Dear Diary, My Teen Angst Has A Bodycount. – From First To Last
NOTA: 9/10
No ano de 2004, a banda From First To Last lançava Dear Diary, My Teen Angst Has a Bodycount. Formada em 1999 na cidade de Tampa, na Flórida, a banda inicialmente contava com Matt Good, Steve Pullman e Scott Oord, mas passou por várias trocas até o lançamento de um EP em 2003, que trouxe a formação com Good nos vocais, Travis Ritcher (guitarra), Jon Weisberg (baixo), Derek Bloom (bateria) e como vocalista principal um moleque de 16 anos, Sonny Moore (que mais tarde você conheceria como Skrillex). A produção foi conduzida por Lee Dyess junto com a banda e lançada sob o selo da Epitaph, com um som propositalmente cru, guitarras distorcidas e vocais rasgados. A bateria é agressiva e precisa, enquanto as guitarras alternam entre riffs pesados e texturas melódicas, fundindo influências do Emo com Metalcore e Post-Hardcore. O repertório é consistente e alterna bem entre momentos mais pesados e outros melódicos. É um ótimo trabalho de estreia e cheio de peso.
Melhores Faixas: Populace In Two, Note To Self, Ride The Wings Of Pestilence, Kiss Me, I'm Contagious, Secrets Don't Make Friends
Vale a Pena Ouvir: Featuring Some Of Your Favorite Words, Emily, The One Armed Boxer Vs. The Flying Guillotine
Heroine – From First To Last
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: The Crows Are Coming For Us, World War Me, The Levy
Piores Faixas: Mothersound, Waltz Moore, Heroine, Goodbye Waves
From First To Last – From First To Last
NOTA: 8,6/10
Pula para 2008, e foi lançado o 3º álbum de estúdio autointitulado do From First To Last. Após o fraco Heroine, Sonny Moore (que mais tarde se tornaria mundialmente conhecido como Skrillex) deixou a banda devido a sérios problemas de saúde vocal e exaustão mental. Sua saída deixou um enorme vácuo criativo, já que ele havia se tornado o rosto e a alma emocional do grupo. Então Matt Good assumiu os vocais principais, além de trazer um novo baixista, Matt Manning, e assim a banda seguiu adiante. A produção foi feita por Josh Abraham e o disco lançado sob o selo da Suretone Records. Aqui, a sonoridade é mais limpa, mais produzida e com intenção radiofônica. Guitarras pesadas ainda estão presentes, com um apelo mais acessível, indo para o caminho do Rock alternativo e voltando um pouco mais para o Emo. O repertório ficou muito legal, e as canções são mais profundas e com um toque mais melódico. Enfim, é um trabalho legal e que teve muita consistência.
Melhores Faixas: Worlds Away, Deliverance!, We All Turn Back To Dust
Vale a Pena Ouvir: I Once Was Lost, But Now Am Profound, Two As One
Throne To The Wolves – From First To Last
NOTA: 5,6/10
Entrando na década de 2010, eles lançam outro disco intitulado Throne to the Wolves. Após o último álbum deles, Travis Richter acabou saindo da banda. Essa nova perda levou a uma nova renovação. Dessa vez, Matt Good permaneceu como vocalista principal e guitarrista, enquanto a formação foi complementada com a entrada do Blake Steiner. O grupo decidiu então retornar a uma sonoridade mais agressiva, técnica e caótica, aproximando-se mais de elementos do Metalcore moderno. A produção, conduzida por Lee Dyess e pelo próprio Matt Good, tem uma sonoridade moderna: guitarras comprimidas, timbragem metálica e uma bateria super processada, quase clínica. As composições são mais complexas, com estrutura menos previsível, riffs técnicos e batidas quebradas, tentando fazer um equilíbrio que acabou ficando bem desalinhado. O repertório é bem irregular, tendo canções boas e outras genéricas. No geral, é um trabalho mediano e que também foi um fiasco.
Melhores Faixas: You Me And The Significant Others, You Me And The Significant Others, Elvis Said Ambition Is A Dream With A V8 Engine
Piores Faixas: Grits, The Soft War, I'll Inoculate The World With The Virus Of My Disillusionment
Dead Trees – From First To Last
NOTA: 8,1/10
E em 2015, foi lançado o último álbum até o momento do From First To Last, o Dead Trees. Após o Throne to the Wolves, a banda entrou em hiato indefinido. Matt Good e Derek Bloom formaram o projeto eletrônico Kit Fysto. Porém, em 2013, começaram a circular rumores sobre um retorno. Travis Richter voltou à formação, e Matt Good assumiu novamente os vocais. E, dessa vez, integraram Spencer Sotelo nos vocais, Taylor Larson (guitarra) e Ernie Slenkovich (bateria). A produção, conduzida pela própria banda, é bem limpa, cristalina e digitalizada, com destaque para as guitarras polidas e os vocais de Spencer, que têm forte presença tanto em linhas melódicas quanto em guturais agressivos. Pegando influências do Post-Hardcore e Djent, com uso ocasional de sintetizadores, efeitos eletrônicos e arranjos densos. O repertório ficou muito bom, e as canções, além de pesadas, são bem encadeadas. No final, é um ótimo trabalho e, após isso, não tivemos mais nada e eles ainda seguem.
Melhores Faixas: Dead Trees, H8 Meh, Electrified
Vale a Pena Ouvir: Straight To The Face, I Don't Wanna Live In The Real World, Black And White