quarta-feira, 16 de julho de 2025

Analisando Discografias - Ash: Parte 2

                  

Kablammo! – Ash





















NOTA: 3/10


Aí, pulando para 2015, o Ash retornou lançando mais um disco: o contido Kablammo!. Após o Twilight of the Innocents, a banda anunciou que não lançaria mais álbuns completos, optando por singles e EPs, uma estratégia que culminou no projeto A–Z Series (2009–2010), com 26 músicas lançadas ao longo de um ano. Algo que foi um completo tiro no pé, já que quase nenhuma teve impacto suficiente para se tornar um grande hit. No entanto, o desejo de voltar ao álbum como forma de expressão mais coesa levou à criação desse trabalho. Com produção conduzida pela banda junto do Claudius Mittendorfer, a sonoridade foi uma tentativa de resgatar o espírito energético dos primeiros discos, mas também incorpora a maturidade e a melodia desenvolvidas em álbuns posteriores. Mas ficando bem repetitivo, com um excesso de arranjos reutilizados, tornando-se insuportável. O repertório é muito fraco, com canções chatíssimas e poucas interessantes. Enfim, é um trabalho ruim e sem foco. 

Melhores Faixas: Go! Fight! Win!, Machinery, Shutdown 
Piores Faixas: For Eternity, Evel Knievel, Hedonism, Dispatch

Islands – Ash





















NOTA: 6/10


Três anos depois, foi lançado o 7º álbum de estúdio do Ash, intitulado Islands, que seguiu por um lado quase indie. Após o Kablammo!, o vocalista Tim Wheeler passou por um término de relacionamento antes da composição do disco. Para processar essa experiência, viajou por diversos locais exóticos e isolados, incluindo o Japão, a Indonésia e a ilha do Naoshima, o que inspirou o título e a temática central: isolamento, perda, cura e reinvenção. Novamente, a própria banda, junto com Claudius Mittendorfer, produziu esse trabalho, que ficou com uma sonoridade mais cristalina e que valoriza tanto as faixas mais animadas quanto as introspectivas. Eles buscaram um clima mais atmosférico e Pop, mas sem abandonar suas raízes, e assim, tinha tudo para dar certo se não fosse por uma encheção de linguiça e por ficarem imitando o Weezer. O repertório é bem irregular, com canções fracas e outras boas. Em suma, é um disco que poderia ser meu favorito, mas acaba sendo bem mediano. 

Melhores Faixas: Buzzkill, Somersault, It's A Trap, True Story 
Piores Faixas: All That I Have Left, Incoming Waves, Don't Need Your Love, Confessions In The Pool

Race The Night – Ash





















NOTA: 2,9/10


Então chegamos ao último lançamento até o momento da banda irlandesa, o Race the Night (não se engane, essa capa não tem nada a ver com uma vibe anos 80). Após o Islands, Ash se manteve ativa em turnês, celebrando seus discos clássicos e cultivando sua base fiel de fãs. Em paralelo, Tim Wheeler continuou envolvido com trilhas sonoras e projetos esporádicos, o que ajudou a expandir sua paleta musical. Quando chegou a pandemia da COVID-19 nesse intervalo, ela acabou impactando o processo criativo da banda. A produção foi feita pelo próprio Tim Wheeler, que buscou um som grandioso, com camadas de guitarras, sintetizadores e vocais em arranjos ambiciosos, quase cinematográficos. É basicamente aquela junção de Rock alternativo com Power Pop, mas toda a abordagem soa arrastada e muito vazia. O repertório é muito ruim, com canções tediosas e pouquíssimas que se salvam. No geral, é um trabalho péssimo e sem ousadia. 

Melhores Faixas: Usual Places, Crashed Out Wasted, Over & Out 
Piores Faixas: Race The Night, Peanut Brain, Like a Good, Oslo


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