Risk – Megadeth
NOTA: 2,7/10
Finalizando aquela década de 90, o Megadeth lançou outro disco intitulado Risk. Após o Cryptic Writings, a banda começou a flertar cada vez mais com sonoridades acessíveis. A ideia do título veio de uma provocação do então empresário Bud Prager, que teria dito: “Se você quer realmente sucesso, precisa correr riscos.” Dave Mustaine levou a sério. O objetivo era ampliar o alcance da banda, mirando o mainstream, especialmente o público do Rock alternativo e do Hard Rock. A produção, feita por Dann Huff, trouxe uma abordagem polida, com foco em melodias, refrães radiofônicos e arranjos mais contidos. As guitarras perderam a agressividade cortante tradicional, e o novo baterista Jimmy DeGrasso trouxe um estilo mais direto e menos técnico. Só que tudo é muito sem graça, e muitos dos solos e encadeamentos são excessivos. O repertório é muito ruim, tendo poucos momentos interessantes. Enfim, é um trabalho fraquíssimo e que foi um tiro que acertou o alvo errado.
Melhores Faixas: Breadline, Ecstasy
Piores Faixas: Prince Of Darkness, I'll Be There, The Doctor Is Calling, Seven
The World Needs A Hero – Megadeth
NOTA: 8,2/10
Indo para 2001, o Megadeth retorna lançando mais um álbum, o The World Needs a Hero. Após o fiasco do Risk, Dave Mustaine percebeu que teria que voltar às suas origens, numa tentativa de resgatar o peso, a agressividade e a credibilidade que o Megadeth tinha na era de ouro do Thrash Metal. Além disso, Marty Friedman acabou saindo da banda, e entrou Al Pitrelli, que trouxe um estilo mais técnico e menos veloz. A produção foi conduzida por Bill Kennedy e lançada pelo selo da Sanctuary. Ele trouxe uma abordagem mais agressiva, mas ainda assim bem cuidada, com guitarras em destaque e uma bateria sólida, embora sem a complexidade dos anos 90. O fato é que tudo é mais puxado pro Heavy Metal, mas com aquelas influências técnicas do Thrash. O repertório é muito bom, e as canções são um pouco mais densas e com um toque mais agressivo. No fim, é um belo disco e que teve muito mais consistência.
Melhores Faixas: Dread And The Fugitive Mind, Moto Psycho, Promises
Vale a Pena Ouvir: Return To Hangar, The World Needs A Hero, 1000 Times Goodbye
The System Has Failed – Megadeth
NOTA: 8,5/10
Três anos se passaram, e a banda lança mais um trabalho, o The System Has Failed. Após o The World Needs a Hero, no ano de 2002, Dave Mustaine sofreu uma séria lesão no nervo do braço esquerdo, o que o deixou impossibilitado de tocar guitarra por meses, chegando a anunciar o fim da banda. Durante o processo de recuperação, Mustaine começou a compor e gravar material solo. Ou seja, esse seria seu primeiro álbum solo, mas por pressão contratual da gravadora Sanctuary, foi lançado sob o nome Megadeth. A formação contou com a volta do guitarrista Chris Poland e a entrada do baixista Jimmie Lee Sloas e do baterista Vinnie Colaiuta. A produção foi feita por Jeff Balding, que deixou tudo mais direto e focado nos riffs. A sonoridade é limpa, mas com aquela agressividade. Os solos do Chris Poland trazem um pouco daquela vibe do Jazz Fusion. Já o repertório é bem legal, e as canções são bem mais energéticas. No fim, é um ótimo disco, porém subestimado.
Melhores Faixas: Die Dead Enough, Truth Be Told, Something That I'm Not
Vale a Pena Ouvir: The Scorpion, Of Mice And Men, Blackmail The Universe
United Abominations – Megadeth
NOTA: 5,7/10
Mais três anos se passaram, e eles lançam seu 11º álbum de estúdio, o United Abominations. Após o The System Has Failed, Dave Mustaine estava decidido a reconstruir o Megadeth como uma banda estável. Além disso, a banda assinou com a gravadora Roadrunner, depois de problemas com a Capitol e a Sanctuary. A formação foi refeita com o guitarrista Glen Drover, trazendo também o irmão dele, o baterista Shawn Drover, e o baixista James LoMenzo (ex-Black Label Society). A produção foi conduzida pelo próprio Dave Mustaine, com alguns pitacos do Jeff Balding e Andy Sneap, que deixaram tudo moderno e pesado, mas sem sacrificar a agressividade clássica. As guitarras são afiadas, a bateria é robusta e o baixo tem presença marcante. Só que, muitas vezes, percebe-se que há riffs muito repetitivos e uma imersão que fica bem arrastada. O repertório é muito irregular, com canções boas e outras bem sem graça. No fim, é um disco bem mediano e que faltou coesão.
Melhores Faixas: Play For Blood, Gears Of War, Washington Is Next!
Piores Faixas: Never Walk Alone... A Call To Arms, Blessed Are The Dead, United Abominations
Endgame – Megadeth
NOTA: 8/10
Mais um tempinho se passa, e o Megadeth lança mais um trabalho intitulado Endgame. Após o United Abominations, Dave Mustaine estava mais motivado a voltar aos tempos de ouro da banda, estando sóbrio, em forma e com uma nova arma secreta na manga: o guitarrista Chris Broderick, ex-Nevermore. A saída do Glen Drover não foi traumática, e a entrada do Broderick foi um divisor de águas. Em entrevistas da época, Mustaine disse que se sentia até tocando com alguém tão bom quanto Marty Friedman. A produção foi feita por ele junto de Andy Sneap, e eles deixaram o som limpo, afiado e pesado. Conseguiram unir a agressividade crua do Thrash Metal com uma clareza moderna, sem comprometer a intensidade dos riffs, que por sinal são totalmente afiados e se complementam bem com as linhas de baixo do James LoMenzo. O repertório é muito bom, e as canções são totalmente pesadas, com um encadeamento arrasador. Em suma, é um ótimo disco e bem arrasador.
Melhores Faixas: This Day We Fight!, Head Crusher
Vale a Pena Ouvir: Dialectic Chaos, How The Story Ends, 44 Minutes
Então é isso e flw!!!