terça-feira, 27 de maio de 2025

Analisando Discografias - Peter Tosh: Parte 2

                   

Mama Africa – Peter Tosh





















NOTA: 9/10


Mais dois anos se passam e ele volta lançando mais um trabalho novo, o Mama Africa. Após o Wanted Dread & Alive, Peter Tosh firmou um contrato com a gravadora EMI. Na época, o Reggae começava a ser globalizado e perceberam que Tosh buscava levar suas mensagens além das fronteiras jamaicanas, abraçando elementos mais Pop e acessíveis, sem perder sua contundência. Apostaram nele, vendo que poderia se destacar pouco tempo após a morte de Bob Marley. A produção foi conduzida por ele junto com Chris Kimsey, e ambos buscaram equilibrar a sonoridade Roots com uma estética mais limpa. Os arranjos são ricos em metais, teclados e backing vocals femininos, elementos que suavizam, em parte, a dureza das letras. A presença de sintetizadores discretos e grooves mais dançantes também denota uma tentativa de modernizar o gênero. O repertório é muito bom e as canções são mais atmosféricas e suavizadas. No fim, é outro disco ótimo e muito coeso. 

Melhores Faixas: Johnny B. Goode, Glasshouse, Where You Gonna Run, Maga Dog 
Vale a Pena Ouvir: Stop That Train, Mama Africa

No Nuclear War – Peter Tosh





















NOTA: 7/10


Então chega o fatídico ano de 1987, quando foi lançado o último álbum de Peter Tosh, o No Nuclear War. Após o Mama Africa, ele decidiu reunir tudo o que defendia: militância política, anticolonialismo, denúncia contra o imperialismo ocidental e defesa da paz global, desta vez com ênfase especial no perigo da guerra nuclear. A produção foi feita pelo cantor junto com sua esposa, Marlene Tosh, adotando uma abordagem mais moderna e polida, com uso de sintetizadores, efeitos digitais e bateria eletrônica. Os arranjos são limpos, e as composições foram claramente pensadas para ter apelo internacional, o que descaracterizou muita coisa do encadeamento, já que muitas das influências Roots acabam sendo suprimidas. O repertório é bom, com canções interessantes, mas algumas são mais fracas. Logo após, ocorreu seu assassinato brutal em sua casa em Kingston, na Jamaica, o que chocou a todos. Apesar disso, seu último trabalho é bom, embora seja o mais fraco. 

Melhores Faixas: Testify, Fight Apartheid, Come Together 
Piores Faixas: In My Song, Vampire
  

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...