segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Rick Wakeman: Parte 3

                 

Piano Portaits – Rick Wakeman





















NOTA: 9/10


Passaram-se 18 anos até que Rick Wakeman lançasse mais um álbum de estúdio, desta vez de covers. Após o fraquíssimo Return To The Centre Of The Earth, o tecladista dedicou-se mais às suas turnês e aos últimos shows com o Yes. Em 2016, após tocar ao vivo uma versão ao piano de Life on Mars? do David Bowie na rádio BBC Radio 2, que teve enorme repercussão, surgiu a ideia de um álbum completo nesse formato. O álbum foi gravado de forma simples e direta, apenas com Rick Wakeman e seu piano, sem qualquer acompanhamento ou adição de efeitos. Esse trabalho foi lançado pela Universal, o que lhe conferiu um peso especial. Com isso, ele adotou uma abordagem altamente pessoal, escolhendo músicas que tinham um significado especial para ele. O repertório, que contém músicas que vão dos Beatles a Peter Tchaikovsky, foi muito bem interpretado. Por fim, é um trabalho sensacional que também serve como um ótimo passatempo. 

Melhores Faixas: Life On Mars, Stairway To Heaven, Swan Lake, Amazing Grace 
Vale a Pena Ouvir: Morning Has Broken, Help, Summertime, Space Oddity, I Vow To Thee My Country

Piano Odyssey – Rick Wakeman





















NOTA: 5/10


No ano seguinte, Rick Wakeman lançou mais um álbum, o Piano Odyssey, que é basicamente uma expansão de seu antecessor. Após o Piano Portraits, que foi muito bem recebido pela crítica, ele decidiu que essa sequência tivesse uma abordagem mais elaborada, incorporando arranjos orquestrais e novas interpretações de músicas clássicas, Pop, progressivas e tradicionais. A produção seguiu quase o mesmo padrão de sempre, incluindo dois arranjos orquestrais da Orion Strings Orchestra e do English Chamber Choir, com o objetivo de adicionar profundidade e dramaticidade. Buscando capturar a riqueza e o timbre do piano, enquanto integrava elementos de acompanhamento que não ofuscassem o instrumento principal, muitas faixas acabaram soando repetitivas, ficando bem genérico. O repertório é muito irregular, com poucas músicas que fizeram jus às originais. Enfim, essa continuação acabou sendo mediana, com uma coleção de deslizes. 

Melhores Faixas: While My Guitar Gently Weeps, Roundabout, Rocky (The Legacy) 
Piores Faixas: Cyril Wolverine, The Boxer, Bohemian Rhapsody, The Wild Eyed Boy From Freecloud

Christmas Portraits – Rick Wakeman





















NOTA: 2/10


Outro ano se passa, e Wakeman, continuando a surfar na onda do Piano Portraits, lança o Christmas Portraits, que, como o nome já indica, é um disco de Natal. Após o Piano Odyssey, ele decidiu celebrar a época do Natal através de interpretações delicadas e emocionantes de canções tradicionais, trazendo uma abordagem mais minimalista e introspectiva. A produção foi simples, mas cuidadosamente planejada, destacando a clareza e o timbre do piano. Rick criou arranjos que respeitam a essência de cada música, mas adicionou toques sutis de sua personalidade musical, como variações harmônicas e nuances rítmicas. No entanto, o resultado ficou tão sem graça que fez o álbum natalino do Chris Squire parecer tão sofisticado quanto um álbum do Miles Davis. Apresentando um repertório chatíssimo, com poucas canções realmente interessantes, este disco é bastante fraco e sem qualquer acerto. 

Melhores Faixas: God Rest Ye Merry Gentlemen / Angels From The Realms Of Glory, Silent Night 
Piores Faixas: The Holly & The Ivy / Mary's Boy Child, The First Noel, O Little Town Of Bethlehem, A Winter's Tale

The Red Planet – Rick Wakeman





















NOTA: 5,5/10


Indo para o ano de 2020, Rick Wakeman decide retornar à sua fase mais progressiva, lançando o The Red Planet. Após o Christmas Portraits, considerado horroroso, o tecladista sentiu a necessidade de revisitar suas raízes progressivas. A ideia de criar um álbum instrumental temático sobre Marte permitiu-lhe explorar atmosferas épicas e complexas, algo característico de sua abordagem no Rock sinfônico. Ele chamou a banda de apoio English Rock Ensemble e tentou algo novo. Produzido por Wakeman junto com Erik Jordan, a produção buscou ser detalhada, integrando elementos clássicos do Prog Rock, como mudanças de tempo, passagens instrumentais elaboradas e arranjos grandiosos, tentando deixar tudo temático, embora alguns arranjos pareçam reciclados. O repertório ficou bem irregular, com canções atmosféricas interessantes e outras sem brilho. Enfim, é mais um trabalho mediano, marcado pela inconsistência. 

Melhores Faixas: Tharsis Tholus, Arsia Mons 
Piores Faixas: The North Plain, Valles Marineris

A Gallery Of The Imagination – Rick Wakeman





















NOTA: 3/10


Passaram-se três anos, e Rick Wakeman lança A Gallery of the Imagination, que se afastou um pouco de seu lado progressivo. Após o The Red Planet, o tecladista relembrou memórias de sua infância, quando sua professora de música incentivava os alunos a imaginarem quadros enquanto ouviam música. Ele decidiu traduzir essa abordagem para um álbum, oferecendo aos ouvintes uma experiência imersiva e aberta à interpretação pessoal, só que nem todo mundo passou pelas mesmas experiências que ele. A produção seguiu o padrão de sempre, tentando ao máximo deixar o som equilibrado, com Wakeman utilizando uma ampla variedade de teclados, acompanhado pela mesma banda de apoio, que complementa o som, além da presença de uma vocalista chamada Hayley Sanderson. So que no final tudo ficou bem genérico. O repertório é fraco, com canções que, em sua maioria, são excessivamente tediosas. Enfim, é mais um trabalho chato e com zero imersão. 

Melhores Faixas: The Dinner Party, The Creek, Cuban Carnival 
Piores Faixas: Only When I Cry, A Day Spent On The Pier, The Eyes Of A Child, Just A Memory

Yessonata – Rick Wakeman





















NOTA: 7/10


Chegando ao último lançamento de Rick Wakeman até o momento, o Yesssontata, que é uma reinterpretação de seus trabalhos antigos. Após A Gallery of the Imagination, em uma de suas turnês recentes, ele incorporou uma peça com esse título, mesclando diversos temas de músicas do Yes em uma performance solo de piano. A recepção positiva dessa abordagem levou Wakeman a gravar e lançar uma versão de estúdio. Produzido por ele e Erik Jordan, o álbum é o mais minimalista possível, com foco no piano solo. Wakeman evitou arranjos excessivamente complexos, permitindo que as melodias brilhassem em suas formas mais puras. A qualidade sonora é cristalina, destacando a destreza técnica e a sensibilidade musical do artista, com tudo funcionando de forma decente. O repertório contém 2 faixas de 20 minutos, recheadas de transições e com um clima dramático. No final, é um disco bem legal e que serve como um bom passatempo. 

Melhores Faixas: The King Arthur Piano Suite 
Vale a Pena Ouvir: Yessonata

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!       

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