sábado, 19 de outubro de 2024

Analisando Discografias - Red Hot Chili Peppers: Parte 1

                  

Freaky Styley – Red Hot Chili Peppers





















NOTA: 3,2/10


Um ano depois de lançarem seu álbum de estreia, o Red Hot Chili Peppers lançou seu 2º trabalho, o Freaky Styley. Após sua estreia em 1984, o Red Hot ainda era uma banda em formação musical e estava no underground. Os problemas com a produção do primeiro álbum, que ficou aquém das expectativas da banda, e a saída temporária do guitarrista Hillel Slovak (que voltou logo depois) e do baterista Jack Irons criaram desafios logo no início. Como eles gostavam de misturar Punk e Funk, a banda buscava um produtor que pudesse amplificar essa sonoridade única. Eles encontraram a pessoa certa em George Clinton, pioneiro do Funk e líder do Parliament-Funkadelic, que trouxe para o álbum uma atmosfera descontraída e experimental, incentivando a banda a abraçar sua natureza caótica. Essa abordagem resultou em um som cru, só que ainda estava fora de ritmo. O que vale destacar são as linhas de baixo do Flea, que se tornaram uma força dominante, com grooves profundos e pulsantes. O repertório novamente é muito fraco, trazendo faixas péssimas como Jungle Man e Yertle the Turtle. Além disso, há o pavoroso cover de Hollywood (Africa) do The Meters e um ótimo cover de If You Want Me to Stay do Sly & the Family Stone. Ainda assim, o álbum conta com outras músicas boas, como American Ghost Dance, Blackeyed Blonde e Catholic School Girls Rule. Em suma, é mais um trabalho bem ruim da banda, mas já dava para perceber que eles estavam se moldando.

The Uplift Mofo Party Plan – Red Hot Chili Peppers 





















NOTA: 9,2/10


Dois anos se passaram, e o Red Hot enfim lança um disco decente, o The Uplift Mofo Party Plan. Após seus dois primeiros trabalhos fraquíssimos, eles ainda estavam em busca de uma estabilidade criativa. A banda enfrentou turbulências com mudanças na formação, consumo excessivo de drogas e a luta para encontrar uma sonoridade que equilibrasse suas influências de Funk, Punk e Rap. Com Slovak e Irons de volta à banda de forma definitiva, o grupo ganhou uma dinâmica mais coesa. No entanto, as tensões pessoais e o vício em drogas afetaram profundamente alguns dos membros, especialmente Anthony Kiedis (que chegou a ir para reabilitação) e Hillel Slovak. Desta vez, a banda trabalhou com o aspirante a produtor Michael Beinhorn, que trouxe uma abordagem mais agressiva e orientada para a performance ao vivo, buscando capturar a energia explosiva que a banda transmitia no palco. A produção é mais direta e crua, priorizando os grooves do baixo e as batidas punkeadas, com a guitarra do Slovak se destacando por riffs funky e solos distorcidos. O repertório é sensacional, com muitas canções divertidas como Fight Like a Brave, Funky Crime, Me and My Friends, Behind the Sun, Special Secret Song Inside e até um ótimo cover de Subterranean Homesick Blues do Bob Dylan. Depois desse álbum, Hillel Slovak tentou se isolar para lutar contra seu vício, mas veio a falecer devido a uma overdose de heroína. Apesar disso, esse álbum é maravilhoso e marcou uma grande mudança na trajetória da banda.
  

        Então é isso, flw!!!   

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