sexta-feira, 25 de abril de 2025

Analisando Discografias - Shaman

                 

Ritual – Shaman





















NOTA: 9/10


Em 2002, o Shaman, que era a nova banda formada por ex-integrantes do Angra, lançava seu álbum de estreia, o Ritual. Depois de saírem do Angra, André Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori decidiram montar uma nova banda que tivesse uma sonoridade que misturasse o Power Metal com elementos progressivos, neoclássicos e étnicos, mas para isso precisavam de um guitarrista, então chamaram o irmão do Luis, Hugo Mariutti. O começo foi bem difícil, se não fosse o auxílio do empresário Paulo Baron, eles teriam desistido e tudo teria sido certamente um fiasco. A produção foi conduzida por Sascha Paeth junto com a banda, resultou em uma sonoridade polida, mas ao mesmo tempo orgânica, conseguindo dar espaço para os arranjos elaborados do André Matos, sem que a força das guitarras do Hugo Mariutti fosse diluída. O repertório é bem legal e as canções têm aquela vibe épica e poderosa. No fim, é um belo disco de estreia que deu bastante visibilidade. 

Melhores Faixas: For Tomorrow, Fairy Tale, Distant Thunder, Pride 
Vale a Pena Ouvir: Here I Am, Blind Spell

Reason – Shaman





















NOTA: 9,2/10


Três anos se passaram, e o Shaman lançou seu 2º álbum, o Reason, que trouxe uma abordagem interessante. Após o Ritual, eles enfrentaram a difícil missão de manter o mesmo nível artístico e conquistar ainda mais espaço no cenário internacional. Apesar de a turnê ter sido um sucesso, passando por Japão, Europa e América Latina, nesse novo trabalho buscaram amadurecer e expandir sua sonoridade. Com os temas indo para um lado mais sombrio, introspectivo e existencial. A produção foi conduzida novamente por Sascha Paeth junto com a própria banda, que optou por um som mais cru e denso. Os instrumentos têm mais peso, menos brilho, e os arranjos sinfônicos são mais discretos, mas cirúrgicos. Continuando no Power Metal, mas relembrando o Heavy Metal dos anos 80. O repertório é maravilhoso, e as canções são mais melódicas e agressivas. No geral, é um baita disco e uma evolução do seu antecessor. 

Melhores Faixas: Innocence, Turn Away, Reason, Trail Of Tears 
Vale a Pena Ouvir: Rough Stone, In The Night

Immortal – Shaman 





















NOTA: 8,2/10


O tempo passou, e a banda lançou seu 3º disco, intitulado Immortal, que trouxe várias mudanças. Após o Reason, André Matos, Luis Mariutti e Hugo Mariutti saíram, já que André decidiu partir para uma carreira solo. Então, o baterista Ricardo Confessori foi o único que sobrou, assumindo a liderança da banda e recrutando Thiago Bianchi (vocais), Leo Mancini (guitarra) e Fernando Quesada (baixo), mantendo o nome Shaman, apesar dos fãs "debiloides" não concordarem, pois achavam que isso não tinha mais a ver com toda a proposta que André tinha. A produção foi conduzida pelo próprio Ricardo Confessori, que deixou tudo limpo, robusto e poderoso, com destaque para os timbres de guitarra, que ficaram mais pesados e modernos do que nunca, enquanto os vocais do Bianchi exploram grande variação de tons, com drive, rasgados e momentos melódicos. O repertório é bem interessante, com canções bastante diversificadas. Enfim, é um bom disco e muito subestimado. 

Melhores Faixas: In The Dark, Inside Chains 
Vale a Pena Ouvir: Immortal, Freedom, Strength

Origins – Shaman





















NOTA: 2,8/10


Em 2010, eles voltaram lançando mais um trabalho, intitulado Origins, que trouxe muitos problemas. Após o Immortal, este é um álbum conceitual que traz a história do Amagat, um guerreiro nascido em uma tribo na longínqua Sibéria, lar dos primeiros xamãs. A obra busca equilibrar a tradição do Power Metal com influências Folk, oferecendo uma experiência sonora rica e diversificada. A produção, feita pela própria banda, ficou mais refinada em comparação ao álbum anterior, apresentando sons mais definidos e amplos, com guitarras técnicas, baterias precisas e vocais expressivos. Além disso, inclui elementos acústicos e arranjos sinfônicos, mas tudo isso acaba tornando o disco arrastado, parecendo que eles estão repetindo os arranjos o tempo todo. O repertório é fraco, com poucas canções interessantes e o restante soando insuportável. Em suma, é um disco péssimo e totalmente inexpressivo. 

Melhores Faixas: Blind Messiah, Rising Up To Life 
Piores Faixas: S.S.D (Signed Sealed And Delivered), No Mind, Finally Home, Inferno Veil

Rescue – Shaman





















NOTA: 2,5/10


Então, se passaram onze anos até a banda lançar seu último álbum, o Rescue. Após o chatíssimo Origins, o Shaman acabou chegando ao fim. Porém, em 2018, aconteceu a reunião da formação clássica, mas ela não durou muito tempo devido à morte do André Matos. Determinados a honrar seu legado, Ricardo Confessori, Hugo Mariutti, Luis Mariutti e Fábio Ribeiro decidiram continuar. Para isso, convidaram Alírio Netto, conhecido por seu trabalho no Age of Artemis, para assumir os vocais. A produção foi conduzida por Sascha Paeth, que trouxe aquela sonoridade refinada e totalmente polida dos primeiros trabalhos, com toda a abordagem do Power Metal fundida com influências neoclássicas. Só que tudo é muito manjado e com um encadeamento que chega a ser totalmente tedioso, fora que Alírio Netto se perde bastante em sua vocalização. O repertório é fraquíssimo, as canções são bem genéricas e poucas se salvam. No final, o disco é péssimo e marca o fim da banda. 

Melhores Faixas: Don’t Let It Rain, Resilience 
Piores Faixas: The Final Rescue, The "I" Inside, Gone Too Soon, The Boundaries Of Heaven

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