Hallelujah! I'm A Bum – Local H
NOTA: 7/10
No ano de 2012, foi lançado mais um álbum deles, Hallelujah! I'm a Bum (e essa ficou daora). Após o Twelve Angry Months, esse novo trabalho surge num momento em que os Estados Unidos viviam forte polarização política, com as eleições presidenciais de Obama vs. Romney se aproximando e um país dividido em questões econômicas, sociais e culturais. Esse ambiente inspira Scott Lucas a montar o disco como um comentário ácido e provocativo sobre o estado da nação. A produção, feita por Sanford Parker, tem um som cru, mas bem trabalhado. A mixagem é densa e dinâmica, com camadas discretas de ruídos urbanos, gravações de metrô e transições que colam as faixas em um fluxo contínuo. Mergulhando no Grunge, Hard Rock e, claro, em influências mais alternativas, apesar de ter algumas repetições, o álbum mantém toda aquela energia visceral. O repertório é bem interessante, tendo ótimas canções e algumas descartáveis. No final, é um trabalho legal e que tem seu conceito.
Melhores Faixas: Ruling Kind, Another February, Blue Line, Feed a Ferver, Waves Again
Piores Faixas: Cold Manor, Sad History
Hey, Killer – Local H
NOTA: 7/10
Melhores Faixas: Mansplainer, City Of Knives, The Misanthrope, John The Baptist Blues
Piores Faixas: Freshly Fucked, Leon And The Game Of Skin, One Of Us
LIFERS – Local H
NOTA: 8,4/10
Então chegamos em 2020, quando foi lançado o último álbum até o momento da banda, o LIFERS. Após o Hey, Killer, esse trabalho surgiu no início da pandemia da COVID-19. Gravado antes da pandemia, mas lançado bem no começo dela, LIFERS parece dialogar com essa sensação de urgência, frustração e permanência, tanto no sentido da resistência da banda em seguir ativa quanto na resiliência diante do caos. A produção, feita por Andy Gerber e com auxílio do Steve Albini, apresenta um som direto e seco, sem overdubs desnecessários, com foco total na performance da dupla. O disco soa poderoso, com uma mixagem que valoriza a pancada das baquetas do Harding e a guitarra/bass-modificada de Lucas, incorporando todas as influências clássicas do Rock alternativo com Grunge. O repertório ficou muito bom, e as canções são bem cadenciadas e profundas. Enfim, é um ótimo disco, que chega a ser bem poderoso em termos sonoros.
Melhores Faixas: Winter Western, Innocents, Demon Dreams
Vale a Pena Ouvir: Farrah, High, Wide And Stupid, Defy And Surrender