quarta-feira, 16 de abril de 2025

Analisando Discografias - Megadeth: Parte 3

                 

Th1rt3en – Megadeth





















NOTA: 8,2/10


Em 2011, o Megadeth retorna lançando Th1rt3en, obviamente sendo este o 13º álbum da banda californiana. Após o Endgame, Dave Mustaine parecia revigorado, liderando uma fase criativa sólida. Só que parte desse material já existia antes, sendo resgatada de demos antigas ou sessões inacabadas, o que dá ao álbum uma vibe de "compilação de inéditas finalizadas", mais do que de um projeto totalmente novo. A produção, feita por Johnny K junto com Dave Mustaine, deixou tudo mais limpo e acessível do que nos álbuns anteriores, com ênfase em uma mixagem polida e estruturas de músicas mais diretas. Para alguns fãs, isso tirou um pouco do peso e da agressividade crua tradicional, mas para outros ajudou a tornar o som mais refinado. Só que aqui tudo funciona exatamente o que a banda não conseguiu fazer no Risk, sendo tudo bem encadeado. O repertório é muito legal, com canções pesadas e algumas mais melódicas. Em suma, é um ótimo disco e muito ousado. 

Melhores Faixas: Whose Life (Is It Anyways?), Public Enemy No. 1, Wrecker 
Vale a Pena Ouvir: Sudden Death, Fast Lane, Deadly Nightshade, 13

Super Collider – Megadeth





















NOTA: 7,2/10


Se passaram dois anos, e eles voltam lançando Super Collider, que é bem criticado pelos fãs. Após o Th1rt3en, a banda decidiu, em vez de seguir o caminho mais técnico e Thrash dos clássicos ou até o equilíbrio dos dois últimos álbuns, optar por uma abordagem mais Hard Rock, radiofônica e comercial. Dave Mustaine também lançou o álbum sob seu próprio selo, o Tradecraft Records, distribuído pela Universal. A produção, feita novamente por Johnny K, tem uma sonoridade limpa, com timbres claros e polidos. As guitarras ainda mantêm um certo peso, mas os riffs são bem menos agressivos. Além disso, houve a escolha de deixar os vocais do Mustaine mais à frente na mixagem e de suavizar a bateria e os solos em alguns momentos. Isso funciona bem, mesmo que haja momentos em que o disco fique sem coesão. O repertório é interessante, com ótimas canções, embora algumas sejam bem fraquinhas. No geral, é um disco bom e muito injustiçado. 

Melhores Faixas: Forget To Remember, Burn!, The Blackest Crow, Built For War 
Piores Faixas: Don't Turn Your Back..., Dance In The Rain (participação do David Dramian do Disturbed, estragou bem a música), Beginning Of Sorrow

Dystopia – Megadeth





















NOTA: 9/10


Três anos se passaram, e o Megadeth volta lançando o fantástico Dystopia, que trouxe muitas mudanças. Após o Super Collider, que foi totalmente massacrado pelos fãs e a pressão por um retorno à sonoridade clássica era enorme. Além disso, o baterista Shawn Drover e o guitarrista Chris Broderick acabaram saindo, dando lugar a Chris Adler (do Lamb of God) e Kiko Loureiro (guitarrista brasileiro do Angra). A produção, feita totalmente por Dave Mustaine junto com Chris Rakestraw, deixou tudo mais cristalino e potente, com grande atenção aos detalhes nas guitarras e nas camadas. A bateria do Adler é meticulosa, e os solos do Kiko trazem um sabor melódico e neoclássico inédito na sonoridade do Megadeth. O álbum equilibra peso, clareza e dinamismo, entregando um som moderno sem sacrificar a brutalidade do Thrash Metal. O repertório é maravilhoso, e as canções são agressivas e bem energéticas. No fim, é um baita disco e que certamente vai envelhecer bem. 

Melhores Faixas: Dystopia, Bullet To The Brain, The Threat Is Real, Conquer Or Die! (bela faixa instrumental), Fatal Illusion 
Vale a Pena Ouvir: Post American World, Lying In State

The Sick, The Dying... And The Dead! – Megadeth





















NOTA: 8,4/10


E aí chegamos em 2022, quando foi lançado o último álbum da banda até o momento, o The Sick, The Dying... And The Dead!. Após o Dystopia, o Megadeth passou por um momento turbulento. Em 2019, Dave Mustaine foi diagnosticado com câncer na garganta, o que atrasou as gravações. Pouco depois, o baixista David Ellefson foi demitido após um escândalo sexual online. Mustaine optou por cortar todos os laços com o colega de longa data. As linhas de baixo que Ellefson havia gravado para o álbum foram descartadas e regravadas por Steve Di Giorgio. Além disso, houve a entrada do baterista Dirk Verbeuren. A produção foi praticamente a mesma, mantendo a sonoridade moderna, pesada e detalhista, só que mais orgânica. Destaque para as guitarras do Mustaine e Kiko Loureiro, que dialogam com agressividade e melodia. O repertório é muito bom, e as canções são mais energéticas e cadenciadas. Enfim, é um disco muito legal e que vale a pena ser apreciado. 

Melhores Faixas: Life In Hell, Soldier On!, Célebutante 
Vale a Pena Ouvir: Junkie, We'll Be Back, Killing Time, Mission To Mars

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