao World Trade Center como nação, tanto que isso serviu de inspiração para os temas contidos neste trabalho. A produção foi a mesma, sem nenhuma mudança, continuando com aquela abordagem moderna e com uma sonoridade mais contemporânea. Porém, o maior problema foi que os arranjos parecem não ter tido nenhuma criatividade, sendo bastante genéricos e que, sinceramente, estragam a imersão em cada ritmo apresentado. Desta vez, o repertório até que está bem ordenado, só que este álbum é dividido em músicas chatas e medíocres e músicas boas, como Undivided, Love Me Back to Life, You Had Me from Hello, a excelente balada All About Lovin’ You e a animada Hook Me Up. Enquanto isso, o restante são faixas totalmente limitadas, como a ridícula Everyday, Right Side of Wrong e Misunderstood, que são tão legais quanto segurar vela para um casal de amigos seu sem você ta percebendo. Em suma, é um disco muito irregular que mostrou uma banda totalmente confusa e sem foco.
Have A Nice Day – Bon Jovi
NOTA: 8,8/10
Depois de mais um trabalho desastroso, chega o 9º álbum do Bon Jovi, e dessa vez algumas coisas tiveram que ser mudadas. Inicialmente, esse disco foi gravado no verão de 2004 e planejado para ser lançado no início de 2005. No entanto, devido a mal-entendidos entre a banda e sua gravadora, a Island Records, o álbum foi adiado para setembro daquele ano. Seu lançamento ocorreu após a reeleição do presidente George W. Bush e durante um período de polarização política nos Estados Unidos. A banda utilizou este disco para comentar sobre o estado político e social do mundo. Para não repetir os mesmos erros do álbum anterior, Jon Bon Jovi decidiu não trabalhar novamente com Luke Ebbin e optou por trabalhar com John Shanks, que mesclou a essência do som tradicional da banda com elementos modernos. Mais uma vez, o repertório é maravilhoso, começando com a energética faixa-título (que tem um clipe muito daora, por sinal), seguida pela incrível I Want To Be Loved, Bells Of Freedom, além de Last Cigarette e I Am, que têm ótimos riffs de guitarra do Richie Sambora, sem contar Who Says You Can’t Go Home, cuja versão mais conhecida é a que esteve presente como bônus que é um dueto com a Jennifer Nettles. Enfim, esse disco é um dos mais pesados da banda e é maravilhoso, mal sabíamos que seria o último trabalho brilhante da banda.
Lost Highway – Bon Jovi
NOTA: 2/10
Dois anos se passaram e a banda retorna com Lost Highway, que já demonstra desde o início uma mudança completa no seu som. Após o sucesso do último álbum, o Bon Jovi decidiu explorar novas direções musicais, como a música Country, o que também marcou um período de reflexão (principalmente para Richie Sambora, que estava enfrentando a morte de seu pai e seu divórcio) e um lado de experimentação para a banda, que estava interessada em explorar novas sonoridades. Eles novamente trabalharam com John Shanks, junto com Dann Huff, um renomado produtor de Country, até porque precisavam de alguém que entendesse do assunto. Juntos, eles buscaram uma sonoridade com um pouco daquele lado de Arena Rock, com a sensibilidade melódica e os arranjos orgânicos típicos do gênero já citado, com instrumentos tradicionais como violões, banjos e violinos. Bem, tudo parecia ser interessante, mas tudo acabou ficando forçado demais e totalmente inexpressivo. Além de ter um repertório em que, resumidamente, todas as faixas são fraquíssimas e parecem algum tipo de imitação sem graça do The Statler Brothers, não apenas a faixa-título, mas também Summertime, Any Other Day, I Love This Town, entre outras. A única exceção é a ótima Till We Ain’t Strangers Anymore, que é um dueto com a cantora LeAnn Rimes (que basicamente ela salvou a música). Mas enfim, esse disco é uma completa decepção e mostrou ser o começo da decadência da banda.
The Circle – Bon Jovi
NOTA: 2/10
Logo após um disco totalmente inexpressivo, o Bon Jovi volta mais uma vez com um novo álbum na esperança de retornar às origens. Após fazerem um último disco com uma temática péssima de música Country, a banda decidiu retornar às suas raízes, até porque queriam agradar novamente aquela geração mais antiga de fãs. A produção, mais uma vez, foi comandada por John Shanks, e o que eles queriam era criar um som que resgatasse a energia dos primeiros trabalhos. Só que toda a sonoridade apresentada parece que eles estavam querendo fazer uma nova versão do 3º álbum, o Slippery When Wet. Além disso, as letras parecem uma imitação genérica de certas bandas de Pop Rock por aí, mostrando que a banda se perdeu, não sabendo se ia para esse gênero ou para o Hard Rock, ou se teria influências de Country. O repertório, sinceramente, tem o mesmo problema do seu antecessor cheio de músicas ruins e sem graça, apenas com uma canção muito boa, que é a balada Live Before You Die. As outras faixas são muito esquisitas, como Superman Tonight, Bullet e Fast Cars, que parecem imitações de U2 com Maroon 5. Também há as ridículas We Weren’t Born To Follow e When We Were Beautiful, que tentam ser uma nova versão dos grandes hits da banda. Sem contar que tudo isso mostrou que já estava desgastante o Jon Bon Jovi querer ficar imitando o Bruce Springsteen. Enfim, esse disco é mais um trabalho decepcionante e sem qualquer tipo de emoção.
What About Now – Bon Jovi
NOTA: 1/10
Após um período de quatro anos, em 2013 a banda lança o What About Now que tentou trazer alguma esperança de algo bom. Esse disco foi desenvolvido durante um período de transição para o Bon Jovi que, na verdade, estava mais em um processo de colisão musical. Só que a produção continuou fazendo um trabalho péssimo como nos últimos discos, parece que o John Shanks não sabia mais o que fazer. Além disso, o Jon Bon Jovi ainda continuava insistindo em imitar o Bruce Springsteen e a sonoridade é completamente Pop Rock, sem uma amostra sequer de Hard Rock em todas as canções. E falando nelas, o repertório desse disco chega a beirar o completo ridículo porque é só trem horroroso, começando com Because We Can que parece aquelas canções bobas de coral de universidade americana daqueles filminhos bestas. Depois vem a faixa-título que é basicamente um plágio ainda mais terrível da canção Lost Highway. Aí vem Thick As Thieves e Beautiful World que é basicamente a banda imitando de forma descarada o U2, sem contar a balada The Fighter que parece ter sido feita para aquele casal que chega ao fim do curso de noivos sem um estrangular o outro. A conclusão que se chegou foi que nem a gravadora Mercury nem o Richie Sambora estavam aguentando mais tudo isso e uma decisão foi tomada. Em suma, esse disco é um completo desastre e uma das piores coisas que o Bon Jovi já fez, e olha que viria mais.