sábado, 8 de março de 2025

Analisando Discografias - The Weeknd: Parte 1

                 

Thursday – The Weeknd





















NOTA: 5,2/10


Cinco meses depois, The Weeknd lançou sua 2ª mixtape, o Thursday, adotando uma abordagem mais introspectiva. Após o House of Balloons, que tinha uma pegada mais acessível, com referências ao indie rock e batidas contagiantes, Thursday seguiu um caminho mais atmosférico e abstrato, com instrumentais minimalistas e narrativas fragmentadas. A produção, novamente a cargo de Doc McKinney e Illangelo, trouxe camadas densas de sintetizadores, batidas abafadas e uma reverberação intensa, criando uma sensação de imersão e utilizando elementos eletrônicos. Os vocais de Abel frequentemente aparecem ecoados ou distorcidos, reforçando a sensação de desapego e alienação. So que a sonoridade, por vezes, ficou excessivamente arrastada e confusa. Isso resultou em um repertório mediano, com algumas canções interessantes e outras bem sem graça. Enfim, essa 2ª mix é bastante irregular e poderia ter tido mais coesão. 

Melhores Faixas: The Birds Part 1, Rolling Stone, The Zone (participação do Drake) 
Piores Faixas: Life Of The Party, Thursday, Gone

Echoes Of Silence – The Weeknd





















NOTA: 8,6/10


Chegando próximo ao Natal de 2011, The Weeknd lança sua 3ª mixtape, o Echoes of Silence, que fecha essa trilogia. Após o Thursday, essa mix segue uma direção mais sombria e fria. Enquanto House of Balloons explorava a euforia e a decadência das festas, e Thursday mergulhava no desapego emocional e nos relacionamentos disfuncionais, aqui o protagonista finalmente encara o vazio de sua vida. Produzida novamente por Illangelo, mas agora com colaborações de Clams Casino e DropXLife, a mix traz batidas mais secas e atmosferas ainda mais melancólicas. Além disso, há a presença de pianos frios e instrumentais minimalistas, criando um clima de solidão e desolação que combina perfeitamente com a vocalização do Abel, carregada de emoção e sofrimento. O repertório é muito sólido, com canções profundas e experimentais bem coesas. No fim, essa mixtape encerrou bem a trilogia e marcou profundamente o R&B alternativo. 

Melhores Faixas: Outside, XO / The Host 
Vale a Pena Ouvir: Same Old Song (participação do Juicy J), D.D. (cover da música Dirty Diana do Michael Jackson), Next

Kiss Land – The Weeknd





















NOTA: 3,7/10


Então, em 2013, o The Weeknd lança seu álbum de estreia, intitulado Kiss Land. Após lançar uma coletânea com suas três mixtapes, o álbum representa uma nova fase em sua narrativa, abordando sua jornada pós-fama, na qual ele experimenta um estilo de vida ainda mais extremo, viajando pelo mundo, rodeado por prazeres e tentações, mas lidando com um sentimento crescente de isolamento e paranoia. A produção foi diversificada, com DannyBoyStyles e DaHeala colaborando com o cantor, só que o problema foi o exagero nos sintetizadores distorcidos, nas batidas industriais e nos efeitos que criam uma sensação de suspense, mas sem muita emoção. O maior acerto foi nas linhas vocais do Abel, que estão bem destacadas. O repertório é fraco, com algumas canções interessantes, mas a maioria é chata e sem graça. Enfim, sua estreia foi fraquíssima e sem confiança. 

Melhores Faixas: Wanderlust, Kiss Land, Professional 
Piores Faixas: Adaptation, Love In The Sky, Tears In The Rain, Live For (musica tão sem emoção que o Drake parece que gravou isso com sono)

Beauty Behind The Madness – The Weeknd





















NOTA: 9,3/10


Dois anos se passaram, e The Weeknd lança seu 2º álbum, o incrível Beauty Behind the Madness. Após o Kiss Land, que foi um começo com o pé esquerdo, Abel começou a buscar um som mais acessível, mas sem abandonar suas raízes sombrias e introspectivas. Seu primeiro passo nessa transição veio com sua participação na trilha sonora do filme 50 Tons de Cinza, com uma das músicas deste disco. Depois, lançou outras faixas, deixando apenas uma amostra inicial, e o hype foi às alturas. A produção foi bem diversificada, agora com novos nomes, como Peter Svensson, Max Martin, Kanye West, Ali Payami, entre outros, que investiram em uma mistura entre R&B alternativo, Pop, Art Rock, Trap e influências eletrônicas. Aqui, o uso de sintetizadores melancólicos, batidas espaçadas e distorções vocais ficou bem consistente. Resultando em um repertório sensacional, com canções profundas e atmosféricas. Em suma, é um baita disco, com muita consistência. 

Melhores Faixas: Often, Can't Feel My Face, Earned It (tema do 50 Tons de Cinza), The Hills, Acquainted (só hit gente) 
Vale a Pena Ouvir: In The Night, Shameless, Real Life

Starboy – The Weeknd





















NOTA: 9,5/10


No ano seguinte, ele lança mais um disco, o também incrível Starboy, que seguiu para um lado ainda mais midiático. Após o Beauty Behind the Madness, The Weeknd passou por uma mudança significativa no som e na abordagem do Abel Tesfaye. Depois de dominar as paradas com o estilo dark, introspectivo e sensual presente nos álbuns anteriores, agora a sonoridade ficou mais eletrônica, abraçando temas de celebração, fama e decadência. A produção contou com praticamente todos os produtores anteriores, mas com a grande inclusão do Daft Punk. A sonoridade tornou-se mais eletrônica e futurista, incorporando elementos de House, Funk e Synth-pop dos anos 80, além de influências do R&B moderno e do Electropop. O som é mais polido, com batidas dançantes e sintetizadores brilhantes, tudo bem refinado. O repertório é sensacional, com canções muito boas e bem energéticas. No fim, é um trabalho maravilhoso e um dos grandes clássicos de sua carreira. 

Melhores Faixas: Starboy (muita vibe setentista, Daft Punk é inacreditável), Secrets, I Feel It Coming, A Lonely Night, Six Feet Under, All I Know (Future entregando muito) 
Vale a Pena Ouvir: Die For You, Love to Lay, Stargirl Interlude (o Abel fez um verdadeiro milagre salvando a Lana Del Rey), Ordinary Life
  

      Então é isso, um abraço e flw!!!         

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