segunda-feira, 14 de abril de 2025

Analisando Discografias - Megadeth: Parte 1

                 

Peace Sells... But Who's Buying? – Megadeth





















NOTA: 10/10


Entrando no ano de 1986, o Megadeth lançava seu 2º álbum de estúdio, o Peace Sells... But Who's Buying?. Após o Killing Is My Business... and Business Is Good!, a banda tinha um baita potencial criativo, mas enfrentava sérios problemas com abuso de drogas, falta de grana e conflitos internos. Dave Mustaine estava determinado a provar que poderia superar seu antigo grupo (Metallica) e criar um som ainda mais técnico, rápido e afiado. A produção feita por Randy Burns era totalmente crua, e depois, com o envolvimento da Capitol Records e a mixagem sendo repassada para Paul Lani, o som foi refinado, ficando mais denso, com as guitarras de Mustaine e Chris Poland sendo a espinha dorsal do álbum, criando riffs rápidos e pesados, mas também complexos. Tudo isso é típico do Thrash Metal, com um toque progressivo. O repertório é sensacional, e as canções são uma verdadeira porrada. Enfim, é um disco maravilhoso e um clássico do Thrash. 

Melhores Faixas: Peace Sells, Devils Island, My Last Words 
Vale a Pena Ouvir: Wake Up Dead, I Ain't Superstitious

So Far, So Good... So What! – Megadeth





















NOTA: 8,7/10


Dois anos depois, a banda retorna lançando seu 3º álbum, o So Far, So Good... So What!. Após o Peace Sells... But Who's Buying?, o Megadeth, mesmo estando em uma fama crescente, enfrentava conflitos com drogas que estavam fora de controle, especialmente com o guitarrista Chris Poland e o baterista Gar Samuelson. Ambos foram demitidos em 1987, o que forçou Mustaine a reconfigurar a banda às pressas. Para substituí-los, ele contratou Chuck Behler na bateria e Jeff Young na guitarra solo. A produção foi conduzida por Paul Lani, mas houve desentendimentos com Mustaine, e ele acabou sendo demitido. Foi substituído por Michael Wagener, que deixou o som irregular, principalmente no som de bateria. Ainda assim, o disco mantém a ferocidade e a crueza do Thrash, principalmente naqueles riffs cortantes. O repertório, pelo menos, é muito bom, com canções pesadas e mais velozes. No fim, mesmo com todos esses problemas, é um ótimo disco. 

Melhores Faixas: In My Darkest Hour, Hook In Mouth, Set The World Afire 
Vale a Pena Ouvir: 502, Anarchy In The U.K. (cover da música do Sex Pistols que tem até participação do guitarrista Steve Jones)

Rust In Peace – Megadeth





















NOTA: 10/10


Então, entra o ano de 1990, e é lançado o espetacular e atemporal Rust in Peace. Após o So Far, So Good... So What!, o Megadeth estava numa encruzilhada. A banda estava instável, afetada por vícios e brigas internas. Dave Mustaine sabia que, se quisesse alcançar o status definitivo dentro do Thrash Metal e superar o Metallica, sua obsessão pessoal, ele precisava de uma nova formação impecável. Assim, ele demitiu Jeff Young e Chuck Behler, e recrutou Nick Menza na bateria (antes roadie de Behler) e o virtuoso Marty Friedman na guitarra solo. A produção, conduzida por Mike Clink, marcou a primeira vez em que todos os membros estavam sóbrios durante a gravação. O resultado é um álbum de Thrash Metal que soa cristalino, pesado, limpo e incrivelmente bem executado. O repertório é sensacional, parecendo uma coletânea, com canções que são uma tijolada na cara. Em suma, é um álbum sensacional e uma verdadeira obra-prima do Heavy Metal. 

Melhores Faixas: Holy Wars...The Punishment Due, Tornado Of Souls, Hangar 18, Rust In Peace...Polaris 
Vale a Pena Ouvir: Five Magics, Poison Was The Cure

Countdown To Extinction – Megadeth





















NOTA: 9,6/10


Dois anos depois, foi lançado mais um disco do Megadeth, intitulado Countdown to Extinction. Após o Rust in Peace, a banda estava em seu auge técnico e criativo. Mas, no início dos anos 90, o cenário musical começou a mudar. O Grunge emergia com força, o Metal se diversificava, e até o Metallica havia lançado o Black Album, com uma sonoridade mais acessível. Dave Mustaine percebeu esse momento, e o objetivo agora era atingir o mainstream sem trair os princípios do Megadeth, mantendo o peso e a crítica social. A produção foi conduzida por Max Norman, que havia trabalhado no álbum anterior, e deixou tudo limpo e poderoso. A mixagem é cristalina: os riffs têm impacto, os vocais são nítidos, e a bateria do Nick Menza soa encorpada, quase industrial em alguns momentos. O repertório é maravilhoso, e as canções ficaram mais melódicas, mas bem agressividade. Enfim, é um belo disco, mas que teve aquela chatice dos fãs dizerem que eles se venderam. 

Melhores Faixas: Symphony Of Destruction, Foreclosure Of A Dream, Skin O' My Teeth, Psychotron, High Speed Dirt 
Vale a Pena Ouvir: Countdown To Extinction, Sweating Bullets, Ashes In Your Mouth

Youthanasia – Megadeth




















NOTA: 8,8/10


Mais dois anos se passaram, e a banda lança seu 6º álbum, o Youthanasia, que trouxe novidades. Após o Countdown to Extinction, a banda havia atingido um novo nível de popularidade, com o álbum anterior sendo um grande sucesso comercial e recebendo aclamação crítica. Dave Mustaine, sempre atento ao movimento da cena e vendo que o Thrash Metal já tinha decaído, sabia que o Megadeth precisava se adaptar. A produção, feita novamente por Max Norman, resultou em um som mais pesado e mais acessível, mantendo a essência do Megadeth, mas com uma sonoridade mais focada e com maior ênfase nos detalhes melódicos. As guitarras do Mustaine e Friedman têm um timbre mais grave e sujo. A bateria do Nick Menza é mais focada no groove, enquanto o baixo do David Ellefson aparece com mais destaque. O repertório é bem legal, com canções melódicas, mas que vão para um lado mais denso. Enfim, é um ótimo álbum e um dos mais maduros da banda. 

Melhores Faixas: A Tout Le Monde, I Thought I Knew It All, Blood Of Heroes 
Vale a Pena Ouvir: Train Of Consequences, Youthanasia, Victory

Cryptic Writings – Megadeth





















NOTA: 7,7/10


Três anos se passaram, e eles lançam mais um disco, o Cryptic Writings, que trouxe mudanças. Após o Youthanasia, o baterista Nick Menza foi substituído por Jimmy DeGrasso antes da gravação. Além disso, a sonoridade do Megadeth estava se afastando um pouco do Thrash mais técnico e rápido para abraçar influências mais acessíveis e variadas, refletindo uma mudança voltada para o Hard Rock e o Heavy Metal tradicional. A produção foi feita por Dann Huff, que moldou um som mais refinado, mantendo o peso, mas com uma sonoridade mais polida. Desta vez, a produção foi mais voltada para a clareza e definição dos instrumentos, com menos foco no Thrash frenético e mais em uma sonoridade sólida e coesa. Ainda assim, há momentos em que algumas faixas parecem sem andamento. O repertório é bem legal, com canções pesadas e cadenciadas, mas também com algumas mais fracas. No geral, é um disco legal, mas que poderia ter sido melhor lapidado. 

Melhores Faixas: Use The Man, I'll Get Even, Trust, The Disintegrators 
Piores Faixas: Vortex, She-Wolf, Sin

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!          

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