Roberto Carlos (1996) – Roberto Carlos
NOTA: 2,3/10
Em 1996, Roberto Carlos lançava mais um disco, marcando o último de sua sequência anual (até que enfim). Após entregar mais um trabalho ruim, este álbum tentou resgatar a essência de um período que unia temas de amor e religiosidade, característico da boa fase que marcou sua discografia dos anos 70, antes de ficar genérico. A produção manteve praticamente a mesma estrutura, trazendo uma equipe técnica robusta e músicos renomados, como Carlos Bala na bateria e Tutuca Borba nos teclados. Os arranjos sofisticados, assinados por Eduardo Lages e Charlie Callelo, buscaram equilibrar elementos orquestrais e instrumentos populares, criando um contraste confuso entre o clássico e o contemporâneo. O repertório, como já sabemos, é fraquíssimo, mas há algumas canções interessantes, ainda que o resultado geral esteja longe de ser excelente. No fim, é mais um trabalho horroroso, e, felizmente, a partir desse ponto o Rei parou de lançar discos anualmente.
Melhores Faixas: Como É Grande O Meu Amor Por Você, O Terço
Piores Faixas: Quando Digo Que Te Amo, Mulher de 40 (ele só atira para todos os lados kkkk), Cheirosa, Comandante Do Seu Coração
Roberto Carlos (1998) – Roberto Carlos
NOTA: 1/10
Dois anos se passaram, e o Rei lança seu 37º álbum de estúdio, que também pode ser considerado um álbum ao vivo (calma que eu explico). Após um intervalo um pouco maior sem lançar algo inédito, ele trouxe basicamente novas canções que transitavam entre o popular, o religioso e o romântico. A produção, comandada por Eduardo Lages, acabou mesclando faixas de estúdio com performances ao vivo, equilibrando arranjos sofisticados e simplicidade instrumental. Isso aconteceu devido ao agravamento do estado de saúde da então esposa do cantor, Maria Rita, o que levou Roberto Carlos a praticamente abandonar as gravações. A gravadora Sony precisou completar o repertório de 10 faixas com seis canções gravadas ao vivo em shows, mas, no geral, o resultado é ruim e enfadonho. No fim, este álbum é bem fraco, e não apenas por conta da confusão na sua finalização.
Melhores Faixas: (..........)
Piores Faixas: Meu Menino Jesus, Vê Se Volta Para Mim, De Tanto Amor, Outra Vez
Amor Sem Limite – Roberto Carlos
NOTA: 1/10
O tempo passou, e já no início dos anos 2000, era óbvio que o Rei lançaria mais um álbum. Após o trabalho anterior, este novo disco veio em meio a períodos difíceis para o cantor, incluindo a perda de sua esposa, Maria Rita, que influenciou profundamente algumas das composições. Os temas variam entre o amor romântico, a espiritualidade e reflexões sobre a vida, e olha que o conceito é bastante interessante. Produzido por Mauro Motta e com uma grande equipe por trás, trouxeram uma sonoridade refinada, combinando instrumentos acústicos e orquestrações, destacando o tom emotivo e introspectivo. No entanto, tudo é equilibrado com aquela mesma fórmula confusa e comercial que mistura um som modernoso com orquestrações contemporâneas. Refletindo num repertório novamente horroroso, com canções totalmente tediosas e algumas recicladas. Enfim, mesmo com a virada da década, Roberto Carlos continuou entregando álbuns ruins.
Melhores Faixas: (.........)
Piores Faixas: O Grude (Um Do Outro), Eu Te Amo Tanto, Amor Sem Limite, Momentos Tão Bonitos, Mulher Pequena
Pra Sempre – Roberto Carlos
NOTA: 2/10
Três anos se passaram, e Roberto Carlos lança mais um álbum, desta vez sem um monte de material reciclado. Após o lançamento do disco de 2000, Roberto chegou a gravar um Acústico MTV, que foi uma confusão para fazê-lo, e agora apresenta um novo trabalho um pouco mais introspectivo, refletindo o impacto da perda de sua esposa, Maria Rita, falecida em 1999. A produção foi comandada por Guto Graça Mello e Mauro Motta, que criaram arranjos que preservam a sonoridade clássica do artista, misturando baladas orquestradas com elementos modernos de MPB e Pop romântico. Nesse projeto, a ideia foi tentar fundir características das diferentes fases da carreira do cantor. No entanto, como era de se esperar, o repertório é novamente horroroso, com apenas uma canção interessante que lembra os tempos da Jovem Guarda. Em suma, é mais um trabalho chatíssimo e sem nenhum glamour.
Melhores Faixas: O Cadillac
Piores Faixas: Como Eu Te Amo, História De Amor, Eu Vou Sempre Amar Você, Acróstico
Roberto Carlos (2005) – Roberto Carlos
NOTA: 1/10
Em 2005, é lançado o último álbum de estúdio de Roberto Carlos até o momento, e é bem provável que seja o definitivo. Após o álbum anterior, Roberto revelou que estava sofrendo de transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e fez com que ele abandonasse alguns espetáculos. Porém, após sessões de terapia, ele decidiu gravar mais um disco, trazendo aquelas mesmas composições de sempre. Produzido pela mesma dupla do álbum anterior, a sonoridade foi um pouco mais cadenciada, destacando o uso de cordas, piano e violão. No entanto, em determinados momentos, parecia que Roberto tentava seguir tendências e fazer um trabalho com influências do Sertanejo. O repertório, como era de se esperar, é pavoroso, com até uma canção com participação de Chitãozinho e Xororó, mas que não agradou. Enfim, esse trabalho é muito ruim e encerra a discografia do Rei de forma apática.
Melhores Faixas: (...........)
Piores Faixas: Arrasta Uma Cadeira, O Baile da Fazenda, Índia, Coração Sertanejo, Promessa
Então é isso, um abraço e flw!!!