domingo, 22 de setembro de 2024

Analisando Discografias - Taylor Swift (RA: XXXIX)

                         

Fearless – Taylor Swift





















NOTA: 9/10


E aqui estamos de novo, falando da diva da música pop atual, a nossa querida Taylor Swift. Mas vamos voltar para 2008, quando ela ainda não era nada disso e lançava seu 2º álbum, o Fearless. Após o razoável sucesso de seu álbum de estreia, Taylor começou a trabalhar nesse disco com o objetivo de expandir seu som Country Pop e abordar temas de amor juvenil, crescimento pessoal e experiências emocionais. O fato é que isso ajudou e muito no que a cantora se tornaria com o tempo, pois ela conseguiu furar aquelha bolha tradicional da Country music, que era interpretada apenas por homens de meia-idade. Esse disco foi produzido por ela junto com Nathan Chapman. Todo esse trabalho, como já mencionado, combinava elementos do Country tradicional com um lado mais Pop, criando um som acessível e cativante. A produção é polida e os arranjos melódicos ajudaram a atrair a atenção da grande mídia. O repertório desse disco é muito bom e tem muitas canções arrasadoras, como The Other Side of the Door, Forever & Always e o maravilhoso hit Love Story, que foi um dos principais impulsos da carreira da Taylor. Além disso, há também outras faixas notáveis, como as baladas Breathe, Fifteen e White Horse, essa última que é cheia de melancolia, além da faixa-título, além da subestimadíssima Change. Enfim, esse disco é sensacional e já mostrava uma grande evolução comparado ao seu antecessor.

Speak Now – Taylor Swift 





















NOTA: 9,5/10


Dois anos depois, a Taylor retorna com mais um disco, o Speak Now, que é bem mais sério do que seus trabalhos anteriores. Este é o primeiro álbum em que ela escreveu todas as faixas sozinha, e ela acabou fazendo um disco muito mais conceitual, explorando temas mais adultos e sobre relacionamentos rompidos, sendo totalmente diferente da proposta do Fearless. A produção foi liderada mais uma vez por Nathan Chapman e pela cantora. A gravação do álbum aconteceu principalmente entre 2009 e 2010. A abordagem da produção foi mais detalhista, focando em arranjos que complementassem as letras emotivas e narrativas da Taylor. Além disso, sua sonoridade apresentava uma mistura de instrumentação acústica e elétrica, criando um som variado que foi influenciado pelo Country Pop e incorporou elementos proeminentes da música Pop mainstream. O repertório é maravilhoso. Ele já começa com três canções esplêndidas que são Mine, Sparks Fly e Back to December. Tem também a ótima faixa de Pop Rock, Long Live. Eu sei que também há aquela balada melosa, Enchanted, que é boa, mas não chega a ser incrível. Outra coisa é que, novamente, Taylor, que já tinha imitado Avril Lavigne anteriormente em The Way I Loved You, repetiu isso na canção Punkeada intitulada The Story of Us. Mas pelo menos ela não fez o mesmo com a Better Than Revenge, que mostra um lado vingativo dela. Enfim, esse álbum é espetacular e mostra que Taylor Swift já estava indo rumo ao estrelato.

Red – Taylor Swift 





















NOTA: 9,8/10


Depois de algum tempo, chega mais um álbum da Taylor Swift, o Red, que trouxe várias mudanças significativas. Este disco marca uma transição na carreira de Taylor, onde ela começa a experimentar uma mistura de gêneros, afinal, Speak Now foi o trabalho que demonstrou que a cantora iria começar a abandonar a música Country que a fez ficar bastante conhecida. Então, nesse trabalho, ela quis ir para um lado completamente Pop. Além disso, os temas foram mais variados, explorando emoções intensas, especialmente amor e desgosto, refletindo a turbulência emocional e o crescimento pessoal. Este trabalho teve uma produção que não foi feita apenas pela cantora e Nathan Chapman; aqui, houve novos colaboradores, como Max Martin, Shellback, Dan Wilson, entre outros. Essa colaboração variada foi feita para ajudar ainda mais na sonoridade, que estava muito mais diversificada, resultando em uma produção polida e multifacetada que abrange uma variedade de estilos e influências. Então, era óbvio que o repertório seria maravilhoso. O começo dele já é assustador, com as faixas State of Grace, a faixa-título, e Treacherous, que têm melodias encantadoras. Além disso, há as chicletudas canções I Knew You Were Trouble. e We Are Never Ever Getting Back Together, as sensacionais baladas I Almost Do e Begin Again, e também Everything Has Changed, que é um ótimo dueto dela com Ed Sheeran. Enfim, este disco é sensacional e tem um ótimo nível de coesão.

1989 – Taylor Swift





















NOTA: 9,1/10


Mais dois anos se passam, e a Taylor Swift retorna com o aclamadíssimo 1989, seu quinto trabalho de estúdio. Após Red ter sido um grande avanço para a entrada da cantora no mundo Pop, neste trabalho ela abraça completamente o gênero. Além de ter intitulado este disco em homenagem ao ano de seu nascimento, Taylor se inspirou na música Pop dos anos 80. Ela descreveu que este seria seu álbum oficialmente Pop, destacando a intenção de criar uma sonoridade mais eletrônica e moderna. A produção foi totalmente centralizada na estética da música Pop dos anos 80, com sintetizadores, baterias eletrônicas e vocais processados. Max Martin e Shellback, colaboradores de longa data, foram essenciais para moldar o som, além da ajuda de outros produtores, como Nathan Chapman (que ficou de escanteio desta vez). Além disso, a sonoridade em si foi mais coesa em comparação aos trabalhos anteriores. O repertório é muito legal e, mais uma vez, começa de um jeito incrível com as canções Welcome to New York, Blank Space e Style, que demonstram todo esse lado retrô explorado. Além disso, destacam-se outras faixas como a vingativa Bad Blood e as interessantes baladas Wildest Dreams e This Love. Os únicos erros foram nas melodias um tanto irregulares de Shake It Off, I Wish You Would, e I Know Places (e eu não duvido nada que Taylor tenha consertado isso no Taylor’s Version). No final de tudo, é um álbum maravilhoso e, apesar de alguns erros, é muito bom.

reputation – Taylor Swift 





















NOTA: 7,5/10


Depois do sucesso de 1989, e um quase sumiço, a Taylor Swift retorna com mais um álbum, o reputation (escrito em letras minúsculas). Lançado em um momento de extrema mudança em sua carreira, tanto em termos de som quanto na sua imagem pública. Devido à intensa cobertura da mídia sobre sua vida pessoal e conflitos com outras celebridades, principalmente a tensa treta com Kanye West e Kim Kardashian por conta da música Famous, e também antes do lançamento, ela conseguiu vencer o processo de agressão sexual contra um ex-DJ. Com todos esses inúmeros problemas, a cantora adotou uma postura mais reservada e sombria. O álbum foi produzido em grande parte por Max Martin, Shellback e Jack Antonoff, com Taylor coescrevendo todas as faixas. Além disso, ela cortou seu vínculo com Nathan Chapman (e nos vamos retornar nesse assunto bem depois). A sonoridade é caracterizada por um som Pop e eletrônico, com influências de Synth-pop, Electropop e R&B. O repertório é bem legal, com algumas canções incríveis como Delicate e Getaway Car, que têm uma ótima vibe retrô. Além de outras interessantes como Don’t Blame Me e Call It What You Want, porém algumas canções exageram na sintetização, como Ready For It? e So It Goes, ou ficaram arrastadas como Look What You Made Me Do e Dancing With Our Hands Tied. Apesar de ser um disco controverso entre os fãs, é um trabalho bem legal da Taylor.

Lover – Taylor Swift 





















NOTA: 8/10


Mais um tempo se passou, e foi lançado o 7º álbum da Taylor Swift, Lover, que tinha uma temática muito diferente de seu antecessor. Depois do reputation, que trazia um lado mais sombrio da cantora, ela optou por descartar todo o conceito do seu disco anterior e agora trouxe um tom mais leve e romântico. Além disso, ela saiu da Big Machine Records, sua gravadora de longa data, e foi contratada pela Republic Records. Logo após isso, começou uma grande disputa entre o dono da antiga gravadora, Scott Borchetta, e o novo proprietário, Scooter Braun, com a Taylor pelos direitos dos masters de todos os seus seis álbuns lançados. Enfim, mais uma vez a cantora trabalhou com uma série de produtores renomados, como Jack Antonoff, Frank Dukes, entre outros. Juntos, eles fizeram uma produção muito boa, com uma sonoridade que combina Synth-pop, Electropop e até algumas influências do gênero Indie, criando uma paisagem sonora digamos bem colorida. O repertório tem algumas canções interessantes, apesar de começar com a tediosa I Forgot That You Existed. Já vem canções sensacionais como Cruel Summer, a faixa-título e The Man. Além disso, há outras canções boas como Paper Rings, que tem uma vibe meio New Wave, e ME!, que conta com a participação do Brendon Urie, do Panic! At The Disco. Novamente, há músicas arrastadas como I Think He Knows, False God e Afterglow. Enfim, apesar de suas falhas, é um trabalho muito bem-feito e experimental.

folklore – Taylor Swift 





















NOTA: 10/10


No ano seguinte, a cantora lançou mais um novo álbum, agora com uma temática muito mais introspectiva, porém muito imersiva. Após o lançamento de Lover, Swift foi forçada a cancelar sua turnê mundial porque, naquela época, estávamos em meio à pandemia. Então, em meio a esse isolamento social, ela começou a escrever novas músicas, explorando histórias fictícias e aspectos mais sombrios e introspectivos de sua vida. O álbum foi descrito como uma coleção de músicas e histórias que fluem como um fluxo de consciência. Novamente, a produção feita pela cantora teve algumas colaborações, como Aaron Dessner, Jack Antonoff e seu parceiro Joe Alwyn (sob o pseudônimo William Bowery). Como esse trabalho era mais introspectivo, ele se afasta completamente do Pop, adotando um som mais Indie folk, alternativo e acústico, mostrando um lado mais minimalista e atmosférico. Dessner e Antonoff trouxeram uma sensibilidade mais orgânica e experimental para esse disco. Isso se reflete num repertório completamente maravilhoso, tanto que parece uma coletânea. Muitas das canções nem são tão envolventes, como nos outros trabalhos. As que mais se destacam são the 1, cardigan, exile (um dueto com Justin Vernon do Bon Iver), august, mad woman, e a pegada poética em hoax. Há também faixas mais atmosféricas como epiphany e peace. Sério, todas as músicas foram bem planejadas. No final de tudo, esse disco é sensacional e mostra o quão versátil a Taylor Swift é.

evermore – Taylor Swift 





















NOTA: 9,9/10


No final daquele mesmo ano, Taylor Swift lançou seu 9º trabalho de estúdio, o evermore, que continuava bem longe do Pop. Assim como folklore, esse disco foi uma surpresa para os fãs e foi criado durante a pandemia de COVID-19. A narrativa de evermore explora um território muito semelhante ao seu antecessor, com uma abordagem mais introspectiva e orientada para a narrativa, fazendo um trabalho ainda mais experimental. Mais uma vez, Taylor colaborou com Aaron Dessner, da banda The National, junto com seu irmão Bryce Dessner e também com as contribuições de Jack Antonoff. A produção trouxe uma sonoridade mais atmosférica e sutil, seguindo a mesma fórmula do disco anterior. Com bastante influência de Rock alternativo, Indie folk e até um lado puxado para o Pop barroco, isso demonstra que todo o trabalho deles foi totalmente sofisticado. O repertório, mais uma vez, é maravilhoso e conta com muitas canções sensacionais, começando com as melódicas faixas willow, que é bem resiliente, e champagne problems, que não foi feita para aquela pessoa que teve uma proposta de casamento rejeitada. Também há outras baladas como tolerate it e ivy. Além disso, tem dorothea que traz um lado nostálgico, cowboy like me relembrando os tempos mais antigos da cantora, e há uma emocionante homenagem à sua falecida avó Marjorie Finlay na canção marjorie. O fato é que há muitas músicas interessantes contidas. No fim, é mais um trabalho incrível e coeso da cantora.

Fearless (Taylor’s Version) – Taylor Swift  





















NOTA: 9,3/10


Pouco tempo depois, no começo daquele ano (de 2021), a Taylor começa a lançar suas regravações de seus álbuns mais antigos, começando com o Fearless. Relembrando o que aconteceu, após os masters de seus álbuns lançados pelo selo da Big Machine serem efetivamente transferidos para Scooter Braun, que havia se tornado o novo proprietário da gravadora da qual ela havia saído dois anos antes, resultou em uma disputa pública entre Taylor e Braun. A cantora denunciou a compra e começou a regravar seus primeiros seis álbuns de estúdio, dando-lhe propriedade total dos novos masters. A produção ficou fiel ao espírito do álbum original, mas com arranjos e gravações atualizados para refletir o crescimento vocal e artístico de Swift. Ela trabalhou novamente com Aaron Dessner, Jack Antonoff e com a presença de Christopher Rowe, e eles ajustaram as nuances na instrumentação e nos vocais, dando uma sonoridade muito mais coesa. O repertório é logicamente o mesmo, e todas as canções ficaram muito bem regravadas, como Love Story, Forever & Always e White Horse. Contudo, algumas ficaram melhores que a original, como a própria faixa-título, Fifteen, Tell Me Why, The Way I Loved You e Superstar. Além disso, há seis faixas inéditas que ficaram de fora do álbum original, marcadas como "From the Vault"; as mais legais são Mr. Perfectly Fine e We Were Happy. Enfim, essa primeira regravação ficou muito melhor e mais acentuada que a sua versão original.

Red (Taylor’s Version) – Taylor Swift 





















NOTA: 8,8/10


Perto do final do ano, Taylor Swift lançou sua segunda regravação, o álbum Red, que veio com algumas pequenas mudanças em comparação ao original. Quando Taylor decidiu regravar esse álbum, ela teve uma abordagem tanto musical quanto lírica semelhante a uma pessoa de coração partido, criando um conjunto de sentimentos que de alguma forma se encaixam no final. Assim, ela quis que essa nova versão fosse muito mais expansiva (até porque, né, tem 30 faixas contidas). A produção foi bastante diversificada; ela trabalhou com Jack Antonoff, Aaron Dessner, Christopher Rowe e outros colaboradores para garantir que as regravações mantivessem a autenticidade das originais, enquanto atualizavam aspectos técnicos e sonoros. Além disso, a sonoridade ficou mais diversificada, incluindo, além de Pop, Country e Rock, influências de Synth-pop, Indie Rock e música eletrônica. O repertório é basicamente o mesmo, mas algumas canções foram aprimoradas, como State of Grace, I Knew You Were Trouble, 22 e I Almost Do. Ela também deu uma boa ênfase na canção Treacherous. As participações de Ed Sheeran e Gary Lightbody ficaram muito boas. Entre as canções inéditas, as que mais se destacam são Better Man e Run, mas, mesmo assim, algumas canções bem chatinhas, como Ronan e Babe. Enfim, essa regravação é até que legal, mas, por pouco, não superou o original.
 

        Que trabalhão, mas é isso e flw!!!

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...