segunda-feira, 26 de maio de 2025

Analisando Discografias - Jeremy Enigk: Parte 2

                   

OK Bear – Jeremy Enigk





















NOTA: 8/10


Dois anos se passaram, e foi lançado seu 4º trabalho solo, intitulado Ok Bear, que é bem mais simples. Após o The Missing Link, Jeremy Enigk envolveu-se com outros projetos musicais e cinematográficos. Porém, ele decidiu fazer um projeto que retornasse à intensidade crua e à emoção direta, com uma sonoridade mais orgânica e despojada do que seus dois primeiros discos. A produção, conduzida por Ricky Falkner e Santi Garcia, enveredou por um caminho mais visceral e direto, especialmente dentro do Rock alternativo e Indie europeu. A escolha por gravar com uma banda que não era a habitual do Jeremy trouxe um elemento de espontaneidade. Os arranjos, em vez de dependerem de minuciosa orquestração, são muito mais baseados em guitarra, bateria e baixo, com texturas ocasionais de teclados e efeitos discretos. O repertório é bem interessante, com canções bastante variadas e até atmosféricas. Enfim, é um trabalho coeso e expressivo. 

Melhores Faixas: April Storm, Same Side Imaginary 
Vale a Pena Ouvir: Late Of Camera, Make Believe, Sandwich Time

Ghosts – Jeremy Enigk





















NOTA: 3/10


Foi apenas em 2017 que mais um trabalho dele foi lançado, o último até o momento, intitulado Ghosts. Após o OK Bear, Jeremy Enigk praticamente desapareceu da mídia musical, embora tenha mantido um círculo de fãs dedicados. Esse projeto foi financiado por crowdfunding via PledgeMusic, um reflexo direto das mudanças na indústria fonográfica, mas também da relação íntima e direta com seu público. Esse modelo de financiamento fortaleceu ainda mais o vínculo artístico com seus ouvintes. A produção foi conduzida novamente por Santi Garcia, desta vez ao lado do Mike Reina, e seguiu por um caminho totalmente introspectivo, com uma abordagem orquestral minimalista. O foco está nas camadas de teclados e guitarras suaves, só que tudo acabou ficando muito arrastado, com ecos que mais incomodam do que complementam. O repertório é fraquíssimo, e as canções são bem chatas, com poucas se salvando. No final, é um disco ruim e totalmente mal caracterizado. 

Melhores Faixas: The Long Wait Is Over, Amazing Worlds 
Piores Faixas: Sacred Fire, Days Design, Empty Row, Onaroll
  

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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