quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Analisando Discografias - Gusttavo Lima (RA: XXX)

                   

Ao Vivo Em São Paulo – Gusttavo Lima





















NOTA: 1,3/10


No final do ano de 2012, chegou o terceiro álbum ao vivo do Gusttavo Lima e, dessa vez, não foi durante um festival. Depois do lançamento do último disco, que foi aquela apresentação durante a Fenamilho, o cantor já tinha alcançado o seu auge, tudo graças àqueles hits chatos que estavam tocando nas rádios. Então, no início daquele ano, Gusttavo contou que iria gravar um novo álbum ao vivo no final de março e começo de abril, com algumas participações. Ele também mencionou que sua preferência é gravar álbuns de estúdio, mas o carinho do público acabou impondo que as gravações sejam ao vivo, o que é uma conversa fiada, até porque as duplas e cantores sertanejos não querem saber de fazer só álbuns de estúdio como antigamente. O disco foi produzido mais uma vez por Ivan Miyazato e quem cuidou da parte dos arranjos e da mixagem foi Eduardo Pepato. Desta vez, eles gravaram esse show ao vivo no Credicard Hall (que hoje em dia virou Vibra São Paulo), logicamente na cidade de São Paulo, e foi realizado num completo frio nesses dois dias de gravação. E, falando do repertório, é mais do mesmo músicas terríveis e totalmente sem graça, que já começam com o bendito Tchê Tchererê Tchê Tchê, depois segue para Gatinha Assanhada, Doidaça, Pense um Pouco e também contém as participações de Alexandre Pires em Que Trem É Esse e do Neymar em Fazer Beber. Sério, só porcaria! No final de tudo, é basicamente a mesma coisa: mais um disco tedioso e ridículo.

Do Outro Lado da Moeda – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1/10


Depois de muitos shows lotados e três lançamentos ao vivo, Gusttavo Lima retornou para o estúdio para gravar seu 2º álbum o Do Outro Lado da Moeda. Com o sucesso dos últimos álbuns, o cantor já estava consolidado no cenário e já participava de programas de TV e até de forma especial em uma novela da nossa querida Rede Globo. Mas, voltando o que seu Nivaldo queria fazer, dessa vez era explorar novas sonoridades e temas, tentando oferecer uma perspectiva mais introspectiva e diversa de seu trabalho. Dessa vez, o próprio cantor produziu seu disco com a ajuda de um parceiro dele, o tal de Daniel Silveira. Gusttavo tentou deixar os arranjos muito mais elaborados e destacar sua voz, que é tão potente quanto um motor de um Marea, e também tentou deixar a sonoridade cheia de harmonia. Eu nem preciso dizer que não funcionou. Além disso, o repertório é tão ruim quanto aquele do álbum de estreia, começando de um jeito bem chato com canções como É Ela que Eu Amo, Fui Fiel e a faixa-título, que tem a participação de Zezé Di Camargo & Luciano, eles até tentaram muito salvar essa música, mas não conseguiram. Logo após, vêm outras faixas pavorosas como Tô Solto na Night, Ponto G, Diz pra Mim (que é uma versão brasileira da canção Just Give Me a Reason da Pink com o Nate Ruess) e uma das canções mais ridículas desse cidadão, que é Garrafa Pet. Enfim, é outro álbum péssimo e que não traz essa tal maturidade que seria abordada.

Buteco do Gusttavo Lima – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1/10


Já no ano seguinte, chega mais um álbum ao vivo do cantor, o famosíssimo Buteco do Gusttavo Lima, que tinha sido gravado após o lançamento do último álbum de estúdio. Esse trabalho foi pensado e elaborado tempos antes e seria diferente de tudo o que ele já tinha gravado. Acabou reunindo alguns sucessos dos anos 80 e 90 que marcaram a história da música sertaneja. Este seria só um dos primeiros álbuns a fazer parte de uma série de projetos "Buteco", que traria uma vibe descontraída e aconchegante, remetendo aos botecos do interior do país. A produção desse álbum ficou mais uma vez por conta do Maestro Pinocchio, que deu aquela ajeitada no som acústico contido na gravação, feita durante a apresentação em Goiânia, diretamente da boate Villa Mix, onde o cantor se sentiu em casa, até porque é o lugar onde ele reside há muito tempo. Quanto ao repertório, ele conseguiu ser muito irritante e ainda pior que os primeiros trabalhos, contendo músicas ridículas como Carta Branca e Seu Veneno. Além disso, também tem as participações, como novamente Zezé Di Camargo & Luciano em Saudade e Do Outro Lado da Moeda, e Leonardo em Rumo a Goiânia, que não conseguiram salvar as canções. Além disso, tem a participação apocalíptica de Jorge & Mateus nas terríveis canções Olha Amor e Tá Faltando Eu que foi o combo da desafinação, por sinal até o pai dele aparece para cantar com ele. Mais uma vez, é outro álbum péssimo, e foi uma das experiências mais horríveis que eu tive na minha preciosa vida.

Buteco do Gusttavo Lima, Vol 2. – Gusttavo Lima





















NOTA: 1,2/10


Em 2017, chega à continuação do Buteco do Gusttavo Lima, só que dessa vez em formato de estúdio, sem aquelas gritarias irritantes dos fãs. Após o sucesso do álbum ao vivo, Gusttavo Lima decidiu continuar com o projeto, que se tornou uma marca registrada do cantor. Lembrando que em 2014, o cantor anunciou sua saída da produtora Audiomix após 6 anos de parceria e abriu seu próprio escritório, o Balada Eventos. Logo após isso, houve uma confusão, pois Gusttavo declarou na imprensa que não havia mais afinidade para continuar e que se sentia “muito roubado”. Posteriormente, ele acabou sendo processado por sua antiga produtora. Mesmo após esse momento conturbado, ele decidiu continuar com seu infame projeto. Então, o cantor, junto com sua equipe, produziu esse disco, melhorando seus arranjos, que ficaram mais modernos. No entanto, na verdade, continuou sendo a mesma porcaria de sempre, com uma sonoridade que às vezes causa conflito entre o Forró e a Bachata. O repertório, além de ser mais uma vez muito ruim, contém regravações de sucessos sertanejos não tão antigos e de músicas desconhecidas como Mil Vezes Cantarei, Dança Comigo e Te Amar Foi Ilusão, que são canções de pura cornice. Além disso, há as péssimas canções inéditas que é Apelido Carinhoso, Ninguém Estraga, Aqui Estamos Nós e Mundo de Ilusões. Enfim, não há muito o que dizer; é outro álbum ridículo e não dá para entender como esse projeto seguiu.

O Embaixador (Ao Vivo) – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1,4/10


Um ano se passou e foi lançado o disco ao vivo intitulado O Embaixador, que se tornou um dos principais apelidos do seu Nivaldo. Logo após o lançamento do volume 2 do seu projeto ‘‘Buteco’’, o cantor anunciou sua volta à produtora Audiomix, com a qual havia rescindido o contrato 4 anos antes e com quem tinha tido até um processo. Mesmo com tudo isso, Gusttavo Lima afirmou que estava feliz em retornar à sua primeira casa. A produção do álbum foi a mesma, apenas retrabalhando os arranjos e juntando uma sonoridade ainda mais modernizada, com um pouco mais de Forró eletrônico. A gravação ocorreu na Festa de Peão de Barretos (SP) nos dias 25 e 26 de agosto, com um cenário que remetia à Grécia Antiga, com aquelas colunas que fazem referência a um imperador e a esse título de Embaixador, que se originou após ele ser eleito, por dois anos seguidos, como embaixador dessa festa. O repertório continua sendo a mesma coisa de sempre que começa com o cantor sendo recebido na arena com gritos de “Ôooo, o embaixador chegou” por todo um público debiloide que lá estava. Logo em seguida, vêm canções horrorosas como Zé da Recaída, Respeita o Nosso Fim, Cem Mil, DNA (que tenta trazer uma mensagem de muita reflexão), O Resto É Resto e a curiosa participação do Hungria Hip Hop em Eu Vou Te Buscar (Cha La La La La). No final de tudo, é mais um álbum ao vivo terrível e muito chato.

O Embaixador In Cariri (Ao Vivo) – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1,5/10


No final do ano de 2019, chegou outro lançamento ao vivo do Gusttavo Lima, vindo em uma época de pequenas transições. Logo após o último disco, que trouxe mais um apelido notável para o cantor, ele tinha recém rompido seu vínculo com a Som Livre, gravadora à qual Gusttavo estava há 8 anos, desde o Inventor dos Amores. Ele acabou assinando com a Sony, que trouxe um nome de peso para seu catálogo de artistas. Só um pequeno detalhe: já foi nessa época que o cantor intensificou de vez essa barba característica dele, que mais parece que ele pinta a cara de graxa. A produção continuou sendo a mesma e tudo foi feito de forma grandiosa. Além disso, essa gravação ocorreu na apresentação feita no festival Expocrato, que aconteceu no dia 20 de julho daquele ano e podemos dizer que toda a sonoridade contida nesse trabalho, além de ser puxada para aquele lado característico, mostra que as canções foram para um lado mais Pop. Isso é demonstrado em um repertório que contém várias músicas muito açucaradas como A Gente Fez Amor, Carreira Solo, Romance no Deserto com Fagner (não é o jogador) e Lo Que Tú y Yo Vivimos, que é uma canção com a participação do grupo Gente de Zona. Essa música é até interessante, mas o grande problema foi o seu Nivaldo. Agora, as outras faixas são aquelas corníce de sempre, como Quem Traiu Levou, Perrengue e Até a Garrafa Chora, músicas totalmente ridículas. Então é isso, é outro álbum ruim e que tentou ser inovador como seu antecessor.

O Embaixador – The Legacy (Ao Vivo) – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1,2/10


No início de 2021, chegou mais um álbum ao vivo do Gusttavo Lima, desta vez se parecendo mais com um álbum de estúdio. Este álbum é uma continuação do projeto "O Embaixador". Esse trabalho foi gravado durante a pandemia, na Villa Cavalcare, em Goiânia. Embora seja um álbum ao vivo, ele não conta com a presença do público, logicamente devido aos protocolos de segurança. Isso pode ser considerado um verdadeiro ato de misericórdia. A produção desse disco foi grandiosa, contando com uma infraestrutura impressionante de palco, iluminação e efeitos visuais. A gravação ao todo durou 3 horas e meia, e a preparação do cenário demorou 26 dias. Essa estrutura foi inspirada na série de TV Game of Thrones, que todo mundo conhece. Isso tudo acabou sendo bastante comentado, pois foi realmente algo muito interessante de se ver. Mas não é o cenário e o conceito que fazem um álbum ser bom, e tudo isso é descabido pela sonoridade ter sido mais eletrônica. Digo isso por conta do repertório, outra vez péssimo e cheio de canções muito fracas como De Menina para Mulher, Acabou e Tô Torcendo. Além disso, há canções puxadas para pisadinha (ou pisero) como Espetinho, Balada do Buteco e Fala Comigo, todas insuportáveis. Também há a canção chamada Café e Amor, que gerou uma polêmica pois foi lançada no dia do anúncio do término de casamento do cantor com Andressa Suita, evidenciando uma estratégia de marketing. Enfim, é um álbum terrível e a única coisa boa foi ele não ter a presença dos fãs.

Buteco In Boston (Ao Vivo) – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1/10


No final daquele mesmo ano, foi lançado o Buteco In Boston, outro álbum ao vivo, e dessa vez com a presença do público (infelizmente). Sendo esse o primeiro trabalho gravado em uma apresentação fora do país, a gravação ocorreu em Boston, nos Estados Unidos. O álbum tentava mostrar mais um esforço de levar a música sertaneja para o público no exterior e também de tentar fazer uma carreira internacional, o que não deu em nada, até porque a maioria do público era composta por brasileiros que moram fora do país. Todo o trabalho da produção foi cuidadosamente planejado para capturar a essência de um show ao vivo em um ambiente descontraído. A gravação foi feita em uma estrutura alocada no Aeroporto de Fitchburg, que ofereceu uma experiência imersiva e apesar de todo esse esforço, a sonoridade continuou sendo a mesma do disco anterior. Com um repertório horrível e cheio de canções de sofrência, como O Ex da Sua Vida, Bloqueado, Não Me Arranha, Declaração de Amor e Veneno, que conta com a presença do fraquíssimo Prince Royce, denominado por muitos como o Rei da Bachata (ah tá, confio). Além disso, há outras canções com letras totalmente desnecessárias, como Teste de Farmácia e Ficha Limpa. Enfim, além de ser um álbum horrível, demonstra por que o cantor não tem uma carreira internacional.

Buteco Goiânia (Ao Vivo) – Gusttavo Lima  





















NOTA: 1,2/10


No ano seguinte, foi lançado outro trabalho ao vivo, só que sendo uma espécie de EP, sendo esse o 3º EP do cantor. Aí você me pergunta por que eu não falei dos dois anteriores. É simples, pois o primeiro contém as canções que estiveram presentes naquele disco o Ao Vivo em São Paulo e o outro já contém umas músicas inéditas terríveis que preferi nem perder meu tempo. Mas focando neste trabalho, ele foi gravado em Goiânia, cidade conhecida como o berço da música sertaneja e onde, como já sabemos, Gusttavo Lima iniciou sua carreira. Apesar disso, este disco foi lançado logo após aquele problema que ocorreu com a equipe do cantor, que acabou se acidentando voltando de um show, felizmente não houve feridos. Além disso, o cantor reatou seu casamento com sua esposa, Andressa Suita. Mesmo com esses altos e baixos, Gusttavo Lima teve ânimo e fez este trabalho com uma produção muito bem planejada. Além disso, a gravação ocorreu justo no dia do aniversário do cantor, e toda a apresentação aconteceu no estacionamento do Estádio Serra Dourada. O repertório contém 7 faixas no total, todas péssimas, como Ex do Meus Sonhos com toda aquela sofrência irritante de sempre, Cara da Derrota e Nunca Mais Largo Você, que são canções totalmente sem nenhuma harmonia. Há também uma curiosa canção intitulada Saudade Fudida. No final de tudo, é um trabalho muito ruim que só serviu para trazer um material novo.

Paraíso Particular (Ao Vivo) – Gusttavo Lima 





















NOTA: 1/10


Agora chegamos no último lançamento do cantor, mais uma vez de forma ao vivo, embora pareça uma apresentação típica do Acústico MTV. Mas enfim, esse álbum chega após o sucesso de projetos anteriores como "Buteco" e "Embaixador", e como esses trabalhos, demonstra um lado um pouco mais pop e cheio de hits dançantes (para você fazer dancinhas ridículas no TikTok). Além disso, a equipe por trás da produção era de alto nível e esse disco foi gravado na luxuosa mansão do cantor, com um público de 300 convidados, todos escolhidos por Gusttavo Lima (por isso eu disse que parecia público do Acústico MTV, pois não tinha aquela gritaria chata dos fãs), o que facilitou muito na hora de mixar. Toda essa gravação ocorreu há quase um ano e celebrava os 15 anos de carreira do cantor. Contendo aquela sonoridade característica de sempre e recheado de vários efeitos sonoros, o repertório é muito ruim, como nos primeiros trabalhos, cheio de canções chatas como Milionário, Beijo Culposo e Mordidinha, sem contar as participações, que são uma pior que a outra. Alguns exemplos são Wesley Safadão em Oi Vida, Mari Fernandez em 30 Cadeados, Bruno & Marrone em Relação Errada e a terrível cantora em ascensão Ana Castela na horripilante canção Canudinho. Sério, todas essas participações e outras são um combo de desafinação. Enfim, esse disco é terrível e péssimo e tudo isso resume a discografia do cantor.
 

Então é isso, e flw!!!

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