segunda-feira, 30 de junho de 2025

Analisando Discografias - John Frusciante: Parte 1

                 

Niandra LaDes And Usually Just A T-Shirt – John Frusciante



















NOTA: 7/10


Em 1994, John Frusciante lançava seu 1º trabalho solo, o Niandra LaDes and Usually Just a T-Shirt. Após o lançamento de Blood Sugar Sex Magik, ele sentiu o peso do estrelato e uma profunda crise de identidade artística. Como sua musicalidade era mais voltada à introspecção, ao surrealismo e à vanguarda, passou a rejeitar o sucesso e entrou em um período de isolamento. Abandonando a banda e se refugiou em sua casa em Venice, Califórnia, onde gravou dezenas de fitas cassete com músicas experimentais. A produção, feita por ele mesmo, seguiu uma estética Lo-fi, cheia de chiados, distorções acidentais, gravações imperfeitas e com ele tocando todos os instrumentos, deixando tudo orgânico e cru, numa mistura de Slacker Rock e Avant-folk. O repertório é dividido em duas partes, sendo a primeira com composições interessantes e a segunda com improvisações esquisitas que até se encaixam no contexto. Enfim, é um disco até que legal, mas que não é fácil de entender. 

Melhores Faixas: Running Away Into You, My Smile Is A Rifle, Mascara, Your Pussy's Glued To A Building On Fire, Untitled #2, Untitled #6 
Piores Faixas: Been Insane, Untitled #3, Untitled #11, Untitled #10

Smile From The Streets You Hold – John Frusciante





















NOTA: 2/10


Três anos se passaram e foi lançado seu 2º álbum solo, o Smile From the Streets You Hold, que é digno de dar pena. Após o Niandra LaDes and Usually Just a T-Shirt, John Frusciante mergulhou num colapso físico, mental e espiritual. Sofrendo com o vício em heroína e crack, viveu de forma reclusa e decadente, chegando a sofrer cinco overdoses, e basicamente isso aqui foi lançado apenas para conseguir dinheiro para sustentar seu vício. A produção, conduzida novamente por ele mesmo, foi realizada em seu apartamento e em estúdios precários. Sendo gravado em fitas cassete e em quatro canais, de forma extremamente rudimentar. O áudio apresenta ruídos, falhas, distorções, microfonias acidentais, desafinações e até sons de respiração ofegante, tosses e soluços, e logicamente segue estética Lo-fi, só que tudo é muito agoniante. Reflete num repertório horrível, que até tem canções interessantes, mas não dá. Enfim, é até ruim falar, porque esse álbum é terrível. 

Melhores Faixas: Poppy Man, I'm Always 
Piores Faixas: Life's A Bath, Nigger Song, Estress, Smile From The Streets You Hold, I May Again Know John

To Record Only Water For Ten Days – John Frusciante





















NOTA: 8,7/10


Então entra nos anos 2000 e foi lançado mais um disco de John Frusciante, o To Record Only Water for Ten Days. Após o delicado Smile From the Streets You Hold, Frusciante saiu do fundo do poço entre 1997 e 1998, passou por reabilitação e retornou triunfalmente ao Red Hot Chili Peppers em 1999 para gravar o sucesso Californication. Essa fase marcou uma reorientação total em sua vida: espiritualidade, disciplina, sobriedade e uma nova concepção de arte, decidindo fazer um trabalho que mostrasse toda a sua redenção e seu lado mais emocional. A produção, como sempre conduzida por ele mesmo, seguiu aquela estética Lo-fi, com o uso de bateria eletrônica, sintetizadores simples, efeitos analógicos, sua inconfundível guitarra limpa e atmosférica, e vocais com algumas semitonações que, apesar de tudo, conseguem funcionar. O repertório é bem legal, e as canções são todas leves e intimistas. No fim, é um belo disco e extremamente puro. 

Melhores Faixas: Going Inside, Murderers, With No One 
Vale a Pena Ouvir: Moments Have You, The First Season, Ramparts, Remain

Shadows Collide With People – John Frusciante





















NOTA: 9/10


Três anos se passaram e foi lançado seu 4º álbum de estúdio, o Shadows Collide With People. Após o To Record Only Water for Ten Days, John Frusciante viveu um renascimento pessoal e artístico. Com um estilo cada vez mais melodioso e limpo, ele se aprofundou em estudos sobre espiritualidade, consciência, arte sonora e começou a colaborar com Josh Klinghoffer. Decidiu fazer com que suas ideias sonoras ganhassem um tratamento de estúdio profissional, sem perder a essência crua e espiritual de seu estilo. A produção, feita como sempre pelo próprio guitarrista, seguiu por um caminho mais refinado, com tudo bem mixado, mas sem ser polido ao ponto de apagar a fragilidade ou espontaneidade das performances. O resultado é uma sonoridade típica de um Art Rock com influências alternativas, e tudo isso ganhou respaldo da Warner. O repertório é muito bom, e as canções são bem dinâmicas e leves. Em suma, é um trabalho incrível e relaxante. 

Melhores Faixas: Wednesday's Song, Regret, In Relief, The Slaughter, Ricky, This Cold 
Vale a Pena Ouvir: Cut-Out, Song To Sing When I'm Lonely, Second Walk

The Will To Death – John Frusciante




















NOTA: 8,4/10


No ano seguinte, foi lançado mais um trabalho novo do Frusciante, o The Will to Death. Após o Shadows Collide With People, o guitarrista sentiu que a produção profissional e o número excessivo de overdubs estavam afastando-o da essência natural da arte. Inspirado por princípios minimalistas e espirituais, ele decidiu mudar radicalmente sua abordagem criativa. Assim, surgiu a ideia de gravar seis álbuns solo em seis meses, com o mínimo de takes, overdubs e edição. A produção foi feita com equipamentos simples, com takes diretos e mínima pós-produção. A estética é intencionalmente Lo-fi, com instrumentos levemente desafinados, vocais crus e gravações que muitas vezes parecem ensaios. Frusciante toca guitarra, baixo e canta, enquanto seu parceiro Josh Klinghoffer atua na bateria, teclados e algumas guitarras. O repertório é bem interessante, e as canções ficaram mais melódicas e introspectivas. No fim, é um disco bom e que marca um retorno à sua fórmula tradicional. 

Melhores Faixas: The Will To Death, A Loop, Wishing 
Vale a Pena Ouvir: The Days Have Turned, An Exercise, Far Away
  

    É isso, então flw!!!       

Review: Helen Burns do Flea

                     

Helen Burns – Flea





















NOTA: 8/10


Em 2012, Flea, do Red Hot Chili Peppers, lançou seu único projeto solo até então, no formato EP: Helen Burns. Após a turnê do Stadium Arcadium, os membros da banda tomaram rumos temporariamente distintos. Flea, sempre inquieto musicalmente, ingressou em aulas de teoria musical na USC (University of Southern California), onde ampliou seus horizontes, mergulhando em música clássica, teoria harmônica e composição orquestral. Foi nesse contexto que nasceu um projeto conceitual e profundamente pessoal, criado mais como um experimento artístico. A produção, conduzida por ele junto com Chris Warren, foi bem minimalista e artesanal. Muitos dos instrumentos são tocados pelo próprio Flea, como piano, melodica, sintetizador e afins. A abordagem é bastante experimental, com influências do Nu Jazz, Avant-Garde e música ambiente. O repertório é bem curto, com seis faixas muito interessantes. Enfim, é um trabalho muito bom e que não merece ser ignorado. 

Melhores Faixas: A Little Bit Of Sanity, Pedestal Of Infamy 
Vale a Pena Ouvir: 333

Analisando Discografias - Chris Cornell: Parte 2

                 

Higher Truth – Chris Cornell





















NOTA: 6/10


Seis anos se passaram e Chris Cornell lançava seu último trabalho em vida, o Higher Truth. Após o horroroso Scream, ele seguiu sua jornada solo com coragem artística, retornando às raízes mais acústicas e introspectivas no álbum ao vivo Songbook, de 2011. Esse momento marcou uma virada importante, pois Cornell parecia mais interessado na introspecção, na melodia crua e no poder das canções sem adornos excessivos, e tudo isso serviu como base para seu próximo projeto solo. A produção, conduzida por Brendan O’Brien, foi propositalmente esparsa e direta: violões acústicos dominam a paisagem sonora, acompanhados por cordas suaves e percussões contidas. O foco absoluto está na voz dele, que casa muito bem com as melodias, apesar de tudo soar bastante repetitivo e com muitos arranjos genéricos. O repertório até começa bem, mas depois traz canções excessivamente melancólicas. Enfim, é uma pena que seu último trabalho tenha sido tão mediano. 

Melhores Faixas: Nearly Forgot My Broken Heart, Higher Truth, Dead Wishes, Circling 
Piores Faixas: Josephine, Worried Moon, Let Your Eyes Wander, Before We Disappear

No One Sings Like You Anymore – Chris Cornell





















NOTA: 8/10


Só que, em 2020, foi lançado um trabalho póstumo de Chris Cornell, o No One Sings Like You Anymore. Após o Higher Truth, como já sabemos, ele infelizmente veio a falecer tragicamente em 2017. Porém, um ano antes, em paralelo à turnê com o Soundgarden, Cornell trabalhou secretamente em um projeto pessoal: um álbum só de covers de artistas que o inspiraram, reimaginando as canções à sua maneira. O título do disco, é uma referência direta à letra da icônica Black Hole Sun, quase como um epitáfio poético. A produção foi feita por Brendan O’Brien, que optou por um lado minimalista, com foco total na voz, que aqui soa íntima, crua e poderosa. O’Brien toca diversos instrumentos, como guitarra, baixo, teclados e bateria, criando camadas sutis para toda essa abordagem de Rock acústico com Folk, assim como no disco anterior. O repertório ficou muito bom, e todas as faixas foram bem interpretadas. No geral, é um álbum bacana e muito competente. 

Melhores Faixas: Patience (Guns N' Roses), Watching The Wheels (John Lennon)
Vale a Pena Ouvir: Get It While You Can (Janis Joplin), To Be Treated Rite (Terry Reid), Showdown (Electric Light Orchestra)

domingo, 29 de junho de 2025

Review: Aruanda do Senndy

                     

Aruanda – Senndy





















NOTA: 8,6/10


E também recentemente foi lançado o álbum de estreia do Senndy, intitulado Aruanda. Após o lançamento do É Quem?, ele fez uma pausa rápida e depois voltou a aparecer em outros projetos, sendo que um dos que mais lhe deram visibilidade foi, certamente, sua participação no On The Radar. Fora isso, ele decidiu trabalhar em seu 1º álbum, e aqui seguiu um caminho mais abrangente, com um conceito cujo título remete a uma palavra presente nas religiões de matriz africana, compreendida como o céu ou uma dimensão espiritual de paz e sabedoria. A produção foi, como sempre, recheada de nomes como 6ee, Luk The Real, Nagalli e outros, com beats limpos, baixos sintéticos e uma atmosfera que equilibra o urbano e o espiritual, transitando entre o Trap tradicional, elementos de Detroit, R&B, Goofy e até Funk. O repertório é muito bom, com canções divertidas e que têm profundidade. Em suma, é um belo trabalho que mostra uma evolução. 

Melhores Faixas: Faço o Meu, BBL, Promessa, Dandara (Afrobeat com Teto muito bem-feito)
Vale a Pena Ouvir: Foco, Aruanda (Alee até que foi bem), A culpa não é sua (boa feat do Vulgo FK), Nove, Lado a Lado

                                                         Então é isso e flw!!!       

Review: Eu Venci o Mundo do Veigh

                     

Eu Venci O Mundo – Veigh





















NOTA: 7,7/10


Recentemente, Veigh lançou seu 3º álbum, o EVOM (Eu Venci o Mundo), que segue um caminho mais comercial. Após o Dos Prédio Deluxe, o rapper se consolidou como um dos maiores nomes do Trap nacional; além disso, sua gravadora, a Supernova Ent, se estabeleceu no mercado e ele passou a abrir espaço para seus amigos entrarem na cena. Até que ele começou a planejar esse novo trabalho com uma proposta mais abrangente. A produção foi bem diversificada, contando com nomes já conhecidos como Nagalli, Honaiser e Galdino, além de trazer Timbaland em uma das faixas. A estética sonora é minimalista e elegante, mesclando Trap com R&B contemporâneo e, em alguns momentos, Funk dos anos 2000. As transições se encaixam bem nas beats mais introspectivos, apesar de certa reciclagem estilística. O repertório é interessante, com canções que se destacam e outras mais descartáveis. Em suma, é um álbum bom, mas que poderia ter mais consistência. 

Melhores Faixas: Visões, Mônaco Freestyle, Hiperfoco, Filho da Promessa, Influencie 
Piores Faixas: Artista Genérico, Belieber, Taylor

Analisando Discografias - Chris Cornell: Parte 1

                  

Euphoria Morning – Chris Cornell





















NOTA: 9/10


Em 1999, foi lançado o primeiro trabalho solo de Chris Cornell, o Euphoria Morning, que seguia uma linha mais melódica. Após o lançamento do Down on the Upside, o Soundgarden encerrou suas atividades, o que deixou Chris completamente abalado. Somado à morte do amigo Jeff Buckley e ao agravamento de problemas com álcool, ele buscou canalizar sua dor e transformação em um trabalho solo mais introspectivo. O título original seria Euphoria Mourning (uma justaposição poética entre “êxtase” e “luto”), mas por pressão da gravadora, foi alterado. A produção foi conduzida por ele mesmo, junto com Natasha Shneider e Alain Johannes, que também participaram ativamente da instrumentação e da composição. Aqui, a sonoridade segue por um caminho mais psicodélico e barroco, com influências do Rock alternativo, Folk e Blues. O repertório é muito bom, com canções profundas e de tom leve. Enfim, é um ótimo disco, bastante humano. 

Melhores Faixas: Follow My Way, Sweet Euphoria, Can't Change Me 
Vale a Pena Ouvir: Steel Rain, Mission, Disappearing One, Preaching The End Of The World

Carry On – Chris Cornell





















NOTA: 8,3/10


Foi só em 2007 que foi lançado seu 2º álbum solo, intitulado Carry On, seguindo uma linha mais intimista. Após o Euphoria Morning, Chris Cornell voltou aos holofotes como frontman do Audioslave. Contudo, à medida que o tempo passava, ficava claro que o vocalista buscava expressar-se artisticamente com mais liberdade, algo que o ambiente coletivo da banda começava a limitar. Logo após sua saída, Cornell decidiu retomar sua carreira solo com um disco ambicioso, diverso em estilo e emocionalmente carregado. A produção foi conduzida por Steve Lillywhite, e a sonoridade ficou mais polida, expansiva e variada em gêneros do que qualquer outro trabalho anterior de Cornell. Dá ainda para perceber elementos do Rock alternativo, com influências da Soul music, Blues, Pop e Country, e, com isso, tudo flui de forma relativamente coesa. O repertório é interessante, com canções profundas e algumas até ousadas. Enfim, é um disco consistente e bastante subestimado. 

Melhores Faixas: Killing Birds, Arms Around Your Love 
Vale a Pena Ouvir: Your Soul Today, Safe And Sound, You Know My Name, Finally Forever

Scream – Chris Cornell





















NOTA: 2/10


Aí se passam dois anos, e foi lançado mais um álbum de Chris Cornell, o Scream. Após o Carry On, Cornell buscava romper com as expectativas e desafiar os limites do que se esperava dele como artista. Entre 2008 e 2009, iniciou uma colaboração inusitada com o produtor Timbaland, conhecido por seus trabalhos com Justin Timberlake e Nelly Furtado. O objetivo era radical: fazer um álbum conceitual, com batidas de R&B, synths e sonoridades urbanas. A produção, feita por ele com colaborações de Jim Beanz e Ryan Tedder, foi realizada de forma apressada. Os arranjos são densamente eletrônicos, com uso pesado de programação, camadas digitais, vocais tratados, beats quebrados e atmosferas sintéticas, mas tudo ficou tão sem forma que faz Chris Cornell parecer um intruso em um álbum do Akon. O repertório é terrível, com canções ridículas, embora algumas se salvem. Enfim, é um trabalho horroroso e uma mancha podre em sua carreira. 

Melhores Faixas: Scream, Take Me Alive 
Piores Faixas: Sweet Revenge, Climbing Up The Walls, Time, Watch Out, Never Far Away


Analisando Discografias - Audioslave

                  

Audioslave – Audioslave





















NOTA: 1,5/10


Em 2002, foi lançado o álbum de estreia autointitulado do supergrupo Audioslave. Em 2000, o Rage Against the Machine perdeu seu vocalista, Zack de la Rocha, o que deixou os membros restantes (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) sem um frontman. Simultaneamente, Chris Cornell estava no período pós-Soundgarden, lidando com problemas pessoais, mas ainda tinha muito a oferecer artisticamente. O produtor Rick Rubin, que já havia trabalhado com ambos os lados, sugeriu a união, e, embora parecesse improvável que funcionasse, aconteceu justamente o contrário. Com isso, eles produziram este disco, valorizando tanto os riffs robustos e criativos do Tom Morello quanto os vocais intensos e emotivos do Chris Cornell. A sonoridade mescla Hard Rock com Post-Grunge, porém tudo fica muito arrastado e bastante tedioso. O repertório é ruim, com canções repetitivas e chatas. No final, é um disco péssimo e que não apresenta nada de inovador. 

Melhores Faixas: (....................) 
Piores Faixas: I Am The Highway, Getaway Car, Shadow On The Sun, Like A Stone, Gasoline

Out Of Exile – Audioslave





















NOTA: 1/10


Três anos depois, foi lançado o 2º álbum da banda, intitulado Out of Exile, que seguiu uma linha mais emocional. Apesar do sucesso do disco de estreia, que emplacou vários hits, o Audioslave ainda era visto como um projeto em formação. Para este novo trabalho, a banda buscava mais coesão, maturidade e autenticidade. Além disso, Chris Cornell estava sóbrio após superar problemas com álcool e drogas, o que se refletiu tanto na energia quanto na profundidade lírica de suas composições. A produção foi conduzida novamente por Rick Rubin, em parceria com a banda, que seguiu um som mais melódico e com maior presença de grooves. Os riffs do Tom Morello foram bastante nerfados, e aquele lado experimental foi controlado. Ainda assim, o resultado permaneceu arrastado e tedioso, marcado por uma falta de precisão. O repertório é fraco, com canções repetitivas e bastante cansativas. No fim, é um disco pavoroso, que regrediu em relação à estreia. 

Melhores Faixas (..................................) 
Piores Faixas: The Curse, Out Of Exile, Man Or Animal, Dandelion, Your Time Has Come, The Worm

Revelations – Audioslave





















NOTA: 1/10


No ano seguinte, foi lançado o terceiro e último álbum da banda (graças a Deus!), o Revelations. Após o Out of Exile, o Audioslave alcançava seu auge comercial, além do feito histórico de se tornar a primeira banda americana a tocar em Cuba, com um show gratuito para mais de 70 mil pessoas. No entanto, havia tensão nos bastidores. Enquanto esse projeto estava em desenvolvimento, Chris Cornell já planejava um novo álbum solo, e os demais membros cogitavam um retorno do Rage Against the Machine. Dessa vez, a produção ficou a cargo do Brendan O’Brien, que trouxe um som mais refinado, com maior ênfase nos grooves e texturas, e menos foco no peso bruto. A banda enveredou por uma sonoridade com influências do Funk Rock dentro da sua abordagem alternativa. Porém, tudo acabou ficando bastante repetitivo e totalmente sem graça. O repertório é terrível, e as canções são um verdadeiro tédio. Enfim, este disco sintetiza bem a discografia da banda: péssima. 

Melhores Faixas: (.............sinceramente gente eu esperava mais..................) 
Piores Faixas: Original Fire, Moth, Wide Awake, One And The Same, Sound Of A Gun


sábado, 28 de junho de 2025

Analisando Discografias - Wolfsbane

                 

Live Fast, Die Fast – Wolfsbane





















NOTA: 2,5/10


Em 1989, foi lançado o álbum de estreia da banda Wolfsbane, o Live Fast, Die Fast. Formada em 1984, em Tamworth, Inglaterra, por Blaze Bayley (vocais), Jason Edwards (guitarra), Jeff Hateley (baixo) e Steve Danger (bateria), em um momento em que a New Wave of British Heavy Metal já havia dado lugar a outros movimentos, como o Thrash Metal e a explosão do Glam Metal/Hard Rock farofa. A banda até que conseguiu uma certa visibilidade no cenário underground, onde fechou contrato com a Def American Recordings. A produção foi conduzida por Rick Rubin, só que ele manteve um distanciamento criativo e técnico da produção real, que acabou sendo conduzida principalmente por engenheiros de som. O resultado é um disco com produção crua e orgânica, só que trazendo um Heavy Metal manjado e sem graça, com um repertório fraquíssimo e as canções sendo bem genéricas, com poucas se salvando. Enfim, é um disco ruim e sem direcionamento. 

Melhores Faixas: I Like It Hot, Pretty Baby 
Piores Faixas: Greasy, Shakin’, All Or Nothing, Fell Out Of Heaven

Down Fall The Good Guys – Wolfsbane






















NOTA: 2,7/10


Então, dois anos se passaram e o Wolfsbane lançou seu 2º álbum, o Down Fall the Good Guys. Após o Live Fast, Die Fast, a banda conseguiu consolidar uma base de fãs graças à sua energia crua, senso de humor debochado e apresentações ao vivo explosivas. Só que eles decidiram fazer algo bem mais coeso e técnico, seguindo mais as influências do Hard Rock e do Heavy Metal tradicional. A produção foi conduzida por outro nome conhecido, apesar de ainda ser apenas um produtor promissor, Brendan O'Brien, que adotou uma abordagem mais limpa, balanceada e muito mais refinada. E, apesar de haver riffs até que precisos e os vocais do Blaze Bayley estarem bem mais amplos, tudo continuou bastante manjado e parecendo algo que foi pego emprestado do Motörhead. O repertório é muito ruim, com canções chatíssimas e sem graça, tendo mais uma vez apenas algumas que são legais. Mas, enfim, é outro trabalho péssimo e com os mesmos problemas. 

Melhores Faixas: Twice As Mean, Smashed And Blind 
Piores Faixas: Ezy, The Loveless, Dead At Last, Broken Doll, Black Lagoon

Wolfsbane – Wolfsbane





















NOTA: 1/10


Em 1994, foi lançado o 3º álbum deles, autointitulado, que trouxe a mesma fórmula de sempre. Após o Down Fall the Good Guys, mesmo sendo considerados grandes promessas do Rock britânico, impulsionadas pela figura magnética do Blaze Bayley nos vocais, a banda enfrentava dificuldades. No entanto, após uma série de turnês, mudanças na indústria musical e pouca atenção da mídia mainstream, acabaram sem contrato com a gravadora Def American. Foi nesse período que decidiram gravar e lançar esse trabalho de forma independente, com controle criativo total. A produção foi conduzida pela banda junto com Simon Efemey, e seguiram para um tom mais denso e atmosférico, mantendo o peso e a urgência característicos, mas com um foco maior em camadas sonoras, melodias elaboradas e variações de clima. Só que tudo continuou muito manjado e repetitivo. O repertório é horrível, e as canções são todas péssimas. No final, é outro disco terrível, só que este sendo o pior. 

Melhores Faixas: (.............................) 
Piores Faixas: My Face, Black Machine, Violence, Beautiful Lies

Wolfsbane Save The World – Wolfsbane





















NOTA: 3/10


Foi só em 2012 que eles retornaram lançando mais um disco, e último até então, o Wolfsbane Save the World. Após o álbum de 1994, a banda entrou em hiato indefinido, provocado principalmente pela saída do Blaze Bayley para assumir como vocalista do Iron Maiden, o que, como já sabemos, não deu certo, então cada um seguiu seu caminho. Só que durante a metade dos anos 2000, a banda retornou com alguns shows e, vendo que poderiam tentar fazer algo novo, decidiram lançar mais um trabalho (que tristeza). A produção ficou a cargo do Jason Edwards, guitarrista da banda, e eles seguiram uma temática parecida com a dos dois primeiros trabalhos, sendo bem cru e despojado, e assim a instrumentação até que é bem executada, porém, novamente, tudo é bastante repetitivo. Já o repertório é bem fraquinho, com algumas canções interessantes, só que a maioria é muito ruim. Enfim, é um disco bem ruinzinho, só que foi o mais competente deles. 

Melhores Faixas: Smoke And Red Light, Everybody's Looking For Something Baby, Live Before I Die 
Piores Faixas: Who Are You Now, Starlight, Did It For The Money, Teacher


                                                          Então é isso e flw!!!     

Analisando Discografias - Blaze Bayley

                  

Silicon Messiah – Blaze





















NOTA: 8,3/10


Em 2000, foi lançado o 1º disco do Blaze Bayley, o Silicon Messiah, que trouxe coisas muito interessantes. Após o lançamento da porcaria do Virtual XI, com a volta de Bruce Dickinson ao Iron Maiden e a reunião da formação clássica, Blaze ficou sem banda e decidiu formar seu próprio projeto. Seu objetivo era claro: provar que poderia seguir em frente e consolidar uma carreira solo, apresentando um som sincero. Formou uma banda com os guitarristas Steve Wray e John Slater, o baixista Rob Naylor e o baterista Jeff Singer. A produção ficou a cargo de Andy Sneap, que entregou um som poderoso, limpo e contemporâneo, destacando as guitarras e a performance vocal do Blaze. O álbum traz uma sonoridade do Heavy Metal tradicional com elementos progressivos, além de evidenciar as influências do Maiden e dos tempos do Wolfsbane. O repertório é incrível, e as canções são todas pesadíssimas e melódicas. Em suma, é um baita disco, uma verdadeira redenção. 

Melhores Faixas: The Brave, Silicon Messiah, The Launch, Ghost In The Machine 
Vale a Pena Ouvir: Reach For The Horizon, Identity, Born As A Stranger

Tenth Dimension – Blaze





















NOTA: 8,3/10


Dois anos depois, foi lançado o 2º álbum deles, intitulado Tenth Dimension, que trouxe poucas mudanças. Após o Silicon Messiah, Blaze Bayley começava a construir uma nova reputação como artista solo. Se o 1º álbum foi uma espécie de declaração de independência após sua saída do Iron Maiden, aqui ele decidiu ir além da fórmula do disco de estreia e criar uma obra conceitual, com forte carga lírica e filosófica. A produção, feita novamente por Andy Sneap, é nítida, poderosa e refinada, destacando os vocais intensos e as guitarras densas, além de passagens instrumentais mais progressivas. Misturando Heavy Metal com atmosferas futuristas, deixando tudo mais dinâmico e encadeado. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem melódicas e profundas. Enfim, é um ótimo disco, que segue por um caminho mais complexo e consistente. 

Melhores Faixas: The Tenth Dimension, Stealing Time, Land Of The Blind 
Vale a Pena Ouvir: Leap Of Faith, Speed Of Light, Kill And Destroy

Blood & Belief – Blaze





















NOTA: 5/10


Então, em 2004, ele retorna lançando mais um disco, o Blood & Belief, que foi um pouco mais reprimido. Após o Tenth Dimension, Blaze Bayley já havia provado ser mais do que apenas "o ex-vocalista do Iron Maiden". Sua carreira solo apresentava uma linha coesa do Metal tradicional com elementos progressivos, destacando letras introspectivas e existenciais. Só que ele começou a enfrentar sérias dificuldades pessoais, incluindo problemas com álcool, saúde mental e conflitos internos na banda. A produção foi aquela mesma de sempre, mas com uma abordagem sonora mais orgânica e emocionalmente crua, abandonando as partes das experimentações progressivas para focar numa catarse emocional através do Heavy Metal puro. Só que tudo ficou muito desequilibrado e repetitivo, fora que os integrantes novos não se encaixaram. O repertório é bem irregular, tendo canções legais e outras que são bem descartáveis. No fim, é um disco mediano e sem coesão. 

Melhores Faixas: Life And Death, Alive, Soundtrack Of My Life 
Piores Faixas: The Path & The Way, Tearing Yourself To Pieces, Hollow Hand


Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...