quarta-feira, 16 de abril de 2025

Analisando Discografias - Chris Poland

                 

Return To Metalopolis – Chris Poland





















NOTA: 8/10


Em 1990, Chris Poland decidiu lançar seu 1º álbum solo, o Return to Metalopolis. Após sua saída do Megadeth, ele já demonstrava uma musicalidade muito mais voltada para o Jazz Fusion, improvisação e texturas do que para o Thrash Metal puro. Então ele decidiu fazer um trabalho inteiramente instrumental que mistura Metal progressivo e Speed Metal, sendo sua verdadeira carta de apresentação como artista solo. A produção, conduzida por ele mesmo, deixou tudo simples e direto. Não há luxos nem camadas excessivas, é guitarra, baixo e bateria, com o foco todo no instrumento principal. A mixagem privilegia a guitarra, mas dá espaço para a dinâmica do trio brilhar. Mesmo com os recursos da época, o som é claro, expressivo e envolvente, refletindo em um repertório muito bom, que contém canções imersivas e até energéticas. Enfim, é um disco bem interessante e muito competente. 

Melhores Faixas: Return To Metalopolis, Apparition Station 
Vale a Pena Ouvir: Theatre Of The Damned, The Fall Of Babylon, Club Ded

Chasing The Sun – Chris Poland





















NOTA: 2/10


Então se passaram 10 anos para ele lançar seu 2º álbum, o Chasing the Sun, que trouxe alguns problemas. Após o Return to Metalopolis, Chris Poland chegou a formar o Mumbo's Brain e depois se envolveu com o OHM, seu grupo de Jazz Fusion instrumental. Então ele decidiu voltar a fazer um projeto solo, mas com uma abordagem ainda mais voltada ao Fusion, com menos peso e mais ambiência, técnica e exploração harmônica. A produção foi feita novamente por ele mesmo, deixando tudo mais limpo e atmosférico, com foco nas guitarras, que variam entre timbres cristalinos, overdrives suaves e delays etéreos. A mixagem privilegia o espaço e o "respiro" entre os instrumentos, criando uma sensação de paisagem sonora, muito mais próxima do Jazz contemporâneo do que do Metal. Só que tudo é muito arrastado e com uma total falta de encadeamento rítmico, refletindo em um repertório fraco, com poucos momentos bons. Enfim, é um álbum bem ruim e esquecível. 

Melhores Faixas: Cosmois Thumb, Chasing The Sun 
Vale a Pena Ouvir: Straight Jacket, Robo Stomp, Lu Luis Dream, Mercy

Resistance – Chris Poland





















NOTA: 2/10


Então se passou bastante tempo, até que em 2019 Chris Poland lançou seu último álbum até o momento, intitulado Resistance. Após o fraquíssimo Chasing the Sun, o guitarrista decidiu sair daquele lado mais viajante e voltar ao chão firme, fazendo um Jazz Fusion focado em grooves, peso e intensidade, ainda que com a mesma linguagem instrumental sofisticada. A produção foi feita por ele junto com Jim Gifford, e ambos colocaram uma pegada mais viva e espontânea. O álbum foi gravado com mínimos overdubs, capturando uma energia mais natural. Tudo aqui quis ser mais encadeado, porém fica aquela mesma chatice de sempre, com arranjos soando como se estivessem sendo reciclados de cada faixa e sem apresentar uma coesão harmônica. O repertório é muito ruim, e as canções são completamente sem graça, com pouquíssimas se salvando. No final de tudo, é um disco péssimo e totalmente inexpressivo. 

Melhores Faixas: Next One, Maiden Voyage 
Vale a Pena Ouvir: Den, The Kid, Song for Brad (For Brad Zandstra), Django

      Então é isso, um abraço e flw!!!            

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